sábado, 9 de julho de 2011

PASTOR JEREMIAS DO COUTO PROPÕE UMA TERCEIRA VIA PARA ELEIÇÕES DA CGADB EM 2013

PASTOR JEREMIAS DO COUTO PROPÕE UMA TERCEIRA VIA PARA ELEIÇÕES DA CGADB EM 2013



Com esta segunda postagem, espero concluir a apresentação das linhas mestras que formatam a proposta da terceira via na CGADB. Elas não se esgotam em si mesmas. Ao contrário, geram outras perspectivas, que, ao longo do processo, até 2013, adensarão o seu conteúdo e fornecerão aos pastores filiados à CGADB elementos para julgar a sua conveniência como resgate de valores na administração de nossa Convenção Geral. 

Se elas conseguirem criar o tônus necessário na maioria dos pastores para furar o bloqueio que se criou em volta da polarização, a terceira via poderá chegar a bom termo. Em outras palavras, se houver disposição – e essa for a vontade de Deus – poderemos desfrutar de um novo tempo em que a alternância na presidência da CGADB seja vista como algo salutar ao bom desempenho da organização, que, em suma, não deixa de ser uma extensão da própria Assembleia Deus, pois congrega os pastores responsáveis pelo seu pastoreio. 

Feitas essas considerações, passemos aos próximos pontos, seguindo a sequência mantida na postagem anterior. 

Em quinto lugar, a proposta da terceira via reconhece que o sistema denominacional assembleiano não obedece a um critério simétrico em que a administração eclesiástica funcione da mesma forma em todo o Brasil. Há enormes diferenças até mesmo dentro de uma região. Não é preciso ser especialista para perceber que o nosso modelo é híbrido. É uma espécie de arquipélago. Se, por um lado, devemos respeitar as peculiaridades de cada lugar, por outro é necessário lutar para manter a nossa identidade e buscar a coesão, principalmente em relação aos projetos de abrangência nacional. Não é também utópico pensar numa forma de corrigir e aprimorar o nosso modelo mediante planejamento de longo prazo. Algo para ser pensado de forma lenta, racional e consensual.

Em sexto lugar, a proposta também contempla a necessidade de um choque de gestão na administração da CGADB, que, entre outras coisas, torne a entidade autossustentável, ofereça aos seus órgãos condições de exercerem plenamente os seus fins e lhe permita prestar serviços aos seus filiados inerentes à atividade pastoral. Não é justo e nem adequado para a realidade de hoje que os associados sejam chamados a pagar a sua anuidade, mas, ao mesmo tempo, nada se lhes ofereça como meio de ajudá-los no exercício de sua vocação. A título de exemplo, o Concilio Geral das Assembleias de Deus nos EUA dispõe de um fundo para ajudar na plantação de novas igrejas em áreas ainda inexploradas e/ou com poucos recursos. Seria absurdo pensarmos em algo assim? Como se vê, o campo é vasto. 

Em sétimo lugar, a proposta da terceira via reconhece que a CPAD, embora tenha dado um salto de qualidade nos últimos anos, pode ainda aprimorar em muito a sua capacidade de gestão de tal maneira que seja de fato um braço forte da igreja na área literário-teológica e na fomentação da educação cristã. Por ser uma empresa que não distribui lucros, é possível trabalhar com segurança na margem de sua rentabilidade para que os custos sejam menores e as igrejas com menos recursos desfrutem de melhores condições para a aquisição do seu material. Afinal, a CPAD foi criada para servir a Assembleia de Deus. Uma medida imediata seria valorizar o autor nacional de forma que a editora dependesse menos de obras traduzidas e os nossos valores pudessem ter nela um espaço maior para desenvolver o seu ministério. 

Em oitavo lugar, a terceira via entende que a CGADB não pode furtar-se do papel de voz profética no âmbito institucional, como representante das Assembleias de Deus no Brasil. Não basta apenas a presença do presidente em determinados fóruns. É preciso que a ação da entidade vá além disso e faça com que ela se manifeste com clareza em todas as ocasiões que se fizer necessário. Hoje, esse tipo de manifestação soa imperceptível por falta de funcionalidade na estrutura para reagir com rapidez às questões contemporâneas e dar respostas imediatas. 

