quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O LULA HOJE E O LULA ANTES

Lula hoje, Lula antes

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BRASÍLIA - Os marqueteiros decidiram lustrar Lula e o Bolsa Família para 2014. Um ainda está em muito boa forma e será de grande utilidade. O outro anda meio gasto.
Daí por que a semana virou um grande palanque para Lula em Brasília, com medalha da Constituinte no Senado, medalha da "Suprema Distinção" na Câmara e festança pelos dez anos do Bolsa Família.
Lula, claro, deitou falação, mas não custa avivar a memória e o senso crítico. Vamos lá.
Se ele agora recebe a medalha da Constituinte, há 25 anos o PT votava contra a "Constituição Cidadã", um pacto nacional histórico. Em discurso de 1988, Lula criticava: "Ainda não foi dessa vez que a classe trabalhadora pôde ter uma Constituição efetivamente voltada para os seus interesses. Ainda não foi dessa vez que a sociedade brasileira, a maioria dos marginalizados, vai ter uma Constituição em seu benefício".
Se agora Lula enaltece José Sarney, a ponto de equiparar sua importância na Constituinte à de Ulysses Guimarães, o PT não apoiava o governo Sarney e o próprio Lula se referia indiretamente ao então presidente como "o maior ladrão" da Nova República. Naquele mesmo discurso, queixou-se dos "setores conservadores ligados ao Planalto".
Se agora critica duramente quem "avacalha" a política, Lula era quem denunciava a existência de "300 picaretas" no Congresso Nacional. Ou não?
Se agora defende vigorosamente a reforma política, Lula teve oito anos de mandato e uma popularidade estrondosa, mas nunca mexeu um dedo pela reforma. Ou não?
Se agora se volta raivosamente contra a mídia e contra jornalistas, Lula foi aquele líder sindical mítico do ABC embalado pela mídia nacional e endeusado por repórteres desde os anos 1970. Ou não?
Há o Lula pré-governo e o Lula pós-governo. Entre o que ele era e dizia e o que ele é e diz, passa aquele rio que inebria e deforma: o poder.
eliane cantanhêde Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa da Folha, onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também comentarista do telejornal "Globonews em Pauta" e da Rádio Metrópole da Bahia.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

PT ENTROU DEFINITIVAMENTE PARA O CLUB DOS PRIVATISTA

“PT entrou para o clube dos privatistas e varreu a bandeira do Petróleo É Nosso”, diz cientista político

O leilão do campo petrolífero de Libra, na segunda-feira da semana passada (21), tem provocado debates internos no PT e ganha destaque nos encontros entre os candidatos ao cargo de presidente nacional do partido. Por outro lado, repercute nas redes sociais a decisão de Emanuel Cancella de abandonar a legenda. Secretário-geral do Sindipetro do Rio de Janeiro, ele divulgou carta na qual afirma que o leilão foi “a gota d’água que faltava para me afastar definitivamente de um partido que, a cada dia, se torna mais entreguista e neoliberal”.
O debate interno, porém, não irá muito longe, na avaliação do cientista político César Sanson. Para ele, o PT vem abandonando seus princípios programáticos desde que chegou ao poder, em 2002; e hoje os grupos localizados à esquerda do petismo já não têm mais força.
“Há muito tempo e em doses homeopáticas, o partido foi acostumando-se com as concessões programáticas e assimilando alianças que chegaram a incluir Paulo Maluf”, afirma o especialista na entrevista abaixo. “Libra é apenas um capítulo a mais nessa história.”

Sanson é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e colaborador do site do Instituto Humanitas Unisinos, para o qual produz análises de conjuntura. Ele afirma que o leilão contraria tudo o que programaticamente o PT construiu desde a sua origem e representa o fim da bandeira da O Petróleo É Nosso.
Poucos dias antes do leilão do campo de Libra, o senhor escreveu que seria a maior privatização da história brasileira e que, perto dela, a privatização da Vale do Rio Doce, no governo Fernando Henrique Cardoso, seria “fichinha”. Passado o leilão, mantém essa opinião?
Eu diria mais, que o leilão do campo petrolífero de Libra já pode ser considerado a privatização do século pelos valores monetários e o significado político. A Vale marcou decisivamente e emblematicamente o governo FHC, assim como Libra marcará a era Lula/Dilma. Com Libra e na esteira das concessões de rodovias e aeroportos, o governo do PT assume que os princípios liberais de mercado são constitutivos ao seu modo de governar. Os conceitos ‘parcerias público-privado’, ‘concessões’ e, agora, o ‘regime ‘partilhado’ completam a trilogia da versão petista de privatização. Libra é mais que a Vale não apenas pelo aspecto financeiro, mas também pelo aspecto simbólico. Com Libra varre-se do imaginário a consigna O Petróleo é Nosso.
O senhor não considera o argumento de que Petrobras não reúne condições técnicas, industriais, financeiras, para tocar sozinha a empreitada e por isso adotou o regime de partilha?
Esse talvez seja o argumento mais consistente da justificativa do governo para a privatização de Libra. Há, porém, enormes controvérsias. A Petrobras detém reconhecida tecnologia na área, não dependendo de ninguém para extrair o petróleo. Por outro lado, tem capacidade de capitalização gigantesca no mercado internacional exatamente em função das descobertas do pré-sal. Tudo indica que o argumento serviu para esconder uma decisão que se orienta pela pressa do governo.
Por que teria pressa?
Tem pressa em conseguir dinheiro para o ajuste de suas contas internas e para dar respostas, mesmo que incipientes, às jornadas de junho. 

O PT chegou ao poder se contrapondo às privatizações e criticando ações do governo FHC. Acha que a decisão sobre Libra contraria o programa e as promessas de campanha PT?
A decisão contraria frontalmente tudo o que programaticamente o PT construiu desde a sua origem. Goste-se ou não, é evidente que o PT mudou muito nesses últimos anos e a senha foi a Carta ao Povo Brasileiro de 2002. Para governar, o PT deixou de lado muitos dos seus princípios. As medidas anunciadas por Dilma Rousseff de caráter privatista, o tratamento parcimonioso para com as demandas dos movimentos sociais, os investimentos parcos nas áreas sociais contrastando com recursos volumosos despendidos para o pagamento dos encargos da dívida pública, o tratamento duro com os movimentos grevistas, a tolerância para com o agronegócio, a sempre e cada vez mais ampla política de alianças, as tentativas de derrogação da legislação de demarcação das terras indígenas, entre outros exemplos, demonstram que o PT agora no poder, pouco se distingue daqueles que sempre criticou. 
O leilão terá reflexos internos no PT?
Não. Há muito tempo e em doses homeopáticas, o partido foi acostumando-se com as concessões programáticas e assimilando alianças que chegaram a incluir Paulo Maluf e hoje aceitam até Kátia Abreu em seu palanque. Os petistas foram rendendo-se ao pragmatismo, rebaixando as exigências em nome da governabilidade. Libra é apenas um capítulo a mais nessa história toda. Alguns petistas pedirão a sua desfiliação, mas não provocará nenhum abalo interno. Note-se que nenhuma liderança de peso contestou a decisão. Pior ainda, ouviram-se até patéticos argumentos de que o PT é melhor que o PSDB até na hora de privatizar.
O senhor também escreveu que o leilão de Libra seria um divisor de águas na história do PT. Por que não se falou isso quando ocorreram  as concessões de rodovias?
É um divisor de águas na medida em que o partido assume definitivamente como programa de partido o princípio da privatização também em áreas estratégicas. As concessões de rodovias e aeroportos não têm o peso e a simbologia que o petróleo tem no imaginário político brasileiro, à ideia de soberania, autonomia energética. Como já disse, a consigna O Petróleo É Nosso foi varrida com Libra.
Dilma afirmou que os recursos obtidos com o leilão irão para a área social. Não é uma boa justificativa?
É o velho argumento de que os fins justificam os meios. O governo de FHC usou o mesmo argumento para torrar o patrimônio nacional. É mesmo bastante provável que parte dos recursos, inclusive a maior parte, vá para a área social. Mas isso é o mínimo que se espera. Absurdo é usar os recursos para o ajuste fiscal – superávit primário – hipótese levantada por muitos. Mas o governo não precisava privatizar para obter recursos para a área social, os recursos viriam da mesma forma se Libra ficasse sob a integral gestão do Estado. Com o açodamento o governo ganha no curto prazo, mas perde no longo. 
Não ocorreram grandes manifestações de protesto contra o leilão. Nada que fizesse o governo se sentir pressionado. A que atribui isso? Onde estavam os movimentos sociais e sindicatos que criticam a medida?
Na verdade a sorte do pré-sal foi lançada lá atrás, quando o governo Lula arquitetou o modelo de exploração do pré-sal por petrolíferas privadas. Os protestos deveriam ter sido feitos quando Lula preparou e deferiu a legislação da qual Dilma se legitimou para privatizar Libra. Aliás, Libra é uma obra a quatro mãos, de Lula e Dilma.
Por que não protestaram lá atrás?
Ninguém protestou lá atrás porque, diga-se criticamente, os petroleiros, a FUP (Federação Única dos Petroleiros), a CUT (Central Única dos Trabalhadores), o MST (Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) estavam com o governo. Perderam força, chegaram tarde, e a sociedade rendeu-se ao argumento de que o dinheiro servirá parar enfrentar problemas estruturais como saúde, educação e mobilidade urbana.

