OSÉIAS - A FIDELIDADE NO RELACIONAMENTO COM DEUS
I. O LIVRO DE OSÉIAS
1. Contexto histórico. O contexto histórico do ministério de Oséias é situado nos reinados de Jeroboão II, de Israel, e de quatro reis de Judá (Usias, Jotão, Acaz e Ezequias; ver Oséias 1:1), isto é, entre 755 e 715 a.C. As datas revelam que o profeta não somente era um contemporâneo mais jovem de Amós, como também de Isaías e Miquéias. O fato de Oséias datar boa parte de seu ministério mediante uma referência a quatro reis em Judá, e não aos breves reinados dos últimos seus reis de Israel, pode indicar ter ele fugido do Reino do Norte a fim de morar na terra de Judá, pouco tempo antes de Samaria ter sido destruída pela Assíria (722 a.C.). Ali, compilou suas profecias no livro que lhe leva o nome (fonte:Bíblia de Estudo Pentecostal).
Oséias, cujo nome significa “salvação”, é identificado como filho de Beeri (Os 1:1). Nada mais se sabe do profeta, a não ser os lances biográficos que ele mesmo revela em seu livro. Oséias profetizou ao reino de Israel(reino do Norte – formado das 10 tribos). O ministério de Oséias, ao Reino do Norte, seguiu-se logo depois ao ministério de Amós que, embora fosse de Judá, profetizou a Israel. Amós e Oséias são os únicos profetas do Antigo Testamento, cujos livros foram dedicados inteiramente ao Reino do Norte, anunciando-lhe a destruição iminente. Oséias é um dos dois únicos profetas do Reino do Norte a terem um livro profético no Antigo Testamento(o outro é Jonas).
Oséias foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de Israel, que desmoronava espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta anos de sua existência, assim como Jeremias seria chamado a fazer o mesmo em Judá. Quando Oséias iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de Jeroboão II, Israel desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de paz política, que acabariam por produzir um falso senso de segurança. Porém, logo após a morte de Jeroboão II(753 a.C.), a nação começa a deteriorar-se, e caminha velozmente à destruição em 722 a.C. Passados quinze anos da morte do rei, quatro de seus sucessores seriam assassinados. Decorridos mais quinze anos, Samaria seria incendiada, e os israelitas deportados à Assíria e, posteriormente, dispersados entre as nações.
Foi nesse cenário de luxo e de lixo, de glória humana e opróbrio espiritual, de ascendência econômica e decadência moral, que Deus levantou Oséias para confrontar os pecados da nação e chamá-la ao arrependimento. A riqueza sem Deus é pior do que a pobreza. A riqueza sem Deus afasta o homem da santidade mais do que a escassez.
Deus ordenou a Oséias que tomasse “uma mulher de prostituições”(Os 1:2) a fim de ilustrar a infidelidade espiritual de Israel. Embora há os que interpretem o casamento do profeta como alegoria, os eruditos conservadores consideram-no literal.
Nesse declínio moral de Israel, todas as classes da sociedade se desmoralizaram. Os príncipes, amantes da riqueza e do luxo, viviam desenfreados no pecado. Os sacerdotes, que deveriam ensinar a verdade ao povo, tornaram-se bandidos truculentos e cheios de avareza.
As coisas foram de mal a pior, até que o profeta exclamou: "não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios" (Os 4:1,2).
A religião de Israel tornou-se sincrética, e o povo misturou o culto a Deus com o culto a Baal. A idolatria sensual desembocou na mais repugnante imoralidade. A vida Familiar caiu no abismo da dissolução. Não resta dúvida de que Oséias viveu durante os tempos mais turbulentos e inquietos pelos quais a nação jamais passara. Os séculos passaram, e hoje ainda assistimos a esse mesmo desvio religioso denunciado por Oséias.