Em nono lugar, na hipótese de a terceira via vir a ser a alternativa acolhida pela maioria dos filiados à CGADB, sua primeira iniciativa deveria ser convocar de imediato uma reunião com os presidentes de convenções estaduais e outros líderes regionais, que seria realizada, no máximo, 30 dias após a Assembleia Geral Ordinária de 2013, com o propósito de se recolherem por cinco dias para: 1) oração e estudo da Palavra, 2) estabelecer de forma colegiada, juntamente com a nova Mesa Diretora, as diretrizes de ação para o quadriênio, e 3) referendar, com a devida vênia da Assembleia, os nomes que comporão conselhos e comissões da CGADB à luz da nova realidade. Essa seria uma maneira de comprometer toda a liderança assembleiana com o novo projeto, que estaria sendo gestado de forma exequível numa atmosfera fraterna, pacífica e espiritual, com prazo de validade: quatro anos. 

Outros pontos podem ser acrescentados e certamente o serão à medida que a proposta da terceira via se torne robusta. Mas para começar, como pontapé inicial, as linhas gerais aqui apresentadas estão de bom tamanho. Temos uma longa caminhada. Alguém mais apressado dirá: “Mas cadê o programa, com iniciativas concretas?” Primeiro, essa questão não é, agora, prioritária. Segundo, pelo parágrafo anterior, deu para perceber que tal programa seria fruto de decisão colegiada com os presidentes e lideres regionais 30 dias após a Assembleia Geral Ordinária que tenha eleito a nova Mesa Diretora. Terceiro, se cada um se deu ao trabalho de ler nas entrelinhas verá que todas as ações estão aí implícitas. 

Por outro lado, qualquer programa apresentado por postulantes a cargos eletivos, até na atual conjuntura da CGADB, tem mera função eleitoral. É feito para agradar o eleitorado. Promete-se muito, cumpre-se pouco ou nada. Na maioria dos casos, são fantasiosos, como o caso de um candidato a prefeito no Estado do Rio de Janeiro, que prometeu instalar internet de graça em toda a cidade. Foi eleito e até hoje não cumpriu a promessa. E nem vai cumprir.

A proposta da terceira via, se consolidada, não entrará nessa guerra de efeitos especiais. Se o fizer, deixará de ser a alternativa ao que aí está. Ela não é a construção de um só homem. Não é também a construção de um grupo. Não é também fruto de um "colégio cardinalício". É a construção de milhares de mãos que acreditam na possibilidade de se resgatarem os valores do Reino de Deus no âmbito convencional. É a tentativa de agregação que, infelizmente, não aconteceu nas comemorações do Centenário.
Fonte: http://www.geremiasdocouto.blogspot.com/

COMENTO
Pelos comentários de bastidores, e pela conjuntura atual existem uma tendência dualista que aponton para dois candidatos a presidência da CGADB que são os nobres pastores José Welington o atual presidente e o Samuel Camara presidente da Igreja em Belém do Pará, que aparentemente representam as duas vias, ou duas opções; o Nobre colega pastor Jeremias do Couto propõe uma terceira opção que ele passou a chamar de "TERCEIRA VIA"
1. PRIMEIRA VIA
2. SEGUNDA VIA


3. TERCEIRA VIA
Terceira via! aqui esta o Problema! QUEM SE HABILITA? Seria bom se tivessemos não só uma terceira via, mas, uma quarta, quinta sexta, sétima etc; no meu entender quanto mais opções, diminui as possibilidades de erro.

2 comentários:

o menor de todos os menores. disse... [Responder comentário]

Prezamado pr. Maurício Brito,

A paz de Cristo, o nosso Senhor!

Muita coragem, mostrar esta matéria, que toma lugar com clareza, no momento mas oportuno concedido por Deus às Assembléia de Deus.

O Senhor proteja o pastor Geremias do Couto, e aos que desejarem participar, desta iniciativa salutar para uma igreja enfêrma. Sei do que escrevo. Tenho motivos.

Quem tiver ouvidos para OUVIR que LEIA.

A possibilidade de surgir ou surgirem, novos candidatos, será algo desprezível para muitos dos que se comprometeram com as duas vias. E não conseguem enxergar as possibilidades de outras vias. Porque estão cegos nos seus próprios interesses. Sei do que informo!

