A Revista Época de 14 de agosto de 2010, trouce uma otima reportagem sobre o PASSADO DE DILMA; para quem gosta de história e politica que se baseam no carater e no passado dos politicos para decidir o seu voto, VALE A PENA LER DE NOVO. Aos que não possuem a revista época segue abaixo parte da reportagem.
Em outubro de 1968, o Serviço Nacional de Informações (SNI) produziu um documento de 140 páginas sobre o estado da "guerra revolucionária no país". Quatro anos após o golpe que instalou a ditadura militar no Brasil, grupos de esquerda promoviam ações armadas contra o regime. O relatório lista assaltos a bancos, atentados e mortes. Em Minas Gerais, o SNI se preocupava com um grupo dissidente da organização chamada Polop (Política Operária). O texto afirma que reuniões do grupo ocorriam em um apartamento na Rua João Pinheiro, 82, em Belo Horizonte, onde vivia Cláudio Galeno Linhares. Entre os militantes aparece Dilma Vana Rousseff Linhares, descrita como "esposa de Cláudio Galeno de Magalhães Linhares ('Lobato'). É estudante da Faculdade de Ciências Econômicas e seus antecedentes estão sendo levantados". Dilma e a máquina repressiva da ditadura começavam a se conhecer.
Durante os cinco anos em que essa máquina funcionou com maior intensidade, de 1967 a 1972, a militante Dilma Vana Rousseff (ou Estela, ou Wanda, ou Luiza, ou Marina, ou Maria Lúcia) viveu mais experiências do que a maioria das pessoas terá em toda a vida. Ela se casou duas vezes, militou em duas organizações clandestinas que defendiam e praticavam a luta armada, mudou de casa frequentemente para fugir da perseguição da polícia e do Exército, esteve em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, adotou cinco nomes falsos, usou documentos falsos, manteve encontros secretos dignos de filmes de espionagem, transportou armas e dinheiro obtido em assaltos, aprendeu a atirar, deu aulas de marxismo, participou de discussões ideológicas trancada por dias a fio em "aparelhos", foi presa, torturada, processada e encarou 28 meses de cadeia.
Hoje candidata do PT à Presidência da República, Dilma fala pouco sobre esse período. ÉPOCA pediu, em várias ocasiões nos últimos meses, uma entrevista a Dilma para esclarecer as dúvidas que ainda existem sobre o assunto (leia algumas delas no quadro abaixo). Todos os pedidos foram negados. Na última sexta-feira, a assessoria de imprensa da campanha de Dilma enviou uma nota à revista em que diz que "a candidata do PT nunca participou de ação armada". "Dilma não participou, não foi interrogada sobre o assunto e sequer denunciada por participação em qualquer ação armada, não sendo nem julgada e nem condenada por isso. Dilma foi presa, torturada e condenada a dois anos e um mês de prisão pela Lei de Segurança Nacio-nal, por 'subversão', numa época em que fazer oposição aos governos militares era ser 'subversivo'", diz a nota.
Vamos nós.No final do pré-release da reportagem ( íntegra somente para assinantes ) a Época faz algumas perguntas. Vamos tentar responder algumas delas.
1ª) Dilma estava armada quando foi presa?
Sim, estava. Ela só foi presa por estar armada. Vamos voltar um tiquinho no tempo desta época.
15 dias antes da prisão de dona Wanda, seu primeiro marido Claúdio Galeno Soares havia comandado, junto com mais 6 companheiros, o sequestro de um caravelle da Cruzeiro do Sul em Montevideo, que levou todos os fugitivos para Cuba. O SNI monitorava o grupo e, em virtude disso chegou até José Olavo Leite Ribeiro, que mantinha contatos com dona Wana. José Olavo mora atualmente em um prédio nos Jardins, São Paulo e é ele mesmo que narra:
"Depois de um dia inteiro de tortura, contei a eles que iria me encontrar com Antônio de Pádua Perosa num bar da rua Augusta. Eu até sabia que a Dilma podia aparecer porque era um ponto alternativo entre nós, mas o certo mesmo era que um outro companheiro aparecesse.
Me levaram até o bar, onde fui obrigado a sentar e a fingir que estava tudo bem. Eu vi que Perosa já me esperava no balcão, como era combinado. Ao me aproximar e falar com ele, policiais disfarçados prenderam ele. Eles já estavam desmontando o cerco quando a Dilma apareceu. Ela chegou perto, percebeu que eu sinalizei alguma coisa e foi-se embora, disfarçando. Mas eles desconfiaram, foram em cima, e descobriram que ela estava armada. Se não fosse a arma, é possível que conseguisse escapar."