O leilão terá reflexos na eleição presidencial de 2014?
Terá reflexos na medida em que forças políticas, como o PSDB, devolverão o troco. Dirão que sempre foram acusados de privatistas pelos petistas e esses agora fazem o mesmo. Irão procurar desqualificar o PT como o partido que diz uma coisa e faz outra. O PT, então, terá que explicar que ‘regime partilhado’ é diferente de privatização. É diferente na forma, mas no conteúdo, o resultado final é o mesmo, o patrimônio nacional, parte dele ou integral é destinado à exploração do mercado privado. Libra, entretanto, não alterará os rumos da eleição, o que define uma eleição é o conjunto da economia, particularmente a oferta de emprego.
Está dizendo que o PT passou para o clube dos privatistas. Mas ele ainda se qualifica como partido de esquerda.
O PT passou para o clube dos privatistas embora renegue e renegará isso até o fim dos seus dias. Como disse anteriormente, o ‘regime de partilha’ completa com as ‘parcerias público-privado’ e as ‘concessões’ a trilogia privatista do PT. Depois do desmedido aliancismo, depois da flexibilização do Código Florestal, depois da destruição da política de demarcação de terras indígenas, depois do esvaziamento da reforma agrária e agora com a privatização de Libra, fica cada vez mais difícil perceber o que resta de esquerda no PT.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

LINDANDO DE FORMA CORRETA COM O DINHEIRO



4º Trimestre/2013 - Texto Básico: Pv 6:1-5; Pv 30:8,9

 
“Compra a verdade e não a vendas; sim, a sabedoria, e a disciplina, e a prudência“ (Pv 23:23)

 
 
 

INTRODUÇÃO

O dinheiro é o deus mais adorado atualmente. Ele deixou de ser apenas uma moeda para transformar-se num ídolo. Por ele, muitos se casam, divorciam-se, mentem, matam e morrem. Aqueles, entretanto, que pensam que o dinheiro é um fim em si mesmo, que correm atrás dele delirantemente, descobrem frustrados, e tarde demais, que seu brilho é falso, que sua glória se desvanece, que seu prazer é transitório. Aqueles que fazem do dinheiro a razão de sua vida caem em tentação e cilada e atormentam a sua alma com muitos flagelos. Porém, o dinheiro é bom; ele é necessário; é um meio e não um fim; é um instrumento por intermédio do qual podemos fazer o bem. O problema não é ter dinheiro, mas o dinheiro nos ter. O problema não é carregar dinheiro no bolso, mas entesourá-lo no coração. Por isso, devemos de forma correta lidar com o dinheiro.

I.  CUIDADO COM AS FINANÇAS E EMPRÉSTIMOS

1. O fiador. O fiador é aquele que dá garantias de que o devedor irá cumprir sua palavra e pagar suas dívidas; caso contrário, ele mesmo arcará com esse ônus. O fiador empenha sua palavra, sua honra e seus bens, garantindo ao credor que o devedor saldará seus compromissos a tempo e a hora. O fiador fica, assim, obrigado, mediante a lei, a pagar em lugar do devedor caso este não cumpra seu compromisso. Todavia, Provérbios nos aconselha a não assumirmos responsabilidades pelas dívidas de outrem. Se alguém que realmente estiver precisando vier lhe pedir para ser fiador, avalie, antes de assumir, se você terá condições de pagar, caso o devedor principal deixe de fazê-lo. Esta é a única situação legitima de fiança. Se você também não puder pagar, então não se torne fiador.
Muitos tomam esta decisão baseados no temor das pessoas – “ele vai ficar chateado comigo”; “se um dia eu precisar, não poderei contar com ele”, etc. Este é um laço que, se você cair nele, corre o sério risco de ficar sem meios de prover a si e a sua família - “Aquele que fica por fiador do estranho tira a sua roupa e penhora-a por um estranho” (Pv 20:16) -, e até mesmo ficar no olho da rua – “Não estejas entre os que dão as mãos e entre os que ficam por fiadores de dívidas. Se não tens com que pagar, por que tirariam a tua cama de debaixo de ti?” (Pv 22:26,27). Portanto, tenha muito cuidado em tomar essa decisão. Ficar por fiador de um companheiro já não é coisa boa, conforme Provérbios 6:1; e ficar por fiador de um estranho, é pior ainda. Leia Provérbios 11:15; 17:18; 22:26; 27:13.

2. Empréstimo. O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22:7). A dependência financeira gera escravidão. A dívida é uma espécie de coleira que mantém prisioneiro o endividado. É por isso que os ricos mandam nos pobres, pois detêm o poder econômico. Quem toma emprestado fica refém de quem empresta. No tempo de Neemias, governador de Jerusalém, os ricos que emprestaram dinheiro aos pobres já haviam tomado suas terras, vinhas, casas e até mesmo escravizado seus filhos para quitar uma dívida impagável. O profeta Miqueias denuncia essa mesma forma de opressão, dizendo que em seu tempo muitos ricos estavam comendo a carne dos pobres. Uma pessoa sábia é controlada em seus negócios e não cede à pressão nem à sedução do consumismo. Não se aventura em dívidas que crescem como cogumelo, pois sabe que o que toma empestado é servo do que empresta. (1)

Caro irmão, jamais faça empréstimos para adquirir coisas supérfluas. É preferível manter-se dentro de um padrão mais modesto de vida, somente com as coisas necessárias, do que tornar-se um endividado por causa dos artigos que são dispensáveis. Pense nisso!
II. O CUIDADO COM O LUCRO FÁCIL
1. Evitando a usura e a agiotagem. Segundo o dicionário Aurélio, usura significa lucro excessivo, exorbitante, exagerado. Esse tipo de lucro tornou-se o vetor que norteia os destinos das empresas e pessoas nestes tempos pós-modernos. O TER passou a ser mais importante que o SER. Os resultados valem mais do que as regras. Para alimentar o sistema e fazer essa máquina girar, somos empurrados para uma ciranda louca de consumismo. O comércio guloso, com sua bocarra aberta, gera a cada dia mais insatisfação dentro de nós, convencendo-nos de que a nossa felicidade está diretamente ligada aos produtos. Há aqueles que se capitulam a esse apelo e compram o que não precisam, com um dinheiro que não possuem, para impressionar pessoas que não conhecem.

