quarta-feira, 31 de outubro de 2012

A BATALHA DO ARMAGEDOM

 





O Armagedom, a ultima grande guerra da história, acontecerá em Israel, junta­mente com a segunda vinda de Cristo. A batalha ou campanha do Armagedom é descrita em Daniel 11.40-45, Joel 3.9- 17, Zacarias 14.1-3 e Apocalipse 16.14- 16. Ela terá lugar nos últimos dias da Grande Tribulação, João nos diz que os reis do mundo se reunirão “para a bata­lha, naquele grande Dia do Deus Todo- poderoso”, em um lugar conhecido como “Armagedom” (Ap 16,14,16). A reunião dos exércitos será na planície de Esdrelon, em tomo da colina de. Megido. Esta área está localizada no norte de Israel, aproximadamente 30 km ao sul-sudeste de Haifa e 80 km ao norte de Jerusalém. E uma região que já foi cenário de muitas batalhas do AT. O livro de Juízes registra que lá se deu o confronto entre Baraque e os cananeus (cap. 4), e a batalha entre Gideão e os midianitas (cap. 7).
O termo “Armagedom” vem da língua hebraica. Har é a palavra para “montanha” ou “colina”. Mageddon provavelmente diz respeito às ruínas da antiga cidade de Megido, que fica acima do Vale de Esdrelon no norte de Israel, onde os exércitos do mun­do se reunirão.
De acordo com a Bíblia, grandes exérci­tos do oriente e do ocidente se unirão nesta planície. O Anticristo derrotará os exércitos do sul, pelo fato de estes ameaçarem o seu poder, e destruirá uma Babilônia reconstruí­da a leste — antes de finalmente voltar suas forças para Jerusalém a fim de dominá-la e destruí-la. Quando ele e seus exércitos mar­charem contra Jerusalém, Deus entrará em ação e Jesus Cristo voltará para resgatar o seu povo, Israel. O Senhor, com seu exército angelical, destruirá os exércitos, capturará o Anticristo e o Falso Profeta e lançá-los-á no lago de fogo (Ap 19.11-21).
Quando o Senhor voltar, o poder e o do­mínio do Anticristo terão fim. Charles Dyer afirma: “Daniel, Joel e Zacarias identificam Jerusalém como o local onde ocorrerá a bata­lha final entre Cristo e o Anticristo. Os três predizem que Deus interferirá na história em favor do seu povo e destruirá o exército do Anticristo em Jerusalém. Zacarias profetiza que a batalha terá um fim quando o Messias voltar à terra e seus pés tocarem o monte das Oliveiras. Esta batalha será concluída com a segunda vinda de Jesus” (Dyer, pp. 237-238).
A campanha do Armagedom — na verdade, em Jerusalém — será \um dos acontecimentos mais desapontadores da história. Com exércitos tão gigantescos reunidos em ambos os lados, seria de se es­perar um confronto épico entre o bem e o mal. Não importa, todavia, quão poderoso alguém é na terra. Ninguém é páreo para o poder de Deus.
Como em muitos eventos humanos, o Armagedom possui dois propósitos: o divi­no e o humano — o plano divino e a lógica humana. O propósito divino é que o juízo do Armagedom prepare o reino milenial de Cristo sobre a terra. O propósito humano, inspirado por Satanás, é liquidar os judeus de uma vez por todas.
O Propósito Divino
Nosso soberano Senhor, segundo sua providência, supervisiona toda a história. Logo, toda história resulta do decreto do Deus trino. Nada acontece que Ele não tenha efetivamente planejado. Ao longo de todo o tempo, normalmente sem que a humanidade tenha ciência, há uma bata­lha entre Deus e Satanás, entre o bem e o mal. A guerra do Armagedom é o clímax de toda uma série de eventos que culmi­nam neste ato final.
De acordo com o propósito divino, será no Armagedom que Deus julgará os seus ini­migos. Tanto a oposição do homem como a de Satanás estarão concentradas em Israel, a nação eleita de Deus, e Deus os trará àquele local a fim de desbaratar seus planos insen­satos e suas rebeliões. O salmista registra a reação de Deus ante os débeis planos huma­nos de derrubá-lo no Armagedom:
“Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu un­gido, dizendo: Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então, lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá. Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.” (SI 2.1-6)
O Propósito Humano
A louca perspectiva humana, que leva ao embate final em Jerusalém, parece ser motivada pelo esforço dessas pessoas em solucionar o que acreditam ser a fonte dos problemas do mundo: os judeus. Ao acom­panharmos os fatos que levam ao Armage­dom em Apocalipse (11—18), observamos que a perseguição a Israel começa no meio da Tribulação e vai progredindo até culmi­nar com a reunião de exércitos de todo o mundo em Israel.