O fulaninho que conta esta história, ainda está vivinho da Silva e foi preso juntinho com ela. Portanto Época, ela estava armada sim.
2ª) Que tipo de treinamento com armas ela fez?
Com todos os tipos de armas, inclusive explosivos. Quem dava as aulas era o sargento da Aeronáutica João Lucas Alves nos arredores de Belo Horizonte. Quem fala? É Galeno, primeiro marido de dona Wanda.
"Teve também aulas sobre armamentos, tiro ao alvo, explosivos e enfrentamentos com a polícia. Boa parte das aulas foi ministrada nos arredores de Belo Horizonte pelo ex-sargento da Aeronáutica João Lucas Alves. O João Lucas ficava hospedado na nossa casa".
Portanto Época, segunda pergunta respondida. Teve todos os treinamentos necessários.
3ª) Que papel dona Wanda teve no assalto ao cofre de Adhemar de Barros?
Dona Wanda não participou da execução do assalto, mas ativamente de seu planejamento.
Quem conta? Seu segundo marido. Carlos Araújo.
"A ação do cofre foi fundamental para nos dar estabilidade. Fui eu quem levei, de Porto Alegre, o metalúrgico Delci, que abriu o cofre com maçarico no aparelho para onde ele foi levado, em Jacarepaguá, no Rio. Eu também ajudei a tirar de lá as malas com o dinheiro."
Consta dos arquivos do Dops - SP que em 1970, quase dois meses depois da sua prisão, Carlos Araújo deu uma entrevista e disse que ficou em seu poder 1,2 milhão de dólares, dividido "em três malas de 400 mil dólares cada uma e que o dinheiro ficou cerca de uma semana "em um apartamento situado à rua Saldanha Marinho, onde também morava Dilma Vana Rousseff Linhares".
Portanto Época, 3ª pergunta respondida. ELLa não participou diretamente, mas junto com a mardio planejou tudo e deu suporte à retirada e ocultação da grana.
4ª) Qual foi a extensão do papel de Dilma na organização dos assaltos a bancos?
Em diversos inquéritos do DOPS-SP, é dito que Dilma Rousseff "manipulava grandes quantias da VAR-Palmares" e é classificada como antiga militante de esquemas subversivo-terroristas. Num deles encontramos:
"Através de seu interrogatório, verifica-se ser uma das molas mestras e um dos cérebros dos esquemas revolucionários postos em prática pelas esquerdas radicais. Trata-se de pessoa de dotação intelectual bastante apreciável".
Em outros dona Wana foi chamada de "Joana D'Arc da subversão", "papisa da subversão", "criminosa política" e "figura feminina de expressão tristemente notável".
Segundo relatórios do DOPS-MG, o Colina de dona Wana e Galeno, contabilizavam até janeiro de 1969, 4 assaltos a bancos, 6 carros roubados, dois atentados à bomba a residências de autoridades. Dona Wana não participou diretamente na execução de nenhum deles, mas sim do planejamento. Participou também do planejamento do roubo de armas do quartel do exército e da Casa Diana (São Paulo) que comercializava armamentos.
Portanto Época, 4ª pergunta respondida.
Para esclarecer:
Carlos Araújo foi um dos 6 dirigentes máximos da VAR-PALMARES após a fusão com o grupo de Lamarca. É de sua lavra o 1º artigo do estatuto do grupo terrorista. Vamos à ele:
"A Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares é uma organização político-militar de caráter partidário, marxista-leninista, que se propõe a cumprir todas as tarefas da guerra revolucionária e da construção do Partido da Classe Operária, com o objetivo de tomar o poder e construir o socialismo."
E dona Wana junto.
5ª) Qual foi a participação de dona Wana nos congressos da VAR-Palmares?
Por volta de março de 1969, Carlos Araújo, 2º marido de dona Wana, lançou a idéia de fusão com a VPR ( Vanguarda Popular Revolucionária ) então dirigida pelo desertor Lamarca. O indicado por Lamarca para negociar foi Antônio Roberto Espinoza ( 23 anos - 6 ações armadas, 2 assaltos a bancos e 1 roubo de armas do Exército em São Caetano ) e é o próprio quem responde à pergunta de Época.
"A Dilma, que participou de reuniões sobre a fusão, me lembrou um pouco a Mônica dos quadrinhos de Maurício de Souza, com cabelinho, dentinho e óculos que chamavam a atenção".
Portanto Época, ela e o maridão revolucionário participaram de todas as reuniões do grupo que se formou e passou a se denominar VAR-PALMARES, passando a integrar o grupo de dirigentes máximos da nova organização.