Muitos indivíduos, seduzidos pela fascinação das riquezas, transigem com seus valores, amordaçam a consciência e se curvam aos apelos do lucro ilícito. A corrupção está incrustada na medula da nossa nação. Ela enfiou seus tentáculos em todos os setores da sociedade. Está presente nos poderes constituídos. Nos corredores do poder, há inúmeras ratazanas esfaimadas escondidas por trás de togas reverentes. Nos palácios e casas legislativas há muitos criminosos que assaltam o erário público, escondidos atrás de títulos pejados de honra. Nossa sociedade está levedada pelo fermento da corrupção. A causa precípua desse desatino moral é o amor ao dinheiro, a raiz de todos os males.

A prosperidade que vem de Deus é bênção; a que vem dos mecanismos da corrupção é maldição. Há indivíduos pobres que são prósperos e há homens ricos que são miseráveis. A verdadeira prosperidade não é tanto o quanto se ajunta com a ganância; mas, o quanto se distribui, apesar do pouco. A Bíblia diz que a piedade com contentamento é grande fonte de lucro (1Tm 6:6).

A agiotagem é uma prática criminosa. É uma forma injusta e iníqua de se aproveitar da miséria do pobre, emprestando-lhe dinheiro na hora do aperto, com altas taxas de juros, para depois mantê-lo como refém. Muitos ricos inescrupulosos e avarentos, movidos por uma ganância insaciável, aproveitam o sufoco do pobre para emprestar-lhe dinheiro em condições desfavoráveis, apenas para lhe tomar, com violência, seus poucos bens. Tenha cuidado com esses ratos de esgoto.

2. Evitando o suborno. “O perverso aceita suborno secretamente, para perverter as veredas da justiça” (Pv 17:23). A sociedade brasileira vive a cultura do suborno. Com frequência perturbadora, vemos políticos inescrupulosos em conchavos vergonhosos com empresas cheias de ganância e vazias de ética. Esses trapaceiros recebem somas vultosas, a titulo de suborno, para favorecer empresários desonestos, dando-lhes informações e oportunidades privilegiadas, a fim de se apropriarem indebitamente dos suados recursos públicos que deveriam promover o progresso da nação e o bem do povo. Aqueles que aceitam suborno, e muitas vezes se escondem atrás de togas sagradas e títulos honoríficos, não passam de indivíduos perversos e maus, gente de quem deveríamos ter vergonha, pois fazem da vida uma corrida desenfreada para perverter as veredas da justiça. Não poderemos erguer as colunas de uma pátria honrada sem trabalho honesto. Precisamos dar um basta nessa politica hedonista do “levar vantagem em tudo”. Se quisermos ver nossa nação seguir pelos trilhos do progresso, precisamos andar na verdade, promover a justiça e praticar aquilo que é bom. Isso é o que Deus requer de nós (2).

Irmãos, evite o suborno! Pedro rejeitou – “E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração” (At 8:18-22).

Certo dia, um pastor participou-me uma prática clara de suborno. Ele disse: “irmão Luciano, na igreja em que me congrego não tem mais diácono, todos foram consagrados a ‘pastor’ para voltar no candidato indicado pelo pastor presidente, por ocasião da eleição do novo presidente da CGADB”. Eu pensei: isso é uma demonstração clara de prática de suborno; é simonia; isso é uma vergonha! Para esses que agiram desse modo, ele aplico as palavras de Pedro, supra.

III. O USO CORRETO DO DINHEIRO

Não somos donos do dinheiro. Nada trouxemos ao mundo nem nada dele levaremos. Somos apenas mordomos. Devemos ser fiéis nessa administração. Se formos fiéis no pouco, Deus nos confiará os verdadeiros tesouros. Nosso coração deve estar em Deus e não no dinheiro. Nossa confiança deve estar no provedor e não na provisão. Nosso deleite deve estar nas coisas lá do alto e não nas coisas que o dinheiro nos proporciona.

O dinheiro não é um tesouro para ser usado de forma egoísta, mas para o nosso deleite. Deus nos dá o dinheiro para O glorificarmos com ele, e fazemos isso, quando cuidamos da nossa família, dos domésticos da fé e de outras pessoas necessitadas, e quando contribuímos para a proclamação do Evangelho. O dinheiro deve ser granjeado com honestidade, investido com sabedoria e distribuído com generosidade.

Devemos usar corretamente o dinheiro:

1. Para promover valores espirituais. Entesoure riquezas para a vida eterna (1Tm 6.19). O que você semeia é o que colhe. Você semeia coisas materiais e colhe dividendos espirituais. Você semeia coisas temporais e colhe bênçãos eternas. O homem rico, da parábola de Jesus, não cuidou de Lázaro que estava com fome e jazia à porta. No inferno ele se lembrou de Lázaro, mas já era tarde (Lc 16:19-31). Jesus disse que a vida de um homem não consiste na abundância de bens que ele possui. Jesus disse também: "O que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?". E ainda ensinou: "Não podeis servir a Deus e às riquezas". A maneira que lidamos com o dinheiro reflete quem somos internamente. Nós pertencemos a Deus? Nós confiamos em Deus? O nosso tesouro está em Deus ou no dinheiro? Você tem sentido alegria ao doar? Tem aumentado suas ofertas? Tem pedido a Deus para multiplicar sua sementeira para poder ajudar ainda mais pessoas?
2. Para promover o bem-estar social. O dinheiro não é nosso. Ele vem de Deus, é de Deus e vai voltar para Deus. Não somos donos, somos apenas mordomos. Nada trouxemos para este mundo nem dele nada levaremos. Deus nunca nos deu direito de posse definitiva daquilo que lhe pertence.
Paulo dá alguns conselhos sobre como lidar corretamente com o dinheiro sem perder a alegria de viver:
a) Pratique o bem. Não deixe o dinheiro dominá-lo, domine-o. Não deixe o dinheiro ser seu patrão, faça dele um servo. Não acumule só para si mesmo, faça-o um instrumento de ajuda para os outros.
b) Seja rico de boas obras. Abra seus celeiros. Seja como Barnabé, coloque seus bens a serviço dos outros (At 4:36,37). Qual foi a última vez que você fez algo que trouxe glória ao nome de Deus e alegria para as pessoas? Qual foi a última vez que fez uma oferta generosa para ajudar uma pessoa necessitada? Qual foi a última vez que enviou uma oferta para um missionário? Qual foi a última vez que entregou uma oferta de gratidão a Deus? Qual foi a última vez que repartiu um pouco do muito que Deus lhe tem dado? O apóstolo Paulo dá o belo exemplo da pobre igreja da Macedônia que se doou e ofertou generosamente aos pobres da Judéia, pessoas que a Igreja não conhecia pessoalmente (2Co 8:1-4).
c) Esteja pronto para repartir. A Bíblia diz que a alma generosa prosperará, mas o que retém mais do que é justo, isso será pura perda (Pv 11:25). "A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais" (Pv 11:24). "Quem se compadece do pobre ao Senhor empresta, e este lhe paga o seu benefício" (Pv 19:17). "[...] dai, e dar-se-vos-á; boa medida, recalcada, sacudida, transbordante" (Lc 6:38). Quando damos nos tornamos imitadores de Deus!

