Não me arrependo do que fiz’, diz deputado que atacou Xuxa
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- iG Brasília
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Pastor Eurico volta a criticar apresentadora, diz não aceitar que ela lhe dê ‘lição de moral’ e nega ação de Eduardo Campos e do PSB para enquadrá-lo
Envolvido numa polêmica com a apresentadora Xuxa por causa da votação da chamada Lei da Palmada, o deputado Pastor Eurico (PSB-PE) diz não se arrepender do que fez. Durante sessão da CCJ que apreciava o projeto da Lei da Palmada, Eurico, dirigindo-se diretamente a Xuxa, lembrou do filme “Amor, estranho amor”, em que a apresentadora aparece em algumas cenas seduzindo um garoto.
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Na Câmara: Xuxa manda ‘coração’ a deputado que a hostilizou em votação
O gesto teve reflexos no PSB, que destacou o deputado Júlio Delgado (MG) para um pedido de desculpas à apresentadora. Segundo Eurico, o presidente do partido, o presidenciável Eduardo Campos (PE), não fez nenhuma intervenção.
Intimidação
“Trazer
essa senhora para cá para vir dar lição de moral em mim? Por isso
questionei que violência não é só bater e espancar. Existe a violência
da mídia. Aquela que está na televisão, nos filmes. E por falar em
filmes, aí sim, a questionei, que na época, em 1982, por ser considerada
a ‘rainha dos baixinhos’ e trabalhar com crianças de forma inocente,
mas paralelamente a isso, de outro lado, ela estava participando de
filmes pornôs com cenas de sexo explícito com uma criança de 12 anos.
Isso feriu a família brasileira. Não podia deixar isso passar impune”,
diz o socialista.
Pastor Eurico diz que não pensou em deixar o PSB por causa do ocorrido e diz que nem o faria depois da eleição, na qual pretende disputar um novo mandato na Câmara dos Deputados.
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Xuxa chega ao Senado para acompanhar a votação da Lei da Palmada e é recebida por Renan. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
2/10
“Não
me arrependo do que fiz, até porque tinha um grito engasgado que
precisava ser dado”, disse o deputado, que minimizou o caso. “Não teve
nenhuma polêmica. Usei meu direito parlamentar, meu direito
constitucional, a liberdade de expressão dentro de princípios que eu
defendo”, acrescentou.
“Eduardo Campos não tem nada a
ver com o caso. São informações que circulam por aí. Em nenhum momento
houve nenhum intervenção do Eduardo Campos, nem do partido
em sua essência. A decisão foi tomada única, exclusiva e
individualmente pelo líder da bancada, o deputado Beto Albuquerque. Ele
tomou uma atitude isolada”, diz Eurico. “Considero a decisão do líder
precipitada porque nem ouviu os demais companheiros e nem tão pouco me
deu direito de defesa. Acho que ele agiu arbitrariamente. Não concordo
com seu posicionamento”, criticou o pastor.
Eurico acabou
destituído da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara por
Albuquerque. Ele diz, entretanto, que se quisesse, poderia já ter
voltado para a comissão. “Eu poderia até ter voltado de imediato (para a
CCJ) porque outros partidos
me ofereceram a vaga”, afima ele. O deputado diz que não falou em nome
do partido ao se dirigir a Xuxa. “Sou responsável pelos meus atos, em
nenhum momento falei pelo PSB, falei em meu próprio nome”, declara ele.Na Câmara: Xuxa manda ‘coração’ a deputado que a hostilizou em votação
O gesto teve reflexos no PSB, que destacou o deputado Júlio Delgado (MG) para um pedido de desculpas à apresentadora. Segundo Eurico, o presidente do partido, o presidenciável Eduardo Campos (PE), não fez nenhuma intervenção.
Intimidação
Eurico defende a ideia de que Xuxa teria sido convidada a participar
da tramitação da Lei da Palmada no Congresso como forma de intimidar os
parlamentares. Ele acusa o governo de não cumprir acordos feitos com a
bancada evangélica. Para o deputado, Xuxa foi uma arma usada pelo
governo para forçar a votação do projeto da forma como desejava.
Pastor Eurico diz que não pensou em deixar o PSB por causa do ocorrido e diz que nem o faria depois da eleição, na qual pretende disputar um novo mandato na Câmara dos Deputados.
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