Texto Base: Ef 5:22-30
"Eu, porém, esperarei no SENHOR; esperei no Deus da minha salvação; o meu Deus me ouvirá" (Mq 7.7).
INTRODUÇÃO
Os
conflitos em família existem desde os tempos primordiais. São fruto
natural da desobediência do ser humano ao seu Criador. No Éden, antes da
Queda, havia um ambiente perfeito, de paz, harmonia e
amor. Não sabemos quanto tempo durou esse ambiente. Como se depreende
do texto bíblico, o Criador visitava o primeiro casal diariamente, "pela
viração do dia" (Gn 3:8), no final das tardes maravilhosas do Paraíso.
Entretanto, o "dia mau" chegou e eles não tinham a armadura de Deus de
que as famílias cristãs dispõem. Ouvindo a voz do tentador, perderam a
doce e gloriosa comunhão com Deus. E a tragédia humana começou. Vieram
os filhos. O primogênito, Caim, levantou-se contra o seu irmão, Abel, e o
matou, por inveja, face a aceitação, pelo Senhor, do sacrifício do seu
irmão. Este primeiro conflito entre irmãos deu início à terrível saga da
morte por homicídio no mundo. A boa nova para os nossos dias é saber da
possibilidade, em Cristo, de equacionarmos os problemas que, às vezes,
afetam a família cristã.
I. DESENTENDIMENTO ENTRE OS CÔNJUGES
Todo
casal tem discórdia. A satisfação e a estabilidade das uniões conjugais
não estão associadas diretamente à ausência de conflitos, mas à forma
com que os cônjuges estabelecem estratégias para
solucioná-los. Infelizmente, conflitos podem levar a brigas sérias. Uma
briga séria é aquela que desune esposo e esposa, mas nunca resolve a
causa do problema. Como resultado, casais acumulam amargura, rixas,
raiva descontrolada, ódio e, frequentemente, divórcio.
O
que falta a muitos casais é habilidade para discutir os problemas
sérios, chegar a um plano para resolvê-los e, então, pôr em ação esse
plano. Esta é uma habilidade que muitas pessoas simplesmente nunca
aprenderam, mas que pode ser aprendida.
Um
exemplo evidente que a Bíblia narra é o caso do patriarca Abraão e sua
esposa Sarah. Houve um conflito entre este casal motivado por Abraão ter
gerado um filho em sua serva, Agar. A bigamia trouxe problemas
familiares. E o patriarca teve que expulsar a jovem concubina juntamente
com seu filho, Ismael. O resultado disso é que ainda hoje os judeus e
os árabes se digladiam.
1. Temperamentos diferentes. Temperamento
é o conjunto de características negativas e positivas com as quais
nascemos e que influenciam o nosso comportamento. É totalmente
involuntário e imprevisível. Nenhum pai pode saber ou determinar com
qual temperamento seu filho nascerá.
Sabemos
que cada ser humano é diferente do outro, que não existe um indivíduo
idêntico a outro, porque Deus não produz homens em série, como
costumamos ver nas indústrias, mas, sim, dentro de seu supremo poder,
cria cada homem individualmente. Esta individualidade do homem,
conhecida como personalidade, deve ser dividida, basicamente, em dois
elementos básicos:
o temperamento e o caráter.
O caráter define
uma forma definida de conduta, que não é inata, mas constituída pela
história de vida de cada sujeito, considerando a condição social,
ambiente familiar, educação e todos os aspectos importantes para a
construção das características de cada um. O caráter é influenciado pelo
ambiente. O caráter é construído ao decorrer da vida do indivíduo e
pode ser modificado.
O temperamento define
atitudes e atividades espontâneas, sendo inato. As influências do
temperamento dos seres humanos são do sistema nervoso, composição
bioquímica, hereditariedade. Estas características definem o
temperamento como algo imutável, embora possa ser controlado e dominado.
As
pessoas quando aceitam a Cristo, não deixam de ser indivíduos, não
perdem a sua individualidade: o caráter muda, mas não o temperamento,
que passa a ser controlado pelo Espírito Santo. Portanto, a Salvação não
altera a individualidade do salvo, e, portanto, não muda o seu
temperamento, que é a parte da personalidade que está ligada à criação,
mas, como se trata de uma mudança radical, pois, como ensina o Senhor
Jesus, quem é salvo passa da morte para a vida (João 5:24), temos uma
transformação completa não no temperamento, mas no caráter.