IV. BUSCANDO O EQUILÍBRIO FINANCEIRO

Qual é o ensinamento bíblico a respeito das riquezas? Este ensinamento é o do equilíbrio, ou seja, Deus sabe que necessitamos de bens para sobrevivermos, principalmente depois da queda do ser humano, que fez com que nossa sobrevivência fosse obtida com esforço e dificuldades (Gn 3:17-19). Sabendo que precisamos destas coisas, Deus promete no-las dar, se dermos prioridade às coisas realmente importantes, que são as relativas à eternidade (Mt 6:31-34). Se colocarmos a comunhão com Deus como nossa prioridade em nossas vidas, Deus dará o necessário para nossa sobrevivência e é, precisamente, o necessário, o suficiente para a nossa sobrevivência que Deus se compromete a dar a cada servo seu. O sábio Agur orou por uma condição financeira equilibrada, para poder escapar das tristes consequências de uma vida, tanto de necessidade como de fartura; assim, pediu ele o pão diário, para ele e sua família - “... não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada; para que, porventura, de farto te não negue e diga: quem é o SENHOR? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus”(Pv 30:8,9). Esse pedido foi repetido por Jesus quando ensinou seus discípulos a orar(Mt 6:11). Deus tem um compromisso com o Seu povo: de lhe dar o pão de cada dia. Este compromisso o Senhor tem e vela para cumpri-lo (cf.Jr 1:12).

1. Buscando a suficiência. Ter excesso ou falta de dinheiro pode ser perigoso. Ser demasiadamente pobre pode significar um risco para a saúde física e espiritual. Por outro lado, ser rico não garante esses bens a uma pessoa. Como Jesus assinalou, os que confiam nas riquezas têm dificuldade de entrar no Reino de Deus (Mt 19:23,24). Como Paulo, podemos aprender a viver tendo pouco ou muito (Fp 4:12), mas nossa vida poderá ser mais bem-sucedida se não tivermos nem a pobreza nem a riqueza (Bíblia de Estudo – Aplicação Pessoal).

A prosperidade prometida aos servos do Senhor não envolve a posse de bens materiais, pois o verdadeiro e genuíno servo de Deus, dotado de sabedoria que vem do alto (Tg.3:13,17), age como o sábio Agur, pedindo ao Senhor tão somente a “porção acostumada”, ou seja, o necessário para a sua existência digna, a fim de que, com muitas riquezas, não venha a rejeitar a Deus e, na miséria, não venha a ter de furtar para sobreviver (Pv 30:8,9). É esta “porção acostumada” que o Senhor tem prometido aos seus servos e que consta em Mt 6:33 - “Todas estas coisas vos serão acrescentadas”. Isto significa que todas as coisas de que necessitamos para sobreviver nos serão dadas pelo Senhor se buscarmos primeiro o Reino de Deus e a sua Justiça. Bem ao contrário do que se ensina erroneamente na atualidade, Deus não prometeu à Igreja “todas as coisas”, mas, sim, “todas as coisas necessárias”. É, aliás, o que Jesus nos ensinou a pedir: “o pão nosso de cada dia” (Mt 6:11).

É importante destacarmos que o cristão tem todo o direito de ser próspero, tanto na vida espiritual como na material, de acordo com a benção do Senhor sobre sua vida, em tudo aquilo que ele faz. Contudo, isso não quer dizer que todos os cristãos devam ser, necessariamente, ricos.

2. Buscando o que é virtuoso. Alguém poderá questionar: “Existe algo melhor, mais virtuoso, do que as riquezas materiais?”. Existe, sim! O bom nome. Foi o sábio Salomão quem disse: “Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro“ (Pv 22:1). Note que Salomão não apenas declara que o bom nome é melhor do que riquezas, mas que é melhor do que “muitas riquezas”. É melhor ter uma boa reputação do que ser um ricaço. É melhor ter o nome limpo na praça do que ter o bolso cheio de dinheiro sujo. É melhor andar de cabeça erguida, com dignidade, do que viver em berço de ouro, porém maculado pela desonra. A honestidade é um tesouro mais precioso do que os bens materiais. Transigir com a consciência e vender a alma ao diabo para ficar rico é consumada loucura, pois aquele que usa de expedientes escusos para enriquecer, subtraindo o que pertence ao próximo, em vez de ser estimado, passa a ser odiado na terra. A riqueza é uma bênção quando vem como fruto do trabalho e da expressão da generosidade divina. Mas perder o nome e a estima para ganhar dinheiro é tolice, pois o bom nome e a estima valem mais do que as muitas riquezas. (3)
CONCLUSÃO
A riqueza é bênção de Deus desde que adquirida de maneira honesta e não vise exclusivamente aos deleites deste mundo (Tg 4:3); caso contrário, seremos escravizados por ela. Mas, também é bom ressaltar que a pobreza não é símbolo de maldição (Pv 17:1; 1Tm 6:7-9). A Bíblia condena o amor ao dinheiro (1Tm 6:10), pois a avareza( a sede de possuir mais) é uma forma de idolatria (Cl 3:5). Tudo aquilo que o homem ama mais do que a Deus toma-se o seu deus (Fp 3:19). Pense nisso!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

MARINA SILVA NÃO É CRIACIONISTA


marina
A ex-senadora Marina Silva foi a convidada do programa “Roda Vida” nesta segunda-feira (21), na TV Cultura, para falar sobre sua filiação ao PSB, sobre a Rede Sustentabilidade e respondendo se será ou não candidata a Presidência da República em 2014 ou vice ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Marina, que é evangélica, foi confrontada em muitas perguntas a respeito de suas crenças religiosas diante de programas polêmicos como a pesquisa com células-tronco, a união civil de pessoas do mesmo sexo e ao ensino do criacionismo nas escolas públicas.
Sobre este assunto a fundadora da Rede Sustentabilidade garantiu que não é criacionista e que essa história surgiu quando, em um colégio confessional, ela pediu que a evolução fosse ensinada aos alunos. “Eu não sou criacionista”, disse ela. “Acredito que Deus criou todas as coisas, inclusive as contribuições trazidas por Darwin.”
Marina precisou responder sobre sua opinião a respeito do casamento gay, um assunto que tem deixado os políticos evangélicos em situações conflituosas com parte da sociedade brasileira. A ex-senadora disse que é a favor da união, mas não do casamento.
“Em relação a ter os direitos civis eu acho que tem todos os direitos. Ninguém pode ser discriminado por sexo, raça, cor, enfim… As pessoas devem ser tratadas em igualdade de condição. Quando você fala a palavra casamento eu evoco para mim a ideia de sacramento, como sacramento não [concordo], como direito civil sim.”
Ao contrário do que muitos imaginavam, Marina Silva afirma que não tem como objetivo se tornar Presidente da República. “O objetivo da minha vida não é ser Presidente da República”, disse ela reforçando a ideia de que com Campos está discutindo propostas de governo.
Nem mesmo sua candidatura como vice-presidente está certa. “Quando nós conversamos, naquela oportunidade que tivemos para tratar dessa ideia da aliança programática, não se fez essa discussão sobre vice ou não vice. Partiu-se do princípio que o PSB tem uma candidatura e eu estava dialogando com esse candidato para assumir as propostas que consideramos relevantes para o Brasil.”
Assista:
Fonte: Gospel Prime

terça-feira, 22 de outubro de 2013

DEPRESSÃO: MAL SO SÉCULO XXI

Depressão é uma doença séria que precisa, pode e deve ser tratada.
Depressão é uma doença séria que precisa, pode e deve ser tratada.
Depressão não é frescura, não é bobeira, não é fraqueza, não é falta de ter o que fazer, não é coisa de rico. Depressão é uma doença séria que precisa, pode e deve ser tratada. Pode atingir qualquer pessoa, em qualquer idade e de qualquer classe social. Pode ser quando criança, na adolescência, na fase adulta, na gestação, no pós-parto, na pré-menopausa, na menopausa, em idoso. Pode ter um motivo específico, como por exemplo, após algum acontecimento traumático, alguma doença grave, a morte de alguém, por outros motivos ou sem nenhuma explicação aparente.