Algumas das inúmeras reuniões do grupo foram realizadas em Monguagá ( SP ). Muitas no Rio na Baixada Fluminense ( duas eu próprio participei e não fui preso por sorte - Tinha hora para chegar em casa - hehehe! ). Numa destas reuniões, com a presença de dona Wana, é que foi discutido e planejado o assalto à casa de Adhemar e em outra, o sequestro de Delfim. Em ambas, nossa amiga estava presente.
6ª) Qual foi a participação de Dilma nas greves operárias de Minas Gerais em 1968?
Não existe relatos nos arquivos do DOPS sobre a participação direta de dona Wana nestes episódios, mas circulava nas mãos dos operários um jornalzinho chamado "O Piquete" produzido e editado por dona Wana Rousseff.
7ª) Dilma teve contato com organizações armadas de esquerda de outros países da América Latina?
Não só ela, como os grupos chefiados por Lamarca, antes e depois da fusão. Grupos enviados por Cuba davam treinamento de guerrilha para todo mundo. O intercâmbio de Lamarca com Chê era muito forte. Alguns iam clandestinamente treinar em Cuba. José Dirceu é um destes exemplos. Diz-se que Dirceu teria sido um espião a serviço de Cuba no Brasil. Fato não comprovado diretamente, mas por depoimentos que constam nos arquivos do DOPS.
8ª) Dilma se arrepende de alguma atitude tomada naquele período?
Bom Época, esta a mesma já respondeu inúmeras vezes, inclusive em resposta ao senador Arthur Virgílio em uma comissão do senado federal.
Fica aqui uma sugestão à Epoca, de perguntas que poderiam também ser feitas para a senhora candidata:
9ª) Durante o período em que esteve presa dona Wana entregou alguém da organização?
Vamos a um depoimento pessoal?
Natael Custódio Barbosa, participava ativamente das greves operárias de 1968 em Osasco (SP). É dele o testemunho:
Dona Wana, presa, marcou um encontro com Natanael na 12 de outubro na Lapa.
"Eu vinha numa calçada, do lado oposto e em sentido contrário ao que ela deveria vir. Quando a vi, de braços cruzados, atravessei a rua, passei por ela sem dizer nada. Andei mais ou menos uns vinte passos e, sem desconfiar de nada, voltei. Voltei, encostei do lado dela e perguntei se estava tudo bem. Ela fez aquela cara de desespero e eles caíram imediatamente em cima de mim, já me batendo, dando coronhadas e me levando para o camburão, e depois para a Oban. Nunca mais a vi. Ela me entregou porque foi muito torturada, e eu entendo isso. Acho que me escolheu porque eu era da base operária, não conhecia liderança nenhuma da organização e não tinha como aumentar o prejuízo."
10ª) O que fazia o Fusca comprado por Dona Wana na cena onde explodiu o corpo de Mário Kosel? Quem estava no carro que saiu em disparada após a explosão?
Durante os cinco anos em que essa máquina funcionou com maior intensidade, de 1967 a 1972, a militante Dilma Vana Rousseff (ou Estela, ou Wanda, ou Luiza, ou Marina, ou Maria Lúcia) viveu mais experiências do que a maioria das pessoas terá em toda a vida. Ela se casou duas vezes, militou em duas organizações clandestinas que defendiam e praticavam a luta armada, mudou de casa frequentemente para fugir da perseguição da polícia e do Exército, esteve em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, adotou cinco nomes falsos, usou documentos falsos, manteve encontros secretos dignos de filmes de espionagem, transportou armas e dinheiro obtido em assaltos, aprendeu a atirar, deu aulas de marxismo, participou de discussões ideológicas trancada por dias a fio em "aparelhos", foi presa, torturada, processada e encarou 28 meses de cadeia.
Hoje candidata do PT à Presidência da República, Dilma fala pouco sobre esse período. ÉPOCA pediu, em várias ocasiões nos últimos meses, uma entrevista a Dilma para esclarecer as dúvidas que ainda existem sobre o assunto (leia algumas delas no quadro abaixo). Todos os pedidos foram negados. Na última sexta-feira, a assessoria de imprensa da campanha de Dilma enviou uma nota à revista em que diz que "a candidata do PT nunca participou de ação armada". "Dilma não participou, não foi interrogada sobre o assunto e sequer denunciada por participação em qualquer ação armada, não sendo nem julgada e nem condenada por isso. Dilma foi presa, torturada e condenada a dois anos e um mês de prisão pela Lei de Segurança Nacio-nal, por 'subversão', numa época em que fazer oposição aos governos militares era ser 'subversivo'", diz a nota.