2. Estrutura. O Livro de Oséias é o primeiro dos Profetas Menores e o mais extenso deles. Como nenhum outro, este Livro aborda de forma eloquente o amor perseverante de Deus a um povo rebelde e recalcitrante. Ele contém cerca de 150 declarações a respeito dos pecados de Israel, sendo que mais da metade deles relaciona-se à idolatria. Mais do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento, Oséias relembra aos israelitas que o Senhor havia sido longânimo e fiel em seu amor para com eles.
O Livro pode ser dividido em duas partes principais: A primeira parte, composta dos capítulos 1-3, descreve o casamento entre Oséias e Gômer. Os nomes dos três filhos são sinais proféticos a Israel: Jezreel (“Deus-espalha”), Lo-Ruama (“Não-compaixão”) e Lo-Ami (“Não-meu-povo”). A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da infidelidade de Israel. O amor perseverante de Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus por Israel. Se o casamento de Oséias com Gômer retratava o amor de Deus a um povo ingrato e infiel, os filhos de representavam o juízo de Deus a esse povo.
A segunda parte, composta dos capítulos 4-14, contém uma série de profecias que mostram o paralelismo entre a infidelidade de Israel e a da esposa de Oseías. Quando Gômer abandona Oséias, e vai à procura de outros amantes(cap. 1), está representando o papel de Israel ao desviar-se de Deus (caps. 4-7). A degradação de Gomer (cap. 2) representa a vergonha e o juízo de Israel (caps. 8-10). Gomer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gomer comete prostituição física; Israel, prostituição espiritual. Ao resgatar Gomer do mercado de escravos (cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de Deus em restaurar Israel no futuro (caps. 11-14).
O Livro de Oséias enfatiza este fato: por ter Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo já não poderá ser adiado.
3. Mensagem. O Livro de Oséias fala de julgamento e esperança. Cada uma das três partes principais do livro começa com a ameaça de juízo divino sobre Israel (Os 1:2-2:13; 4:1-10:15; 12:1-13:16) e termina com a promessa de restauração divina (Os 2:14-3:5; 11:1-11; 14:1-9).
O teor da profecia de Oséias é um testemunho dinâmico e severo contra o Reino do Norte por ter se apostatado do concerto firmado. Todos conheciam bem a corrupção que campeava pela nação no âmbito das questões públicas e particulares. O propósito de Oséias era o de convencer seus compatriotas sobre a necessidade de se arrependerem, restabelecerem a relação de concerto e dependerem do Deus paciente, compassivo e perdoador.
O próprio Deus chama o povo a voltar-se para ele: "Volta, ó Israel, para o Senhor teu Deus; porque pelos teus pecados estás caído. Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos ao Senhor" (Os 14:1,2). Deus promete curar a infidelidade do povo (Os 14:3) e ser para ele o bálsamo restaurador (Os 14:5-7).
II. O MATRIMÔNIO
O matrimônio é uma feliz celebração do amor. É o santo mistério de duas pessoas que se tornam uma, o início de uma vida em comum e de compromissos. O casamento é um mandamento de Deus e ilustra seu relacionamento com seu povo. Portanto, não pode existir tragédia maior do que a violação desses votos sagrados.
Deus ordenou a Oséias que buscasse uma esposa e revelou-lhe antecipadamente que ela lhe seria infiel. Embora desse à luz muitos filhos, alguns deles seriam de outros pais. Em obediência a Deus, Oséias casou-se com Gômer e seu relacionamento com ela, a infidelidade dela e seus filhos tornaram-se exemplos vivos e proféticos de Israel.
Esse casamento é certamente um símbolo do adultério espiritual de Israel. A sua profanação por parte de Gômer, fez o profeta compreender o verdadeiro significado do pecado de Israel: adultério espiritual e até prostituição. O pecado do adultério tem sido definido como "busca de satisfação em relações ilícitas”. A prostituição é ainda pior, é o pecado de "prostituir bens superiores por causa de dinheiro e de lucro”. A prostituição é tanto física quanto religiosa. O povo de Israel era culpado de ambas.