2. Fatores que trazem conflitos. São
muitos os fatores que trazem conflitos entre os casais, podendo ser
citados entre eles o sexo, o dinheiro, ciúme, entre outros. A
importância em identificar os fatores mais frequentes desencadeadores de
conflito refere-se especialmente à possibilidade de os casais
aprenderem a estar atentos aos seus focos mais frequentes de
desentendimentos. Pesquisas indicam que a tentativa de ignorar os
fatores de conflitos não os faz desaparecer, ao contrário, provoca o
acúmulo de ressentimentos que tende a retornar com mais força a cada
novo impasse - o chamado efeito bumerangue. Vamos citar aqui os mais
frequentes.
a) Falta de confiança. O
casamento só tem sentido quando fundado no amor verdadeiro. Quando o
casal se ama de verdade, quando há respeito mútuo, fidelidade, lealdade,
sinceridade e transparência na conduta de ambos, não há motivos para
desconfianças ou ciúmes infundados. Paulo diz que "o amor"... "não busca
os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal (1Co 13:5b).
b) Tratamento grosseiro. Um
dos motivos para a infelicidade, no seio do casamento e da família, é o
tratamento indelicado, grosseiro e descortês. Um lar em que a família
se trata assim não deve ser chamado de lar cristão, pois onde Cristo
habita, deve existir amor, compreensão, respeito, diálogo e tratamento
cordial.
A
forma com que tratamos uns aos outros é vista por Deus como uma
referência para designar quem é sábio ou não, pois a sabedoria é
manifesta em obras de mansidão (Tg 3:13), e a mansidão é uma virtude do
fruto do Espírito Santo (Gl 5:22). Mansidão significa colocar a
inteligência nas emoções. O cônjuge que tem o Espírito Santo tem o
caráter de Cristo e é uma pessoa sábia, e, sendo assim, nos momentos
abrasadores da convivência ele sabe arrefecer os ânimos colocando a
inteligência nas emoções, evitando assim o conflito familiar. Mas, se um
cônjuge tratar o outro com indelicadeza, e houver uma resposta no mesmo
tom, será conflito na certa. Mas, se um estiver irritado, e o outro, em
oração, pedir a Deus a graça de responder como um nascido de novo, as
coisas mudarão, pois a "palavra branda desvia o furor" (Pv 15:1). Que
Deus nos ajude a praticar as relações humanas, no lar, na igreja, e em
toda parte, conforme o manual de Deus para o relacionamento familiar, as
Escrituras Sagradas.
c) Dívidas. Um
dos fatores que mais traz conflitos numa família, principalmente entre
os cônjuges, é a questão financeira. Quando um dos cônjuges é compulsivo
e não controla os seus gastos, mas se envolve em dívidas
descompassadas com a capacidade financeiro, sem duvida, nesta família o
conflito é inevitável. Muitos ficam sofrendo de doenças nervosas por
causa de dívidas. Com Jesus, precisamos aprender a orar pelo “pão nosso
de cada dia” (Mt 6:11); se levarmos esse princípio adiante, saberemos
consumir com equilíbrio, a fim de satisfazer as necessidades e
evitaremos o desperdício (João 6:12). Sejamos cautelosos na aquisição de
bens, é preciso sempre avaliar se o orçamento familiar será suficiente
para cobrir as despesas (Is 55:2; Lc 15:13,14).
O
ato de comprar parece simples e prazeroso, mas não é. Exige
planejamento e reflexão. Jamais podemos comprar por impulso, sem pensar
no quanto estamos gastando. Quem compra por impulso e não segue um
planejamento, cedo ou tarde acabará tendo problemas financeiros. Devemos
lembrar que honrar os nossos compromissos contratuais é um dever
cristão e isto é bastante agradável a Deus, pois trará bom testemunho no
meio em que vivemos. Você deseja ser bem sucedido financeiramente?