Existe a diferença entre estar triste por algum motivo, por algo que não se realizou, pela perda de um emprego, pela morte de alguém amada, tensão pré-menstrual, etc., mas quando essa tristeza permanece por mais de duas semanas aí precisa de avaliação médica. Ainda infelizmente existe muito preconceito de uma pessoa assumir que está com depressão, ela muitas vezes também não quer aceitar, tem vergonha de falar para as outras pessoas, acha que os outros vão achar ela fraca, etc. Mas ninguém tem nada a ver com isso, como diz a frase "só o dono da dor sabe o quanto dói". As alterações hormonais são as responsáveis pela depressão. A pessoa não tem culpa por sentir essa tristeza, pois como é uma alteração química no cérebro, ela não consegue ter controle sobre isso. Os neurotransmissores responsáveis são serotonina, noradrenalina e em menor proporção a dopamina.

Ninguém gostaria de sentir isso, de ter um diagnostico de depressão, mas pode acontecer na vida de qualquer um a qualquer momento. Muitos que sofrem dela não sabem que tem. Os sintomas são diversos, tais como sentir-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, ter pensamentos negativos, perda de energia, cansaço fácil, baixa autoestima, perda de interesse no que antes dava prazer, alteração do sono, alteração do apetite, sentimento de pesar, sentimento de fracasso, aperto no peito, angústia, chorar a toa ou dificuldade para chorar, sentimento de culpa, queixas frequentes, dificuldade de concentração, perda do desejo sexual, sentimento de culpa, desejo de ficar no escuro, dormir demais, não sair da cama, ficar mais lenta, pensamentos suicidas e até mesmo desejo de morrer, entre inúmeros outros. É importante ressaltar que para a pessoa estar com depressão não é necessário ter todos esses sintomas. Só um médico poderá avaliar corretamente se a pessoa está mesmo com depressão, qual o grau e qual o remédio a ser tomado.

O psiquiatra é um médico especializado para tratar desse caso. Nos casos mais leves pode-se tentar um tratamento da medicina alternativa com remédios naturais, acupuntura, entre outros. Ou usá-los para complementar o tratamento psiquiátrico. A terapia também é de fundamental importância, muitos terapeutas indicam a pessoa para o psiquiatra fazer um acompanhamento e tratamento em conjunto. Com certeza os resultados serão muito melhores e mais rápidos. Quanto antes a pessoa procurar ajuda, mais rápido sairá desse quadro.

IMPORTANTE: As informações contidas neste artigo são apenas para referência, não devendo ser usadas para automedicação ou autodiagnostico. Se você estiver com algum problema de saúde, qualquer tipo de sofrimento, algo que está prejudicando sua vida procure um médico.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/24063/depressao#!1#ixzz2iTQOVndz

domingo, 20 de outubro de 2013

Silas Malafaia: Politicagem com os evangélicos do Rio

Revista Veja mostra disputa acirrada do PT ao governo do Rio pelo voto evangélico

Julio Severo
As campanhas eleitorais oficiais ainda nem começaram, mas os palanques para a disputa do governo do Rio já estão sendo armados dentro dos templos evangélicos, de acordo com a revista Veja, que diz também que “Todo fim de semana, o senador e pré-candidato do PT Lindbergh Farias, ex-comunista e católico não praticante, percorre o circuito completo da fé: assiste a cultos, abraça fiéis e se deixa fotografar com as mãos espalmadas em oração. Já apareceu em 63 igrejas.”
Normalmente, Lindbergh enfrentaria uma oposição ferrenha da população evangélica, pois seu partido, o PT, está na linha de frente na guerra contra a vida e a família, lutando ferozmente para aprovar o PLC 122 e outros projetos altamente nocivos para o Brasil.
Contudo, para acalmar as preocupações dos evangélicos e garantir a vitória do petista Lindbergh, o Pr. Silas Malafaia cedeu o Pr. Sóstenes Cavalcante, o principal responsável pelos eventos de seu ministério, para o gabinete de Lindbergh. Assim, se o público evangélico disser “O Lindbergh é do PT, partido das trevas!” o assessor pessoal de Silas, Pr. Sóstenes, estará bem próximo para tranquilizar a todos: “Calma, calma! Como representante de Malafaia, posso garantir que Lindbergh nos representa!”
Assessor de Malafaia é agora assessor de petista
Não foi esse mesmo discurso que ouvimos na eleição e reeleição de Lula em 2002 e 2006? Não foi Malafaia que tranquilizou a população evangélica sobre Lula? E o que o povo ganhou? Pesadas imposições de leis e medidas da cultura da morte. O que Malafaia ganhou em toda essa jogada? Só Deus sabe, mas o pouco que sabemos é que seu império financeiro cresce sem parar.
Nada tenho contra um cristão que ganha muito, contanto que ele invista muito no Reino de Deus, não no reino das trevas.
Lindbergh Farias conta agora com o apoio do pastor Silas Malafaia. No último dia 13, ele esteve, de acordo com a revista Veja, no culto da igreja Vitória em Cristo. Veja também acompanhou o evento, que teve presença do pastor Sóstenes Cavalcante, que agenda os eventos evangélicos para Lindbergh: “Vamos fazer uma oração grátis, 0800 para ele. Quem sabe estou orando pelo futuro governador”, disse Malafaia, para mil fiéis.
Em matéria de política, parece que Malafaia não quer aprender com seus graves pecados passados. Ele induziu o povo evangélico a votar em Lula duas vezes, e o que o Brasil ganhou? Um ferrenho rei Acabe pró-aborto e pró-homossexualismo. Ele também induziu o povo evangélico a votar em Sérgio Cabral, que se tornou o governador Acabe pró-aborto e pró-homossexualismo do Rio.
Malafaia quer vencer a cultura da morte apoiando seus promotores.
Quer orar pelos Acabes? O profeta Elias fazia isso.
Quer denunciar o sacrifício de bebês, homossexualismo sagrado e outros males dos Acabes? Elias fazia isso.
Quer induzir o povo de Deus a votar nos Acabes? Elias nunca fez isso.
Os cristãos do passado pagavam com a própria vida um bom testemunho.
Hoje, os cristãos modernos e “espertos” não querem perder oportunidades financeiras e políticas, e preferem ganhar a vida dando mau testemunho em politicagens.
Ore por Malafaia em seus devaneios políticos. Quando não há eleição, ele é um excelente defensor da família e combatente contra o aborto e a agenda gay. Mas quando há eleição, a tentação de apoiar os promotores desses males lhe é irresistível. Saibamos, pois, seguir seu bom exemplo sem cair em suas fraquezas e tentações.
Para ler a reportagem da Veja, que mostra politicagem de outros líderes evangélicos também, clique aqui.
Fonte: www.juliosevero.com

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pastor Maurício Brito concede entrevista e fala sobre administração municipal de Jaru

Pastor Maurício Brito concede entrevista e fala sobre administração municipal de Jaru

Mauricio Brito é um dos pastores mais influente e intelectual da Igreja Assembléia de Deus na atualidade na região de Jaru e no Estado de Rondônia. Teólogo, graduado também em filosofia e pedagogia e graduando em psicologia. Autor do livro Antropologia Teológica. Professor titular nas cadeiras de Filosofia, Psicologia, Antropologia Bíblica e Teologia Sistemática na Faculdade de Teologia e Ciências Humanas e Sociais Logos – FAETEL. Concede uma entrevista a equipe do Jarunotícia. 