O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro “Oséias”(o amor de Deus em ação), destaca duas interpretações principais acerca do casamento do profeta Oséias:
- Em primeiro lugar, Gômer era uma mulher casta antes do casamento, mas tornou-se infiel depois do matrimonio. Vários eruditos entendem que Gômer era uma mulher casta antes do casamento e só se prostituiu depois que contraiu matrimonio com Oséias. A razão principal para essa interpretação é que seria incompatível com o caráter santo de Deus ordenar a seu profeta algo moralmente reprovável e expor seu mensageiro a tal opróbrio.
Embora essa interpretação nos seja mais aceitável, não é isso que o texto diz. Vejamos: "Quando pela primeira vez falou o Senhor por intermédio de Oséias, então lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor" (Os 1:2, ARA). Como Gômer, Israel começou como idólatra, "casou-se" com Jeová e acabou voltando à idolatria. Se Oséias tivesse se casado com uma mulher casta que mais tarde tornou-se infiel, a expressão "mulher de prostituições" em Oséias 1:2 deveria significar, então, "uma mulher com tendência ao meretrício que viria a prostituir-se posteriormente", o que parece uma interpretação forçada desse versículo.
- Em segundo lugar, Gômer já era uma mulher prostituta antes do profeta se casar com ela. Embora esse fato ofereça algumas dificuldades e nos cause certo constrangimento, é exatamente isso que o texto afirma. Vários eruditos subscrevem essa posição. Oséias amava Gômer não com base em suas virtudes, mas apesar de seus pecados. É importante ressaltar que Oséias está representando o amor incompreensível de Deus a um povo infiel. Quando Deus chamou Abrão para formar por meio dele uma grande nação, tirou-o do meio de um povo idólatra. Israel continuou ao longo dos anos sendo infiel a Deus, quebrando sua aliança e indo após outros deuses. Ao se envolver com outros deuses, Israel adulterou, e o esposo podia receitá-lo. A insistência de Israel na idolatria, com várias divindades, configurava mais que adultério; era prostituição. O casamento estava terminado; havia motivo mais que justificado.
É importante destacar, ainda, que Oséias não desobedece, não questiona nem protela a ordem de Deus. O Senhor lhe disse: "Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição..." (Os 1:2). A resposta de Oséias é imediata: "Foi-se, pois, e tomou a Gômer..." (Os 1:3). Nada se diz a respeito dos sentimentos de Oséias nem sobre o processo pelo qual ele cumpriu a ordem. A palavra eficaz de Deus Jeová estava em ação. A desobediência seria inconcebível.
III. A LINGUAGEM DA RECONCILIAÇÃO
1. O casamento restaurado. Na ira, Deus se lembra da sua misericórdia e faz promessas de restauração ao seu povo. Os três oráculos desastrosos são totalmente alterados. O nome de cada filho é transformado, passando de sinal de juízo para sinal de graça.
De modo repentino, Oséias passa da tragédia para a promessa. Ele reúne palavras de muito conforto às suas sombrias predições. Nos textos de 1:10 a 2:1, o profeta prediz cinco grandes bênçãos a Israel: (a) crescimento nacional (Os 1:10a); (b) conversão nacional (Os 1:10b); (c) reunião nacional (Os 1:11a); (d) direção nacional (Os 1:11b); (e) restauração nacional (Os 2:1). Portanto, a restauração é maior do que a queda.
Por não ter ouvido a voz de Deus, Israel precisou receber a disciplina de Deus. O cativeiro tornou-se o amargo remédio da cura. O fracasso de Israel, porém, não destruiu os planos de Deus. Onde abundou o pecado do povo, superabundou a graça divina. O amor de Deus prevaleceu sobre a sua ira; seu povo foi restaurado, e sua infidelidade curada. Da noite escura do pecado brotou a luz da esperança.