Vamos nós.No final do pré-release da reportagem ( íntegra somente para assinantes ) a Época faz algumas perguntas. Vamos tentar responder algumas delas.
1ª) Dilma estava armada quando foi presa?
Sim, estava. Ela só foi presa por estar armada. Vamos voltar um tiquinho no tempo desta época.
15 dias antes da prisão de dona Wanda, seu primeiro marido Claúdio Galeno Soares havia comandado, junto com mais 6 companheiros, o sequestro de um caravelle da Cruzeiro do Sul em Montevideo, que levou todos os fugitivos para Cuba. O SNI monitorava o grupo e, em virtude disso chegou até José Olavo Leite Ribeiro, que mantinha contatos com dona Wana. José Olavo mora atualmente em um prédio nos Jardins, São Paulo e é ele mesmo que narra:
"Depois de um dia inteiro de tortura, contei a eles que iria me encontrar com Antônio de Pádua Perosa num bar da rua Augusta. Eu até sabia que a Dilma podia aparecer porque era um ponto alternativo entre nós, mas o certo mesmo era que um outro companheiro aparecesse.
Me levaram até o bar, onde fui obrigado a sentar e a fingir que estava tudo bem. Eu vi que Perosa já me esperava no balcão, como era combinado. Ao me aproximar e falar com ele, policiais disfarçados prenderam ele. Eles já estavam desmontando o cerco quando a Dilma apareceu. Ela chegou perto, percebeu que eu sinalizei alguma coisa e foi-se embora, disfarçando. Mas eles desconfiaram, foram em cima, e descobriram que ela estava armada. Se não fosse a arma, é possível que conseguisse escapar."
O fulaninho que conta esta história, ainda está vivinho da Silva e foi preso juntinho com ela. Portanto Época, ela estava armada sim.
2ª) Que tipo de treinamento com armas ela fez?
Com todos os tipos de armas, inclusive explosivos. Quem dava as aulas era o sargento da Aeronáutica João Lucas Alves nos arredores de Belo Horizonte. Quem fala? É Galeno, primeiro marido de dona Wanda.
"Teve também aulas sobre armamentos, tiro ao alvo, explosivos e enfrentamentos com a polícia. Boa parte das aulas foi ministrada nos arredores de Belo Horizonte pelo ex-sargento da Aeronáutica João Lucas Alves. O João Lucas ficava hospedado na nossa casa".
Portanto Época, segunda pergunta respondida. Teve todos os treinamentos necessários.
3ª) Que papel dona Wanda teve no assalto ao cofre de Adhemar de Barros?
Dona Wanda não participou da execução do assalto, mas ativamente de seu planejamento.
Quem conta? Seu segundo marido. Carlos Araújo.
"A ação do cofre foi fundamental para nos dar estabilidade. Fui eu quem levei, de Porto Alegre, o metalúrgico Delci, que abriu o cofre com maçarico no aparelho para onde ele foi levado, em Jacarepaguá, no Rio. Eu também ajudei a tirar de lá as malas com o dinheiro."
Consta dos arquivos do Dops - SP que em 1970, quase dois meses depois da sua prisão, Carlos Araújo deu uma entrevista e disse que ficou em seu poder 1,2 milhão de dólares, dividido "em três malas de 400 mil dólares cada uma e que o dinheiro ficou cerca de uma semana "em um apartamento situado à rua Saldanha Marinho, onde também morava Dilma Vana Rousseff Linhares".
Portanto Época, 3ª pergunta respondida. ELLa não participou diretamente, mas junto com a mardio planejou tudo e deu suporte à retirada e ocultação da grana.
4ª) Qual foi a extensão do papel de Dilma na organização dos assaltos a bancos?
Em diversos inquéritos do DOPS-SP, é dito que Dilma Rousseff "manipulava grandes quantias da VAR-Palmares" e é classificada como antiga militante de esquemas subversivo-terroristas. Num deles encontramos:
"Através de seu interrogatório, verifica-se ser uma das molas mestras e um dos cérebros dos esquemas revolucionários postos em prática pelas esquerdas radicais. Trata-se de pessoa de dotação intelectual bastante apreciável".
Em outros dona Wana foi chamada de "Joana D'Arc da subversão", "papisa da subversão", "criminosa política" e "figura feminina de expressão tristemente notável".
Segundo relatórios do DOPS-MG, o Colina de dona Wana e Galeno, contabilizavam até janeiro de 1969, 4 assaltos a bancos, 6 carros roubados, dois atentados à bomba a residências de autoridades. Dona Wana não participou diretamente na execução de nenhum deles, mas sim do planejamento. Participou também do planejamento do roubo de armas do quartel do exército e da Casa Diana (São Paulo) que comercializava armamentos.