Jarunotícia: O Senhor pertence a qual denominação religiosa?
          Sou membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus a mais de 20 anos, onde também exerço a função de pastor auxiliar, sou filiado a CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL e secretário do conselho de educação e cultura religiosa da CEMADERON – Convenção estadual dos ministros das Assembléia de Deus em Rondônia. A Nossa Igreja Em Jaru é presidida pelo abençoado e conceituado pastor Manoel Cardoso da Cruz a quem tenho maior admiração e respeito, homem íntegro que conduz a igreja com muita humildade e temor de Deus.
Jarunotícia: Como o senhor vê a Igreja nos dias atuais?
         Vejo a Igreja como uma instituição divina, que tem como principal missão evangelizar os povos e levar a mensagem de paz, amor e fraternidade entre os povos. A igreja cuida do lado espiritual, mas, também do lado material do ser humano, pois, a Igreja vê o ser humano como um todo; a Igreja presta um relevante serviço para a sociedade e isto sem nenhum custo para o estado; são milhares de pessoas que são retiradas das ruas, do alcoolismo, das drogas e eu sou testemunha disso; serviço este feito de forma gratuita pela igreja, eu não entendo porque muitas pessoas são revoltadas contra a Igreja! A Igreja só faz o bem! É bom ressaltar a maneira que Deu vê a igreja: em Catares de Salomão 6.8-10 Deus descreve a maneira como ele vê a Igreja; as quais são: Única; bem aventurada; imaculada; mais querida; formosa como a lua; brilhante como o sol; admirável; vencedora como um exercito com suas bandeiras. A Igreja é a única instituição capaz de recuperar de forma satisfatória aqueles que vivem em confronto e em conflito com a lei; porque ela entra nos presídios levando a mensagem de Cristo. É dessa forma que vejo a igreja, porém, ela deveria ser mais atuante.

Jarunotícia: Como o senhor vê a questão política partidária no Brasil?
     A sua pergunta, na verdade é dupla, começando a falar da política, complemento depois com os partidos: Precisamos politizar mais as pessoas, sobre tudo os mais jovens levando-os a participarem com mais eficácia do processo político como um todo dentro de uma visão que valorize a ética e a moral. A classe política atualmente esta muito desacreditada perante a sociedade, pesquisas feita por estudantes de diversas universidades apontam um descrédito muito grande quando o tema esta relacionado à política; portanto, temos que resgatar os valores e os ideais da política como em sua origem. A política nos moldes de hoje fugiu muito de sua origem etimológica; o conceito política é um termo grego-filosófico originário das polis; portanto, a política no sentido originário deve ser exercida por um cidadão honesto para cuidar, organizar e administrar os negócios públicos; eram assim que os gregos pensavam; para exercer o poder político o cidadão grego deveria ser cândido; de onde originou o termo candidato; portanto, nesta perspectiva as pessoas de bens devem participar do processo político para retornar as suas origens. Na questão dos partidos no Brasil é mais complexo porque eles fazem parte do processo democrático, conforme a legislação atual, o individuo para se candidatar tem que estar filiado a um partido. A pluralidade partidária é necessária, mas, sou amplamente favorável as candidaturas independentes, por outro lado os partidos políticos e o sistema eleitoral brasileiro estão muito desgastados. É preciso com urgência uma reforma profunda.

Jarunotícia: Como morador de Jaru, como o senhor está vendo a atual administração petista?
        A atual administração de nosso município esta muito tímida, sem planejamento e sem habilidade administrativa e política. Até o momento não vejo ou não consigo perceber suas ações de forma contemplativa e concreta, a nossa cidade está triste, suja, não é uma administração com brilho, tudo aquilo que apregoavam nos palanques eleitorais estão fazendo completamente ao contrário, ou indo na contramão. Para administrar é preciso compromisso, seriedade e transmitir a população firmeza e segurança, porque a partir do momento que a população desacredita fica muito difícil administrar e recuperar o prestígio, portanto, vejo um governo que dentro de pouco tempo perdeu a credibilidade e a sintonia com a população. Em pesquisa recente publicada nos sites de noticias e noticiada pelos rádios, à atual administração está com uma rejeição muito alta, cerca de 80%, e isso é preocupante.

Jarunotícia: O senhor além de pastor é também escritor na área da literatura evangélica. Como é essa vocação para o sacerdócio cristão e para literatura evangélica?
       No Antigo Testamento lemos que a Lei de Moisés separou a tribo de Levi e a família de Aarão para serem os sacerdotes da Nação. Estes homens usavam vestes diferentes, tinham privilégios especiais e constituía um sistema a parte, entre Deus e a congregação de Israel. No Cristianismo é tudo diferente. Todos os crentes são sacerdotes, segundo o ensino do Novo Testamento “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo para oferecer sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por Jesus Cristo” (1 Pedro 2:5).  “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).”Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai; a Ele glória e poder para todo o sempre. Amém” (Apoc. 1: 5,6). No campo da literatura sempre tive uma disposição para linguagem escrita e na produção textual o que resultou na obra Antropologia Teológica, nesta obra trato basicamente da maneira como Deus criou o homem.

Jarunotícia: Qual a mensagem que o senhor deixa para os jaruenses?
Mensagem de esperança, respeito ao próximo e muito amor, A bíblia diz que Jesus Cristo é a nossa viva esperança; portanto, a esperança não pode ser sufocada ou vencida pelo medo, mas, que sobre tudo a humildade que é o vinculo do amor, esteja presente nos corações das pessoas. E preciso que renunciamos diariamente o orgulho, a arrogância e outros adjetivos semelhantes e encontrar nas pessoas o verdadeiro sentido da vida e que a palavra de Cristo habite em todos nós abundantemente. Com a força do poderoso nome de Jesus Cristo temos esperança de dias melhores; essa esperança é que nos move a vencer os obstáculos e a conquistar as vitorias; portanto, agora precisamos da fé a esperança e o amor, porem, o amor é maior de todos.

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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

TRABALHO E PROSPERIDADE


4º Trimestre/2013 - CPAD - Texto Básico: Provérbios 3:9,10;22:13;24:30-34

“A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10:22)