Então:
- Evite o desperdício e o supérfluo. É
nossa tendência pensar que só entre os que têm muitos bens materiais há
desperdiço de recursos. A verdade, porém, é que entre a classe pobre há
tantos ou mais pessoas que desperdiçam seus recursos de forma
dissoluta. Na experiência diária vemos que crentes sem recursos, que
vivem do seu ordenado somente, são muitas vezes aqueles que não sabem
distribuir o seu dinheiro. Os pobres podem, nesse caso, ser tão
esbanjadores como os ricos, levando-se em conta as devidas
proporções. Em João 6:12 Jesus ordenou que seus discípulos recolhessem
os alimentos que sobrara para que nada se perdesse. Algumas vezes o
orçamento acaba porque gastamos com insensatez, onde não se deve ou não
se pode.
- Economize, poupe e fuja das dívidas. Sejamos
cuidadosos na maneira de gastar o nosso dinheiro, busquemos a direção
do Senhor de nossas vidas, para que Ele nos ensine a usar o pouco que
nos foi entregue. Economize comprando no estabelecimento que é mais em
conta. Racionalize os gastos com água, luz, telefone, etc. (ler Gn
41:35,36; Pv 21:20). Abra uma conta-poupança e guarde um pouco de
dinheiro, por menor que seja a quantia. Fuja das dívidas!
- Estabeleça critérios para gastar. Quem
estabelece critérios bem definidos sobre o que fazer com cada centavo
que possui tem melhores condições de viver sem muito estresse. Vejamos
algumas medias necessárias:
· Aprenda a viver com o que tem;
· Guarde pelo menos 5% do que ganha em uma poupança;
· Saiba dizer não ao consumismo;
· Defina o que é essencial e necessário;
· Evite fazer dívidas, principalmente com os cheques pré-datados e cartões de crédito.
Talvez
você diga que não consegue se enquadrar nesses critérios, porém é
possível que alguém seja mais pobre que você e consiga. Então, por que
não tentar? Os frutos virão no futuro. Vale a pena começar.
d) Infidelidade. A
infidelidade é um mal que não é de hoje, mas que, nos tempos atuais,
tem-se intensificado muito comum nos lares sem Cristo, e também tem
atingido muitos lares cristãos. A infidelidade conjugal não passa de um
instrumento diabólico para a destruição e desagregação da família. A
Bíblia diz que o marido deve amar a sua esposa da mesma forma que Cristo
ama a Igreja. Ora, o Senhor ama a Igreja com sinceridade, e sobretudo,
com fidelidade de lealdade. Esta fidelidade é tão grande, que "se formos
infiéis, Ele permanece fiel: não pode negar-se a si mesmo" (2Tm 2:13).
Mas, Satanás diz ao esposo: "ora, não é nada demais; procura unir-te a
outra mulher: a tua já não te agrada. No fim, tudo dará certo. Os teus
amigos não possuem outras mulheres?". Com isso, o inimigo procura
desfazer o plano de Deus para a vida conjugal. E muitos homens, mesmo
cristãos, têm cedido a essa tentação diabólica, cometendo adultério e
prostituição, e desprezando o lar, a esposa, os filhos e seu próprio
nome e, o que é pior: desprezando a Deus. A Palavra de Deus considera a
infidelidade conjugal como vergonhosa traição aos princípios sagrados,
estabelecidos por Deus para o casamento.
II. ATIVIDADES PROFISSIONAIS DOS PAIS
Em
nossos dias, temos visto que pais e mães de família têm se dedicado
muito ao trabalho, devido aos muitos desafios financeiros e o custo de
vida cada vez mais alto. Isso pode prejudicar a família, se os pais não
tiverem um tempo adequado para ficar com seus filhos, participar da
educação deles, passar-lhes as tradições da família e acima de tudo,
repassar-lhes a fé em Deus e nas Escrituras Sagradas.
1. A mulher no mercado de trabalho. Antigamente,
as mulheres desempenhavam um papel puramente doméstico e contentavam-se
com isso. Elas eram mães de família, esposas e donas de casa. A cultura
dos povos em geral relegava esse papel às mulheres. Mas, nos últimos
anos, a mulher tem ingressado no mercado de trabalho de forma bastante
significativo.