Embora Deus castigue seu povo pelos pecados cometidos, Ele encoraja e restaura os que se arrependem. O verdadeiro arrependimento abre o caminho para um recomeço. O Deus de toda a graça ainda restaura o caído. Deus ainda cura a infidelidade do seu povo. Ele ainda se apresenta como orvalho para aqueles que vivem a aridez de um deserto. A mensagem de Oséias ecoa em nossos ouvidos. A palavra de Deus é sempre atual.
Ainda existe esperança para os que se voltam para Deus. Nenhuma lealdade, realização ou honra pode se comparar ao amor a Ele. Volte-se para o Senhor enquanto o convite ainda está de pé. Não importa o quanto você tenha se desviado, Deus sempre está disposto a perdoá-lo. É tempo de nos voltarmos para o Senhor!
2. O vale de Acor e a porta de esperança. Deus rejeita Israel: é este o vale de Acor. Deus reivindica Israel: esta é a porta da esperança. Deus transforma desespero em esperança - "E lhe darei, dali, as suas vinhas, e o vale de Acor por porta de esperança; será ela obsequiosa corno nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito”(Os 2:15,ARA). Deus descreveu seu argumento contra a nação de Israel; isto é, seus pecados a levariam à destruição (caps. 4, 6, 7 e 12), provocariam sua ira e resultariam em castigo (caps. 5; 8 a 10 ; 12 a 13). Mas, mesmo em meio à imoralidade de seu povo, Deus se mostra misericordioso, oferece-lhe a esperança como a expressão de seu infinito amor por Israel (cap. 11), e mostra-lhe que o arrependimento traria as suas bênçãos (cap. 14).
O vale de Acor foi o lugar na entrada da terra prometida onde Israel foi derrotado por Ai, em virtude do pecado de Acã (Js 7:24-26). Agora, Deus transforma o cenário de desespero, tribulação e derrota, o vale da inquietação, em porta de esperança. O vale de Acor é batizado por outro nome; em lugar de derrota e fracasso, despontam a esperança e a vitória. Assim Deus afugenta os fantasmas do passado de Israel.
3. A reconciliação. Deus transforma separação amarga em casamento permanente. A sentença de divórcio (Os 2:2) será anulada: "desposar-te-ei comigo para sempre" (Os 2:19). Essa aliança é eterna. Não haverá divórcio nesse casamento. É evidente que o tom deste texto é escatológico. Essa reconciliação terá seu ápice quando Cristo (o Messias) for reconhecido e aceito pela nação de Israel no Dia de sua vinda (Os 3:5).
O propósito divino era e é a recuperação de Israel, e seu elemento motivador era e é o seu amor. Deus queria o povo de volta, perdoaria, refaria o casamento, passaria uma borracha em tudo o que houve e se dispunha a amar com mais intensidade uma esposa que não valia a pena. Nessa nova aliança, a esposa conhece ao seu marido, o Senhor. "[ . . . ] e conhecerás ao Senhor" (Os 2:20b). Conhecer, neste caso, não significa a percepção de um objeto por um sujeito ou observador, mas, antes, o contato intimo e a comunhão que dois associados experimentam quando entre eles existe o verdadeiro amor. Esta é uma das promessas supremas da nova aliança com Israel – “Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus adufes e sairás com o coro dos que dançam” (Jr 31:34). Esse conhecimento não será apenas teórico, mas experimental. Haverá intimidade, comunhão, lealdade e amor. Israel se deleitará em Deus, e Deus se deleitará em seu povo, Israel.