INTRODUÇÃO

A necessidade de trabalhar faz parte da natureza do homem.  Esta afirmação é verdadeira pelo fato do homem ter sido criado “a imagem e conforme à semelhança de Deus”. Assim, o homem não foi criado para ser inerte, parado, sem vida. Trabalhar é estar em ação, em atividade. O trabalho feito com prazer, especialmente por aqueles que têm consciência de que estão cumprindo a vontade de Deus, não apenas dignifica o homem como também o vitaliza, pois, conforme afirmou Salomão, “em todo o trabalho há proveito...”(Pv 14:23).
Para o homem sem Deus, ou até para aquele que se diz “crente”, mas não conhece a Palavra de Deus, trabalhar se torna uma obrigação, um agente gerador de ansiedade. Trabalham, mas, trabalham de mal com o trabalho, vendo na pessoa do patrão, um agente escravizador. Isto não pode acontecer com aquele que conhece a Palavra de Deus. Afirmo que o trabalho foi instituído por Deus, mesmo antes da queda do homem. Trabalhar, portanto, significa cumprir a vontade de Deus. Para um filho de Deus ter um trabalho e poder tirar dele sua subsistência deve ser considerado como uma benção, não como um sacrifício. Você já agradeceu a Deus, hoje, pelo seu emprego, ou pela sua profissão?
Nesta Aula, trataremos “algumas das metáforas usadas pelo sábio para tratar da natureza do trabalho e sua importância. Elas revelam que o labor é uma condição necessária à expressão humana”. Para aqueles que ainda não sabem, metáfora é a comparação de palavras em que um termo substitui outro. É uma comparação abreviada em que o verbo não está expresso, mas subentendido. Por exemplo, ao dizer que o irmão "está forte como um touro", certamente, não significa que ele se pareça fisicamente com o animal, mas que ele está tão forte que faz lembrar um touro, comparando a força entre o animal e o indivíduo. Usando a metáfora da formiga: “vai ter com a formiga, ó preguiçoso” (Pv 6:6). Isto quer dizer: mova-se, tome uma atitude na vida, sai dessa preguiça, trabalhe com ousadia e determinação! “Era dessa forma que os sábios da antiguidade ensinavam, pois quando se entende tais metáforas, compreende-se melhor a natureza do trabalho”, afirma o pr. José Gonçalves.
I. A METÁFORA DO CELEIRO E DO LAGAR (Pv 3:9,10)
“Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares”.
Lagar:
“Palavra que é usada indiscriminadamente a respeito do instrumento no qual as uvas eram esmagadas, ou a respeito do balde que aparava o suco daí resultante. Sua plenitude era sinal de prosperidade, enquanto que quando o lagar estava ‘seco’ havia a representação simbólica de fome.
“É o vocábulo usado metaforicamente em Is 63:3, e também em Jl 3:13, onde o lagar cheio e transbordante indica a grandeza do morticínio de que o povo estava ameaçado. Faz parte de uma notável símile, em Lm 1:15; e em Ap 14:28-20, forma parte da linguagem apocalíptica que se segue à predição sobre a queda de Babilônia” (Novo Dicionário da Bíblia – J.D. Douglas).
1. A dádiva que faz prosperar. Dentre as muitas metáforas usadas por Salomão para se referir ao trabalho, encontramos a metáfora do “celeiro” e do “lagar”. O sábio aconselha: “Honra ao SENHOR com a tua fazenda e com as primícias de toda a tua renda; e se encherão os teus celeiros abundantemente, e trasbordarão de mosto os teus lagares”. Aqui, temos um apelo a favor do uso apropriado das posses materiais. No final das contas, o homem é um mordomo, e tudo que ele tem pertence a Deus (Salmos 50:10-12 e 24:1). Quando ele honra a Deus com parte do seu progresso, ele vai ser abençoado materialmente - “e se encherão os teus celeiros”. Temos aqui um princípio de mordomia e não uma garantia de riquezas materiais. Podemos confiar a Deus as nossas dádivas e que Ele garante a provisão das nossas necessidades materiais (Mt 6:33). O mordomo cristão nunca precisa temer que vai ser o perdedor ao dar a Deus (Ml 3:8-10). Ninguém perde porque crê ou porque obedece. O homem de Deus não é um servo relutante, mas um mordomo feliz e responsável.
É válido ressaltar que uma vida próspera não é somente resultado do sucesso financeiro, mas, sim, da obediência a Deus, da fidelidade e da santidade (Pv 3:3,4). Como cristãos, podemos afirmar que nossas riquezas são e serão sempre intangíveis e nunca somente monetárias. Atualmente, os crentes têm sido iludidos quando o assunto é prosperidade. Eles tendem a relacionar o “ser próspero” ao dinheiro e bens materiais. Muitos estão buscando desesperadamente os bens materiais. Querem ser ricos a todo o custo e acabam desprezando a Deus, tropeçando e perdendo o bem precioso, a salvação. Por isso Jesus adverte: “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mt 16:26). “Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12:20).
Não podemos ser influenciados pela maneira de pensar deste mundo (Rm 12:2). Para alguns, o "TER" passou a ser mais importante que o "SER". O materialismo estimula as pessoas a viverem para TER. Porem, a ênfase do cristianismo bíblico está em viver para SER. Somos desafiados a viver para sermos santos, luz do mundo e sal da terra em meio a uma geração que vive para TER. É evidente que como seres terrenos temos que trabalhar com ousadia, integridade e dedicação para conquistar os recursos materiais necessários para nossa sobrevivência e contribuir para o reino de Deus. Contudo, a Bíblia condiciona a prosperidade do homem a uma vida de obediência ao Senhor. Não é possível ter-se felicidade, bem-estar, alegria, sucesso e êxito se o indivíduo não cumprir a lei do Senhor, não O buscar de todo o seu coração.
A Verdadeira prosperidade, portanto, é o resultado da obediência, é fruto de um estado espiritual de comunhão com Deus. Jesus encontrou pessoas materialistas, como o jovem rico, que preferiu suas próprias riquezas em vez das riquezas do reino. Mas ele também encontrou pessoas como Zaqueu, que foram capazes de trocar o materialismo pelos valores do reino. Pertencer ao Reino de Deus é está diretamente ligado ao "SER" - ser benigno, ético, compassivo etc.
2. A bênção que enriquece - A bênção do Senhor é que enriquece, e ele não acrescenta dores” (Pv 10:22). Não podemos negar e nem deixar de ser gratos por essa vida, pois, para os crentes e demais homens, ela é um testemunho da bondade e misericórdia de Deus. Os bens materiais, inclusive o dinheiro, são bênçãos que Deus nos concede para usufruirmos dele e beneficiar o próximo e a obra de Deus. Seria hipocrisia de nossa parte negar que o dinheiro é um bem apreciável, pois quanto mais recursos financeiros uma pessoa possui, mais oportunidades ela tem para oferecer uma educação melhor aos seus descendentes, investir em sua saúde, adquirir bens que serão utilizados de forma razoável e confortável, e abençoar a obra de Deus de forma generosa. Mas, precisamos entender também que o dinheiro é um ótimo servo, mas um senhor impiedoso se o colocarmos nessa posição também. Se não tivermos nossas vidas diante de Deus, perderemos o foco da verdadeira prosperidade: um relacionamento com o Doador, e não com a dádiva. Não foi à toa que Jesus falou contra Mamom e os perigos do relacionamento com ele.
Fazer a vontade de Deus e manter uma estreita comunhão com Ele é o segredo para se ter uma vida próspera. Independentemente das circunstâncias que estejamos passando, temos a certeza que o bom Pastor e Bispo de nossas almas nunca nos desampara. Ele está conosco em meio aos pastos verdejantes, e não nos abandona quando temos que enfrentar os vales e os desertos da vida. Somente em Jesus temos a verdadeira prosperidade. É somente quando a bênção de Deus estiver presente que o celeiro e o lagar se encherão e transbordarão. “É a bênção divina que faz a distinção entre ter posses e ser verdadeiramente próspero, pois é possível ser rico, mas não ser feliz”.
II. A METÁFORA DA FORMIGA (Pv 6:6-11)
“Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio. A qual, não tendo superior, nem oficial, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta o seu mantimento. Ò preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco de sono, um pouco tosquenejando, um pouco encruzando as mãos, para estar deitado, assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado”(Pv 6:6-11).