É triste verificar o que passou, e o que passará em um outro pleito nos próximos meses. O tempo passa rápido.

A vergonha ficou e marcou com alguns esparadrapos, o que não poderia ter acontecido diante da televisão, e diante de tantos que não são crentes. Triste!

A necessidade de poder, está sufocando a responsabilidade ministerial, ao que acontece em alguns locais, como por exemplo os Gideões de Camboriú - o que considero uma fábrica de heresias. As festas jesuínas, o rock, o hip-hop e as escolas de samba evangélicos.

Se eu fôsse católico, diria: Ave Maria.... como não sou, somente posso dizer: Raça de víboras, desprezíveis e arrogantes, cheios de vaidade e apóstatas, onde pretendem parar? em qual via?

A comunidade está sofrendo pelo desprezo das lideranças que aceitam de tudo. O interesse é maior do que a responsabilidade efetiva aos compromissos com Deus.

Deus foi colocado na estante, por quem defende reinados.

A igreja precisa urgente de várias VIAS de

acesso.

Urgente: É necessário evitar as consagrações ao ministério por puro interesse e preparar os que já existem em seus cargos apenas para terem o poder de voto. Sei do que escrevo. Tenho motivos.

O Senhor seja contigo, nobre pastor!

O menor de todos os menores.

Pastor Geremias Couto disse... [Responder comentário]

Obrigado, pastor Maurício, por repercutir aqui a postagem do meu blog, onde trato da Terceira Via. Tomo a liberdade de reproduzi abaixo o comentário que fiz ao seu comentário lá: Abraços.

Caro pastor Maurício:

1) Em alguns pontos, temos visões diferentes. Repito o que já escrevi: a terceira via nasceria morta, isto sim, se trilhasse os supostos caminhos percorridos pelas possíveis candidaturas para 2013. É óbvio que despesas há, mas com o tempo que temos pela frente, 18 meses, é viável um trabalho de conscientização bem feito que consolide a proposta, sem precisar lançar mão de recursos "heterodoxos". O irmão não imagina a força dos blogs! Mas não é só isso. Há outros caminhos lícitos.

2. Quanto ao pastor Temóteo Ramos de Oliveira, presidente da Convenção a que pertenço, no Rio de Janeiro, ele não se constituiu na terceira via, nas últimas eleições, pois não foi candidato a presidente. Postulou, sim, a primeira vice-presidência.

3. No entanto, enquanto Samuel Câmara tinha Silas Malafaia em sua chapa (que veio a ser eleito), o atual presidente, por razoes políticas e eleitorais, optou por Oscar Moura, presidente da principal Convenção no Espírito Santo, estado em que se realizaria a Assembleia Geral. Tivesse o pastor José Wellington optado pelo pastor Temóteo, no dia seguinte o presidente da CADEESO estaria ao lado do outro concorrente, com a maioria de seus convencionais, e o pastor José Wellington perderia a eleição. É assim que a banda toca , quando os métodos da política secular predominam: tudo à base de conchavos políticos.

4. O resultado foi que o pastor Temóteo Ramos de Oliveira ficou na chuva sozinho. Como ele não tem por hábito usar esse tipo de articulação, manteve a candidatura apenas para honrar os companheiros que o indicaram, sem viajar o país para articular apoios.

5. Como ja disse acima, vivemos outros tempos. O clima de insatisfação é geral. Temos trabalhado a proposta há algum tempo (quase um ano), os contatos estão sendo feitos e há predisposição de muitos em ombrear-se à causa. Vamos aguardar os desdobramentos.

6. Sugiro-lhe também esperar a minha próxima postagem, conforme prometi no parágrafo anterior, onde "falarei sobre como seria a caminhada da terceira via até abril de 2013". Ali esses passos serão clarificados.

Volto.

Entre outras coisas, a proposta da terceira via tem também essa finalidade: despertar os pastores desse torpor para que outros nomes se animem e também concorram ao pleito. Como o irmão concluiu, erraremos menos.

Postar um comentário

Todo comentário deve seguir os critérios: estar relacionado ao assunto, ter identificação do comentarista e mesmo assim passa pelo nosso crivo daí decidiremos se devem ser publicados ou não.