IV. O BANIMENTO DA IDOLATRIA EM ISRAEL
1. Meu marido, e não meu Baal. Deus transforma infidelidade em fidelidade - "E acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que me chamará: Meu marido; e não me chamará mais: Meu Baal" (Os 2:16). Temos aqui um nítido tom escatológico. “Naquele dia”, aponta para o grande dia, o Dia do Senhor. Para nós, esse dia raiou no primeiro advento, embora só vá alcançar o seu pleno fulgor no segundo. Quando esse Dia chegar, em vez de Israel dirigir-se a Baal chamando-o de Baali, "meu senhor, meu mestre", se dirigirá ao Senhor, chamando-o de ishi, "meu marido''. Nesse tempo, a infidelidade cessará, e a fidelidade a Deus será declarada. Esse será o tempo da restauração. É importante esclarecer que Baal não é propriamente o nome de uma divindade; é um termo genérico, significando "dono, senhor, possuidor, marido, mestre".
Israel deixará o amante Baal, com quem vivia, e voltará para o esposo que a espera, Jeová. Baalera um título padrão para divindades, desde o litoral da Filístia até o vale da Mesopotâmia. Entretanto, foi Acabe quem, incentivado por sua ímpia esposa Jezabel, de Tiro, na Fenícia, tentou combinar o culto a Baal com a adoração a Deus, de forma que o primeiro veio a suplantar o segundo.
2. O fim do baalismo. “E da sua boca tirarei os nomes de baalins, e os seus nomes não virão mais em memória”(Os 2:17). A idolatria cega as pessoas. Israel chegou a consultar um pedaço de pau (Os 4:12). Aqueles que se entregam à idolatria, Deus os entrega ao engano de seus corações. Eles ouvem a resposta de seus ídolos mortos (Os 4:12b) para a sua própria destruição. Israel correu atrás dos ídolos, seus amantes, e atribuiu a eles as dádivas que vinham das mãos de Deus. Mas, no devido tempo, Deus restaurará Israel. Inteiramente purificado do culto a Baal, o povo se esquecerá dos “nomes dos baalins”.
Após a primeira diáspora o povo judeu já não mais pratica idolatria a ídolos, a ponto de serem dezenas, senão centenas os casos de martírios e genocídios de judeus, ao longo dos séculos, precisamente pela recusa terminante de adoração a outros deuses. Aliás, esta é a principal razão pela qual os judeus afirmam rejeitar a Jesus e ao Cristianismo, por entenderem que há, entre os cristãos, indevida divinização de Jesus e do Espírito Santo.
O “baalismo” praticado pelos israelitas desprezava a religião espiritual que o Senhor dos céus e da terra, o Redentor de Israel, exigia do seu povo. Essa religiosidade focada no material, na prosperidade financeira mais do que nas coisas espirituais, está de volta em nossos dias com outras roupagens. Nossa geração corre atrás da bênçãos, mas não quer o abençoador. Nossa geração anda atrás de coisas, e não de Deus. Ela está interessada no que Deus pode dar, e não em quem Deus é. Mas chegará o Dia em que, conforme Jeremias 10:11 e Zacarias 13:2, os ídolos desaparecerão da Terra .
3. A conversão de Israel. Após o período de provação, de perda das instituições políticas e religiosas (Os 3:4), Israel (entendido aqui não o reino do norte, mas o remanescente fiel das doze tribos), finalmente, converter-se-á ao Senhor e ao Seu Ungido, aqui chamado de Davi, na verdade, o Messias (Os 3:5). Israel ressurgiu enquanto nação politicamente organizada mas ainda tem de ressurgir espiritualmente, como reino sacerdotal peculiar de Deus (cf. Ex 19:5,6), o que somente se dará por ocasião da vinda gloriosa de Jesus ao término da Grande Tribulação (Zc 12:1-3; Ap 1:7;19:11-21).
A conversão de Israel é fato que ocorrerá somente no término da septuagésima semana de Daniel(Dn 9:24). Somente com esta conversão é que haverá a extinção da transgressão na nação israelita, em que Israel, enquanto povo escolhido de Deus, será libertado do pecado (cf. Rm 11:25-32;Is 59:20; Sl 14:7; Zc 13:1).
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