1. As formigas sabem poupar. Em Pv 6:6-11, o sábio nos adverte a aprender com as formigas. Numa época em que as mudanças ocorrem numa rapidez que nos atordoa, nossa única defesa é a tentativa de antecipar, como as formigas fazem, o amanhã e nos prepararmos, desde já, para responder aos desafios que o futuro nos apresentará. O segredo para ter mais segurança quanto ao futuro é fazermos planos e trabalharmos baseados neles agora. A conhecida passagem de Tiago 4:13-16 nos diz para não fazer planos para o futuro, e sim para nos darmos conta de que todos os planos para o crente são declarações de fé. É a nossa maneira de dizermos: “Senhor, é isso o que acreditamos que quer que façamos, e é isso que temos a intenção de fazer. Se quiseres nos dirigir para o outro caminho, estamos abertos à tua orientação. Enquanto isso, prosseguimos adiante pela fé”. Portanto, precisamos fazer planos e oferecê-los como declarações de fé ao Senhor como nosso compromisso a Ele. Prepare-se, pois seu futuro depende, em grande parte, do que você fizer hoje.
2. A Bíblia condena o preguiçoso. Sobre a Preguiça, a Bíblia diz: “A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma enganadora padecerá fome”(Pv 19:15); “Pela muita preguiça se enfraquece o teto, e pela frouxidão das mãos goteja a casa”(Ec 10:18). Num mundo competitivo como o nosso, ninguém pode se dar o luxo da preguiça.  Com acerto afirmou Elifaz a Jó: “Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar”(Jó 5:7). Isto corrobora a nossa afirmação de que o trabalho foi instituído por Deus e que é uma exigência da natureza do homem. Em sendo assim, e assim é, então queremos crer que não existe crente que conhece a Palavra e que seja preguiçoso. Isto porque o crente, sendo nascido de novo, é filho de Deus; como filho, ele é participante da natureza divina, conforme declara Pedro: “Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou por sua glória e virtude, pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina...”(2Pedro 1:3-4). Assim, crente que é filho de Deus não pode ser preguiçoso, pois, a inércia, a inatividade, e outros atributos que caracterizam a preguiça, não fazem parte da natureza Divina. Lembre-se: o tempo é matéria-prima da vida. Precisamos tomar consciência de sua importância e de como aproveitá-lo melhor.
III. A METÁFORA DO LEÃO (Pv 22:13; 26:13)
“Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas” (Pv 22:13). “Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas” (Pv 26:13).
Aqui nestas duas metáforas, vemos as desculpas esfarrapadas do preguiçoso. Esse é o tipo de pessoa que sempre acha boas razões para justificar a sua preguiça – “mais sábio é o preguiçoso a seus olhos do que sete homens que bem respondem” (Pv 26:16). Note-se que o preguiçoso não é nenhum anormal. Frequentemente é um homem comum que usou desculpas demais, recusas demais e adiamentos demais. Isso explica, pelo menos em parte, por que a pobreza chega à casa dele. Ela surge como um ladrão, e nada a pode impedir, porque é o fruto da indolência e da procrastinação – “assim te sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado” (Pv 6:11).
Para superar a preguiça, devem ser dados alguns pequenos passos em direção à mudança. É necessário estabelecer uma meta concreta e realista, verificar quais são os passos necessários para alcançá-la e segui-los. Deve-se orar, pedindo a Deus força e persistência. Para que as desculpas não tornem alguém inútil, é necessário parar de dar desculpas vãs. A preguiça é mais perigosa do que um leão.
IV. O TRABLHO E A METÁFORA DOS ESPINHEIROS (Pv 24:30-34)
30. Passei pelo campo do preguiçoso e junto à vinha do homem falto de entendimento;
31e eis que toda estava cheia de cardos, e a sua superfície, coberta de urtigas, e a sua parede de pedra estava derribada.
32. O que tendo eu visto, o considerei; e, vendo-o, recebi instrução.
33. Um pouco de sono, adormecendo um pouco, encruzando as mãos outro pouco, para estar deitado,
34. assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade, como um homem armado.
O preguiçoso só vê dificuldades. O caminho do preguiçoso não é cercado de espinhos, mas é como se fosse. O problema não existe, mas por causa de sua preguiça ele age como se existisse. O preguiçoso vê dificuldade em tudo. Ele não procura trabalho porque parte do pressuposto de que todas as portas da oportunidade lhe estarão fechadas. Ele não se dedica aos estudos porque está convencido de que não vale a pena estudar tanto para depois não ter recompensa. Ele só enxerga espinhos na estrada da vida enquanto dorme o sono da indolência.
É diferente a vereda dos retos. Mesmo que haja espinhos, o homem reto os enfrenta. Mesmo que a estrada seja sinuosa, ele a endireita. Mesmo que haja vales, ele os aterra. Mesmo que haja montes, ele os nivela. O homem reto é aquele que transforma dificuldades em oportunidades, obstáculos em trampolins, desertos em pomares e vales em mananciais. Ele não foca sua atenção nos problemas, mas investe toda a sua energia na busca de soluções. (1)
1. Trabalho, prosperidade e espiritualidade! Enquanto passeava pelo campo, o sábio observou a vinha de um preguiçoso, e eis que tudo estava cheio de espinhos. Havia mato e urtigas por todo lado, e o muro de pedra estava em ruínas. O sábio extraiu uma lição desse episódio: o indivíduo que gosta de dormir muito e está sempre em repouso será assaltado pela pobreza repentina como quem encontra um ladrão armado. Se a preguiça nos afastar de nossas responsabilidades, a pobreza poderá afastar-nos do legitimo descanso que deveríamos desfrutar.
Aqueles que sucumbem à preguiça espiritual tem a vida (representada pela vinha) infestada de problemas (espinhos e urtigas) e não produzem fruto para Deus. As defesas espirituais (o muro de pedra) caem por terra, e Satanás expande sua área de atuação. Essa situação de desinteresse e apostasia resulta em pobreza de alma.
2. Trabalho, ócio e lazer. Um homem normal não pode viver sem trabalho. Não se trata de precisar ou não trabalhar pela sobrevivência; trata-se de uma exigência da natureza humana, e isto procede de Deus. Deus não criou o homem para viver em ociosidade. Quem, decididamente, se entrega ao ócio, e se deixa dominar pela preguiça, acaba doente. São estas pessoas as frequentadoras contumazes dos divãs dos psicanalistas, e dos consultórios dos psicólogos.
O trabalho é uma das demonstrações mais eloquentes da dignidade da pessoa humana. Ora, se Deus fez o homem para servi-lo, para que executasse tarefas que exaltassem o nome do Senhor, é praticamente intuitivo que todo e qualquer ser humano que se disponha a se submeter ao senhorio de Deus seja alguém que tenha no trabalho uma de suas principais marcas. Não é por outro motivo, aliás, que, ao longo da história sagrada, não encontramos jamais alguém que tenha sido chamado por Deus que não estivesse trabalhando. Deus jamais chamou e jamais chamará desocupados para a sua obra, porquanto o ócio é algo que está em frontal oposição ao que Deus é, ao que Deus representa.
Em sendo assim, temos que todo povo chamado e constituído por Deus é um povo que tem no trabalho, no serviço, um ponto característico. A Igreja, o povo de Deus da atual dispensação, não é exceção. Muito pelo contrário, Jesus sempre deixou bem claro que os seus discípulos deveriam ser pessoas que estivessem prontas e dispostas a servir, a executar tarefas para a glória do nome do Senhor.
CONCLUSÃO
O trabalho além de dignificar o homem, o faz prosperar. Diante do Senhor ninguém será considerado ‘mais crente’ por se ocupar somente de coisas espirituais e negligenciar as práticas materiais. Em muitos casos, aqueles que alegam ‘trabalharem somente para Jesus’, na verdade, estão dando trabalho para a igreja. Dizem que vivem da fé, mas na verdade vivem da boa fé dos outros. A esses, mais uma vez Salomão aconselha: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para os seus caminhos e sê sábio” (Pv 6:6). Os homens mais espirituais da Bíblia viviam nos labores dos seus trabalhos (2).
Portanto, uma pessoa normal não pode viver sem trabalhar, mesmo não precisando prover sua subsistência. É claro que muitos, embora desejando trabalhar, são impedidos, quer por incapacidade física, mental, ou social. Estes, em sendo necessário, devem ser ajudados pelo Serviço Social da Igreja, ou por algum “irmão”, em particular. Por isto Paulo usou a expressão “...se alguém não quiser trabalhar, não como também”(2Tes 3:10).