Embora a cultura popular mencione o Armagedom a todo instante, este não acontecerá amanhã, no próximo mês, ou mesmo no próximo ano. É um conflito mi­litar que acontecerá após o arrebatamento e ao fim dos sete anos de tribulação. Será o ápice do reinado do Anticristo e terminará com a segunda vinda de Jesus Cristo, que destruirá o Anticristo e suas forças.
Este conflito é o último grande aconte­cimento da cronologia profética antes da fundação do reino milenial. O Armagedom não é algo pelo que qualquer pessoa deves­se ansiar com alegria, pois trará morte e destruição a muitos. E, contudo, um futuro enfrentamento militar real que nenhuma negociação poderá evitar.
A sequência pormenorizada de eventos e os termos utilizados em relação ao Arma­gedom demonstram que, em vez de uma ba­talha isolada, trata-se de uma campanha ou série de batalhas. Em vez de utilizarmos o nome para uma “batalha final”, deveríamos considerá-lo uma campanha ou guerra. O Armagedom é uma série de conflitos que culminam com a segunda vinda de Jesus. A palavra grega polemos, traduzida por “guer­ra” em Apocalipse 16.14, geralmente sig­nifica uma guerra prolongada. Os aconteci­mentos do Armagedom não ocorrem todos em um mesmo dia, nem se resumem a uma batalha isolada. Ocorrem em uma ampla área geográfica ao norte e ao sul de Jeru­salém, como também à leste da Babilônia. Todos os eventos acontecerão ao longo de, pelo menos, alguns dias. Provavelmente, levarão algumas semanas.
As Escrituras indicam que todas as nações da terra se reunirão para comba­ter Israel. Trata-se de um clímax bastan­te apropriado para a Grande Tribulação, durante a qual o mundo inteiro se rebe­lará contra os céus (com exceção de um remanescente de fiéis). A Bíblia ensina que esta guerra não ficará limitada às ter­ras de Israel, mas se estenderá por todas as nações do mundo (Zc 12.3; 14-2; Ap
16.14)      . Também menciona os reis (plural) do oriente, que assumem um papel de des­taque na escalada militar que leva à guerra do Armagedom: “E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparas­se o caminho dos reis do Oriente” (Ap 16.12). Provavelmente, o versículo está enfatizando os poderes das nações orien­tais simplesmente porque é lá que vivem as maiores massas populacionais.
Quando consideramos o fato de que toda a Grande Tribulação será uma guerra entre Deus e seus oponentes — Satanás, os anjos caídos e a humanidade decaída —, não nos surpreende que o período ve­nha incluir um grande número de bata­lhas. As informações bíblicas nos levam a crer que a Tribulação será um tempo de grandes conflitos militares, a ponto de não ser errado afirmar que todo este período será uma guerra mundial.
Um estudo detalhado de todas as passagens bíblicas que tratam do Arma­gedom revela uma campanha um tanto complexa. Um dos mais completos es­tudos sobre este assunto foi realizado por Arnold Fruchtenbaum, que dividiu a campanha em oito estágios. Embora se possam apresentar outras propostas, a avaliação de Arnold parece-nos ser a mais lógica e abrangente. Ele escreve (Frunchtenbaun, p. 314):
Os dois mais importantes aconte­cimentos da Grande Tribulação são a campanha do Armagedom e a segunda vinda de Jesus Cris­to. As Escrituras apresentam uma boa quantidade de informação so­bre este período. Uma das maiores dificuldades no estudo da escatologia é estabelecer a sequência cronológica desses eventos, para que se possa verificar o que exa­tamente acontecerá na campanha do Armagedom [...] A campanha do Armagedom pode ser dividida em oito estágios, o que facilita uma compreensão da sequência dos acontecimentos.
Cada um desses oito estágios serve a um propósito distinto na campanha como um todo. Embora nenhuma passagem bíblica isolada nos passe a sequência de todos os eventos, esta proposta parece juntar todas as peças da forma mais correta e abrangen­te possível:
1.     A reunião dos aliados do Anticristo (J13.9-11; SI 2.1-6; Ap 16.12-16).
2.     A destruição da Babilônia (Is 13.14; Jr 50-51; Ap 17-18).
3.     A queda de Jerusalém (Mq 4-11-5.1; Zc 12-14).
4.     Os exércitos do Anticristo em Bozra
(Jr 49.13-14).
5.     A regeneração de toda a nação de Israel (SI 79.1-13; 80.1-19; Is 64-1- 12; Os 6.1-13; J1 2.28-32; Zc 12.10; 13.7-9; Rm 11.25-27).
6.     A segunda vinda de Jesus Cristo (Is
34.1-       7; 63.1-3; Hc 3.3; Mq 2.12-13).
7.     A batalha desde Bozra até o Vale de Josafá (Jr 49.20-22; Zc 14.12-15; J1
3.12-13).
8.    
Babilônia (Localização desconhecida)
 
A vitória sobre o monte das Olivei­ras (Zc 14.3-5; J13.14-17; Mt 24.29- 31; Ap 16.17-21; 19.11-21).
 