A
urbanização acelerada, o processo de industrialização e as mudanças
culturais, econômicas e sociais têm forçado a participação da mulher em
atividades antes próprias dos homens. Por um lado, há um aspecto
positivo. Inserida no mercado de trabalho, a mulher sente-se incentivada
a demonstrar que não se limita ao papel de mulher doméstica, e comprova
que tem capacidade para realizar as mais diferentes ocupações sociais. O
nível de estudo das mulheres tem aumentado, e elas concorrem com os
homens aos cargos mais importantes da nação. Há queixas quanto à
diferença de salário e de natureza dos cargos ocupados pelas mulheres,
mas há uma evolução marcante nesse aspecto.
Por outro lado, temos que considerar alguns aspectos negativos da intensa participação da mulher no mercado de trabalho (adaptado do livro: “A Família Cristã e os ataques do inimigo - pr. Elinaldo Renovato, CPAD):
a) A mulher submetida à pesada carga de trabalho. Como
profissional, a mulher passa a maior parte das horas úteis do dia
envolvida nas atividades profissionais, nos locais onde estão
contratadas. Mas, via de regra, também, a mulher desempenha atividades
domésticas. Como profissional, muitas vezes, tem que chegar tarde em
casa, e o esposo se ressente de sua ausência. Os filhos sentem falta da
mãe. Isso causa conflitos. Pode haver entendimento, mas há
inconveniências a serem consideradas.
b) Os filhos sofrem com a ausência da mãe. Com
a mãe trabalhando fora de casa, os filhos passam a viver com as
empregadas domésticas, que, por melhor que sejam, não substituem a mãe.
Não sentem pelas crianças o amor do seio materno. As crianças ficam
desorientadas, convivendo muitas vezes com pessoas sem a necessária
educação. Por outro lado, ficam o dia todo diante da internet(às vezes
sem nenhum bloqueio contra sites pornográficos), jogos eletrônicos
violentos e da televisão, com liberdade de escolha de programas que
perverterão o caráter delas. Os pais que não estão disciplinando os
filhos dentro do padrão moral judaico-cristão, correm sério risco de
deixarem um legado perigoso às futuras famílias que surgirão, com base
na educação que eles estão lhes dando, pois seus filhos estão crescendo
sem amor, sem afeto, sem carinho, sem temor aos pais, indisciplinados,
violentos, sem temor a Deus.... Como líderes dos seus filhos, os pais
devem ser exemplos para eles. Mas muitos são apenas genitores. Geram e
deixam os filhos crescerem, dão alimento, roupa, calçado, as melhores
escolas (quando podem), dão dinheiro e condições para sua independência.
Mas, para a maioria, falta dar aos filhos o principal: amor, atenção,
presença na sua formação, no seu desenvolvimento.
2. A ausência dos pais prejudica a criação dos filhos. A
ausência da mãe prejudica a formação, a educação. A ausência do pai
prejudica a visão que o filho ou a filha deve ter das relações
familiares. Muitos pais só dão atenção aos filhos quando eles estão
doentes, ou são vítimas de algo trágico, de um acidente, ou ameaça de
morte. No mais, passam os anos sem terem diálogo, contato ou aproximação
com os filhos. Isso é altamente prejudicial. A presença do pai, no lar,
é fundamental para a formação espiritual e emocional dos filhos.
III. MÁ EDUCAÇÃO DOS FILHOS
1. Educação prejudicada. Entende-se
por má educação o mau comportamento dos filhos no lar ou fora dele.
Neste aspecto, não nos referimos à educação formal dos bancos escolares.
Os lares estão prejudicados quanto à educação comportamental. Com o
excesso de ocupação dos pais, os filhos são entregues a creches, escolas
e a outras entidades do sistema educacional.
O
cuidado com os filhos deve anteceder à própria concepção. Devemos estar
preparados para, na vontade de Deus, criarmos nossos filhos na doutrina
e admoestação do Senhor(Ef 6:4). Devemos ter o mesmo sentimento
de Manoá, o pai de Sansão, que orou ao Senhor pedindo orientação divina
para a educação de seu filho(Jz 13:8), antes mesmo de seu
nascimento. É mister que tenhamos a orientação do Senhor para a educação
dos nossos filhos, assim como busquemos todas as informações que a
ciência e o conhecimento humano possam nos fornecer para que demos uma
vida de qualidade para nossos filhos. Qualidade não significa opulência
material, mas é muito mais do que isto: é uma educação com amor, com
valores bíblicos, uma educação que faça de nossos filhos verdadeiros
servos do Senhor.
