Pensadores que Inventaram o Brasil |
(Companhia das Letras, 336 páginas, 39,50 reais) Textos mais novos se juntam a artigos e ensaios escritos na década de 1970 pelo sociólogo Fernando Henrique Cardoso, quando ele nem sonhava em se tornar presidente mas já era então uma figura de proa entre os intelectuais do país, e a um texto inédito, escrito especialmente para o livro, em que FHC analisa a obra de Raymundo Faoro, um dos mais importantes críticos de Machado de Assis. A leitura da obra do Bruxo do Cosme Velho feita por Faoro criou um saber sobre o país, assim como a releitura que fizeram do Brasil Sérgio Buarque de Hollanda, Euclides da Cunha e Gilberto Freyre, autores analisados por FHC na série de textos feita para a extinta revista Senhor Vogue em 1978, aqui revisados. Desses intelectuais de uma geração anterior à sua, o sociólogo discute questões sobre colonização, desenvolvimento econômico e a relação entre sociedade e estado no país, que permearam também a sua obra, marcada por títulos como Dependência e Desenvolvimento na América Latina, e sua atuação política.
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