Primeiro Estágio: Reunião dos Aliados do Anticristo
A principal referência bíblica deste primeiro estágio é Apocalipse 16.12-16, onde lemos que o rio Eufrates se seca­rá para preparar o caminho dos “reis do oriente”, sobrevindo então o Har-Ma gedon. A reunião dos exércitos começa simultaneamente com o juízo divino da sexta taça. Neste momento, o fato de o Eufrates secar irá possibilitar que os “reis do oriente” se reúnam com maior fa­cilidade e rapidez. Na Bíblia, a palavra “oriente” diz respeito à região da Mesopotâmia (Assíria e Babilônia). Assim, o leito seco do rio permitirá que as forças do Anticristo se agrupem do lado de fora da cidade da Babilônia, sua capital. Os exércitos ali reunidos pertencerão aos sete reis remanescentes dos dez reis des­critos em Daniel 7.24-27 e Apocalipse
17.12-              13. Seu objetivo será a destruição total dos judeus.
 
Segundo Estágio: Destruição da Babilônia
Neste estágio, toda a ação passa da reunião dos exércitos do Anticristo para a destruição da Babilônia, sua capital, por forças ad­versárias. Enquanto estiver reunindo seus exércitos em Armagedom, a capital do Anticristo será atacada e destruída, A ironia é que, enquanto o Anticristo reú­ne seus exércitos no Norte de Israel, com o objetivo de atacar Jerusalém (a cidade de Deus), Deus ataca a ci­dade do Anticristo, a Babi­lônia. No AT, Babilônia foi tanto a cidade do cativeiro de Israel como o lugar onde
nasceu a idolatria. Também conhecida como Sinar (Gn 10.10; 11.2; Dn 1.2; Zc 5.11), ela será um centro mundial, tanto econômico como religioso, durante a Grande Tribulação (Ap 17—18).
 
De acordo com Isaías 13.19 e Jere­mias 50.40, a destruição será devastado­ra e completa, tal qual a de Sodoma e Gomorra. Após ser atacada e arrasada, Babilônia se tornará inabitável e jamais voltará a ser reconstruída (Ap 18.21- 24). O Anticristo governará o mundo, mas o seu controle não será absoluto e ele não será capaz de impedir insur­reições e esmagar toda a oposição (Dn
11.                 41). Apesar de suas tentativas, isto será taticamente impossível. A destrui­ção virá como um juízo divino. Babilô­nia será castigada por sua longa história de antagonismos e confrontos com o povo de Israel. O resultado será a com­pleta destruição da cidade.
“E pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldéia toda a mal­dade que fizeram em Sião, à vossa vista, diz o Senhor. Diz o Senhor: Eis-me aqui contra ti, ó monte des­truidor, que destróis toda a terra; e estenderei a mão contra ti, e te re­volverei das rochas, e farei de ti um monte de incêndio. E não tomarão de ti pedra para esquina, nem pedra para fundamentos, porque te torna- rás numa assolação perpétua, diz o Senhor.” (Jr 51.24-26)
Terceiro Estágio: Queda de Jerusalém
Apesar de a capital do Anticristo ser destruída na segunda fase da campanha, suas forças ainda não estarão perdidas. Em vez de voltar para o oriente, a fim de defen­der sua capital, o Anticristo marchará para Jerusalém. Lemos sobre isto em Zacarias
12.1-      3 e 14.1-2.
“Peso da palavra do SENHOR so­bre Israel [...] Eis que porei Jerusa­lém como um copo de tremor para todos os povos em redor e também para Judá, quando do cerco contra Jerusalém. E acontecerá, naque­le dia, que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que carregarem com ela certamente serão despedaçados, e ajuntar-se-ão contra ela todas as na­ções da terra.”
As forças do Anticristo marcharão so­bre Jerusalém e, uma vez mais, a cidade cairá sob o controle dos gentios. Embora Zacarias 12.4-9 e Miquéias 4.11-5.1 des­crevam uma resistência feroz e obstinada, Jerusalém cairá. As perdas serão enormes em ambos os lados, mas as forças do Anti­cristo prevalecerão e Jerusalém será derro­tada. Com a queda de Jerusalém, o terceiro estágio da campanha será encerrado.
Quarto Estágio: O Anticristo Marcha para o Sul contra o Remanescente
No quarto estágio, a campanha irá deslocar-se para desertos e montanhas. Provavelmente, irá para a região de Bozra e Petra, cerca de 130 km ao sul de Jerusalém. No início da segunda parte da Grande Tri­bulação, após o Anticristo romper seu tra­tado com Israel (Dn 9.27; Mt 24-15), mui­tos judeus fugirão para o deserto em busca de segurança, o que será o cumprimento das palavras e exortações de Jesus em Ma­teus 24-16-31. No versículo 16, Jesus fala àqueles que verão a abominação da desola­ção: “então, os que estiverem na Judéia, que fujam para os montes”. Esta fuga pela vida também é descrita em Apocalipse 12.6,14.
Depois da captura de Jerusalém, o An­ticristo seguirá para o sul, em uma tenta­tiva de destruir aqueles que possivelmente tenham fugido durante os primeiros três
anos e meio. Em Miquéias 2.12, lemos sobre Deus recolhendo e protegendo o remanescente de seu povo: “Certamente te ajuntarei todo inteiro, ó Jacó; certa­mente congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas de Bozra; como rebanho no meio do seu cur­ral, farão estrondo por causa da multidão dos homens”. A região do monte Seir, que fica cerca de 50 km ao sul do mar Morto, é normalmente associada a esta parte da campanha. Dois locais são considerados como a localização dos judeus em fuga: Bozra e Petra (Is 33.13-16 e Jr 49.13-14). Com a reunião dos exércitos na árida re­gião do monte Seir, o quarto estágio chega ao fim e os últimos dias da campanha têm seu início.