Com
muita oração, prudência e sabedoria, os filhos devem receber instrução
espiritual adequada e progressiva para aprender a colocar sua fé em Deus
e não se tornarem desobedientes, teimosos e rebeldes(ver Dt 6:1-9). A
ausência dessa instrução é prejudicial ao relacionamento entre pais e
filhos e à formação do caráter cristão dos filhos. O ensino da Palavra
de Deus molda o caráter e aperfeiçoa a vida moral, emocional e
espiritual dos membros da família. Não é tarefa fácil, mas não
impossível.
Tome-se
como exemplo a mãe de Timóteo, Eunice. Ela, judia, era casada com um
grego que não temia o Deus de Israel(At 16:1). Mas isso não impediu que
ela instruísse seu filho “no caminho que deve andar”(Pv 22:6). Ela e sua
mãe(Lóide) ensinaram a Timóteo a Palavra de Deus, livrando-o das
influências do paganismo helênico. O apóstolo Paulo testemunha isso: ”Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti”(2Tm
1:5). Timóteo tornou-se um zeloso ministro de Deus(1Ts 3:2), fiel no
Senhor(1Co 4:17), e um grande cooperador no ministério do apóstolo Paulo
(Rm 16:21; 1Ts 3:2).
2. Quem são os professores? Pergunta
o pr. Elinaldo Renovato: “Quem são os professores ou os mestres da
maioria das crianças e adolescentes nos dias atuais? Serão os docentes,
nas escolas? Serão os professores da ED? Ou serão os pais, dedicados à
formação espiritual, moral e ética de seus filhos?
“Infelizmente,
para nossa tristeza e graves prejuízos para a nação, os "mestres" por
excelência dos filhos em geral são os atores, as atrizes e produtores
das empresas de telecomunicação. São os produtores de sites da internet.
Estes meios poderiam ser úteis para ajudar na educação das gerações,
mas, na prática, são veículos eficazes para a má educação de gerações
inteiras.
“Não
é por acaso que, no meio das igrejas, há tanta rebeldia entre
adolescentes e jovens. É raro ver adolescentes e jovens nos cultos de
oração ou de doutrina. Mas é comum vê-los diante da TV, assistindo a
algum tipo de "lixo" midiático. A Bíblia, o Livro Sagrado, exorta
solenemente os adolescentes e jovens: ‘Afasta, pois, a ira do teu
coração e remove da tua carne o mal, porque a adolescência e a juventude
são vaidade. Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes
que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não
tenho neles contentamento’ (Ec 11.10; 12.1)”.
3. Falta de estrutura espiritual e moral. A
ausência de regra no lar, a falta de liderança paterna ou liderança
dividida, a permissividade, a passividade, a cumplicidade, entre outros,
incluem-se nas barreiras que contribuem para a desestruturação do lar.
As
Escrituras tratam com muita seriedade a questão da educação e da
consagração dos filhos ao serviço do Senhor. O insucesso na área
disciplinar paternal associados a filhos rebeldes sintetiza o caos da
família. A combinação do relaxamento dos pais com a rebeldia, a
obstinação e a teimosia dos filhos atrai o juízo de Deus contra os lares
cristãos. Assim aconteceu com a casa de Eli, de maneira que a família
sacerdotal foi excluída, para nunca mais exercer nenhuma espécie desse
oficio. Eli e sua casa perderam, em caráter irrevogável, tal direito
(1Sm 3:12-14). Esse fato denota a severidade de Deus e a consequência
dos descontroles na criação de filhos em lares desestruturados.
É
importante mencionar que pais e filhos podem contar com boa literatura,
dedicada à orientação desse relacionamento no lar, lembrando que,
sempre que necessário, devem buscar a ajuda de um conselheiro espiritual
que com eles coopere nesse mister.