Portanto Época, 4ª pergunta respondida.
Para esclarecer:
Carlos Araújo foi um dos 6 dirigentes máximos da VAR-PALMARES após a fusão com o grupo de Lamarca. É de sua lavra o 1º artigo do estatuto do grupo terrorista. Vamos à ele:
"A Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares é uma organização político-militar de caráter partidário, marxista-leninista, que se propõe a cumprir todas as tarefas da guerra revolucionária e da construção do Partido da Classe Operária, com o objetivo de tomar o poder e construir o socialismo."
E dona Wana junto.
5ª) Qual foi a participação de dona Wana nos congressos da VAR-Palmares?
Por volta de março de 1969, Carlos Araújo, 2º marido de dona Wana, lançou a idéia de fusão com a VPR ( Vanguarda Popular Revolucionária ) então dirigida pelo desertor Lamarca. O indicado por Lamarca para negociar foi Antônio Roberto Espinoza ( 23 anos - 6 ações armadas, 2 assaltos a bancos e 1 roubo de armas do Exército em São Caetano ) e é o próprio quem responde à pergunta de Época.
"A Dilma, que participou de reuniões sobre a fusão, me lembrou um pouco a Mônica dos quadrinhos de Maurício de Souza, com cabelinho, dentinho e óculos que chamavam a atenção".
Portanto Época, ela e o maridão revolucionário participaram de todas as reuniões do grupo que se formou e passou a se denominar VAR-PALMARES, passando a integrar o grupo de dirigentes máximos da nova organização.
Algumas das inúmeras reuniões do grupo foram realizadas em Monguagá ( SP ). Muitas no Rio na Baixada Fluminense ( duas eu próprio participei e não fui preso por sorte - Tinha hora para chegar em casa - hehehe! ). Numa destas reuniões, com a presença de dona Wana, é que foi discutido e planejado o assalto à casa de Adhemar e em outra, o sequestro de Delfim. Em ambas, nossa amiga estava presente.
6ª) Qual foi a participação de Dilma nas greves operárias de Minas Gerais em 1968?
Não existe relatos nos arquivos do DOPS sobre a participação direta de dona Wana nestes episódios, mas circulava nas mãos dos operários um jornalzinho chamado "O Piquete" produzido e editado por dona Wana Rousseff.
7ª) Dilma teve contato com organizações armadas de esquerda de outros países da América Latina?
Não só ela, como os grupos chefiados por Lamarca, antes e depois da fusão. Grupos enviados por Cuba davam treinamento de guerrilha para todo mundo. O intercâmbio de Lamarca com Chê era muito forte. Alguns iam clandestinamente treinar em Cuba. José Dirceu é um destes exemplos. Diz-se que Dirceu teria sido um espião a serviço de Cuba no Brasil. Fato não comprovado diretamente, mas por depoimentos que constam nos arquivos do DOPS.
8ª) Dilma se arrepende de alguma atitude tomada naquele período?
Bom Época, esta a mesma já respondeu inúmeras vezes, inclusive em resposta ao senador Arthur Virgílio em uma comissão do senado federal.
Fica aqui uma sugestão à Epoca, de perguntas que poderiam também ser feitas para a senhora candidata:
9ª) Durante o período em que esteve presa dona Wana entregou alguém da organização?
Vamos a um depoimento pessoal?
Natael Custódio Barbosa, participava ativamente das greves operárias de 1968 em Osasco (SP). É dele o testemunho:
Dona Wana, presa, marcou um encontro com Natanael na 12 de outubro na Lapa.
"Eu vinha numa calçada, do lado oposto e em sentido contrário ao que ela deveria vir. Quando a vi, de braços cruzados, atravessei a rua, passei por ela sem dizer nada. Andei mais ou menos uns vinte passos e, sem desconfiar de nada, voltei. Voltei, encostei do lado dela e perguntei se estava tudo bem. Ela fez aquela cara de desespero e eles caíram imediatamente em cima de mim, já me batendo, dando coronhadas e me levando para o camburão, e depois para a Oban. Nunca mais a vi. Ela me entregou porque foi muito torturada, e eu entendo isso. Acho que me escolheu porque eu era da base operária, não conhecia liderança nenhuma da organização e não tinha como aumentar o prejuízo."
10ª) O que fazia o Fusca comprado por Dona Wana na cena onde explodiu o corpo de Mário Kosel? Quem estava no carro que saiu em disparada após a explosão?
Fonte: http://gentedecente.com.br/notic/brasil/politica/666-epoca-desta-semana.html - acesso 22/10/2010
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