Quinto Estágio: Regeneração da Nação de Israel

A campanha do Armagedom culmina­rá com a segunda vinda de Cristo. Antes de seu retorno, porém, Israel confessará os pecados da nação (Lv 26.40-42; Jr 3.11-18; Os 5.15) e clamará pelo retomo do Messias (Is 64.1-12; Zc 12.10; Mt 23.37-39), que acontecerá quando os exércitos do Anti­cristo se reunirem para destruir os judeus no deserto. De acordo com Oséias 6—13, os líderes judeus exortarão o país ao arre­pendimento. A reação do povo será positi­va e a lamentação persistirá por dois dias.

Fruchtenbaum escreve: “Os líderes de Israel finalmente reconhecerão o porquê de a tribulação haver caído sobre eles. O texto não deixa claro se isto acontecerá por cau­sa do estudo das Escrituras, pela pregação dos 144.000, pela pregação das duas teste­munhas ou pelo ministério de Elias. Muito provavelmente será uma combinação de todos estes. De alguma forma, no entanto, os líderes compreenderão o pecado de toda a nação. Assim como seus líderes uma vez levaram todo o povo a rejeitar Jesus como o Messias, eles levarão todos, desta vez, a aceitá-lo. Farão isto por meio da exortação presente em Oséias 6.1-3, que dará início aos três últimos dias antes da segunda vin­da” (Fruchtebaum, p. 337).

Durante três dias, Israel se arrependerá e orará pelo retorno do Messias. O quinto estágio chegará ao fim com o terceiro dia da confissão de Israel. No sexto estágio, Deus responderá suas orações. Cumprir-se- á a profecia bíblica, e a maior esperança de todos os tempos será satisfeita.

Sexto Estágio: A Segunda Vinda de Jesus Cristo

No sexto estágio, as orações dos ju­deus serão respondidas e Jesus Cristo retornará. Ele derrotará os exércitos do Anticristo em Bozra e dará início às últi­mas fases da campanha. Ele voltará sobre as nuvens, da mesma forma que partiu (Mt 24.30; At 1.9-11). O fato de Jesus retornar primeiro ao deserto montanhoso de Bozra é visto em Isaías 34-1-7; 63.1-6; Habacuque 3.3 e Miquéias 2.12-13. Em sua segunda vinda, Jesus Cristo, o Mes­sias, batalhará contra as forças do Anti­cristo e miraculosamente as derrotará.

Conforme o que lemos em judas 14-15 e Apocalipse 19.11-16, Jesus voltará com um exército de anjos e com os santos da Igreja (vestidos de branco para as bodas do Cor­deiro), que terão sido arrebatados antes da Grande Tribulação. Apocalipse 19.11-16 deixa claro que a segunda vinda trará des­truição aos inimigos de Jesus. Estes versícu­los descrevem-no pisando o lagar da ira de Deus e governando com uma vara de ferro.

Ao ouvir o pedido de Israel, Jesus Cris­to voltará à Terra e combaterá o Anticris­to e seus exércitos. Salvará da destruição os judeus que estiverem no deserto e se­guirá para Jerusalém, a fim de salvar o remanescente naquela cidade e pôr fim à campanha (Zc 12.7).

Sétimo Estágio: A Batalha Final

Na sétima fase, Jesus, o Messias, com­baterá sozinho por Israel. Ele destruirá o Anticristo e todos aqueles que perseguiram e combateram o povo judeu. Nesta fase, o Anticristo será aniquilado pelo verdadeiro Cristo (Hc 3.13b; 2 Ts 2.8). Entre as primei­ras baixas, está o próprio Anticristo. Após ter dominado o mundo com grande poder e ter falado contra o Filho de Deus, o filho impostor ficará indefeso diante de Cristo. Habacuque 3.13 diz: “Tu saíste para salva­mento do teu povo, para salvamento do teu ungido; tu feriste a cabeça da casa do ímpio, descobrindo os fundamentos até ao pesco­ço. (Selá)” Em 2 Tessalonicenses 2.8, lemos: “então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”.

A partir de Bozra e seguindo para Jeru­salém e o Vale de Cedrom, também conhe­cido como Vale de Josafá, Jesus combaterá e destruirá as forças do Anticristo (Jl 3.12- 13; Zc 14.12-15; Ap 14-19-20). No Vale de Josafá, próximo aos muros de Jerusalém, à leste da cidade, as nações e os exércitos que se reuniram para destruir os judeus se­rão destruídos por Jesus Cristo, o Messias e Rei dos Judeus.

Oitavo Estágio: A Subida do Monte das Oliveiras

Com a completa destruição do Anti­cristo e de suas forças, a campanha estará finalizada. Jesus irá para o topo do monte das Oliveiras, em uma subida simbólica. Ao fazê-lo, ocorrerão diversos eventos ca­taclísmicos e a Tribulação chegará ao fim, como vemos em Zacarias 14.3-4·

“E o Senhor sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra meta­de dele, para o sul.”

Apocalipse 16.17-19 acrescenta:

“E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito! E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremo­to, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto. E a gran­de cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram.”

As calamidades naturais que sobrevirão ao mundo nesse momento corresponderão à sétima taça de juízo e incluirão o maior terremoto que o mundo testemunhou. Com tal terremoto, Jerusalém será partida em três e o monte das Oliveiras, em dois. O vale criado no monte das Oliveiras possi­bilitará que os habitantes judeus da cidade escapem do terremoto (Zc 14.4b-5).


O Armagedom será a última grande guer­ra mundial da história, a qual ocorrerá em Is­rael e será acompanhada pela segunda vinda de Cristo. A Bíblia é bastante clara ao tratar esta guerra como um evento cataclísmico que certamente virá. De acordo com a Bíblia, grandes exércitos do oriente e do ocidente se reunirão para um ataque definitivo contra Israel, Estas forças reunidas serão ameaçadas por exércitos do sul. Antes de o Anticristo marchar com seus exércitos sobre Jerusalém para dominá-la e destruí-la, uma Babilônia restaurada será destruída. Quando ele e seus exércitos estiverem se dirigindo para Jerusa­lém, Deus interferirá e Jesus Cristo voltará para resgatar seu povo, Israel. O Senhor e seu exército angelical destruirão esses exércitos. Ele capturará o Anticristo e o Falso Profeta, lançando-os no lago de fogo (Ap 19.11-21).

O Armagedom, de certa forma, é uma batalha que nunca chega realmente a acon­tecer. Em outras palavras, ela não aconte­ce segundo seu propósito humano — o de que os exércitos do mundo se reúnam para executar a “solução final” do “problema dos judeus”. E por isso que Jesus Cristo esco­lhe este momento da história para voltar. Ele vem para impedir a tentativa de aniquilação dos judeus por parte do Anticris­to, e para destruir os exércitos do mundo. Parece um tanto apropriado que, em face do legado de sangue da humanidade, uma guerra mundial contra Israel deva precipi­tar o retorno de Cristo.
 

0 comentários:

Postar um comentário

Todo comentário deve seguir os critérios: estar relacionado ao assunto, ter identificação do comentarista e mesmo assim passa pelo nosso crivo daí decidiremos se devem ser publicados ou não.