quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dificuldade de Aprendizagem


 

Dificuldade de Aprendizagem

Pela primeira vez foi feito um desafio aos cuidados primários no sentido de tratar os doentes corn dificuldade de aprendizagem, uma minoria vulnerável cujos cuidados vão ser transferidos dos serviços hospitalares para a comunidade. Foram prometidos recursos para nos apoiar na prestação destes cuidados. “Valorização das pessoas: Uma nova estratégia para compreender a dificuldade de aprendizagem no século 21″ refere como parte dos seus objectivos: ” Permitir às pessoas com dificuldade de aprendizagem ter acesso aos serviços de saúde de acordo com as suas necessidades individuais, com cuidados rápidos e adequados de elevada qualidade, e com apoio adicional quando necessário, para:
diminuir as desigualdades sentidas pelas pessoas com dificuldade de aprendizagem;
permitir aos serviços de saúde, com o apoio de profissionais especializados nesta área, satisfazer as necessidades de saúde gerais e específicas das pessoas com dificuldade de aprendizagem;
promover o desenvolvimento de serviços no SNS especializados em dificuldade de aprendizagem com base na evidência, e que considerem a pessoa globalmente”. Os recursos não irão directamente para os cuidados primários e não é feita qualquer menção nesta nova proposta de contrato.

A BATALHA DO ARMAGEDOM

 





O Armagedom, a ultima grande guerra da história, acontecerá em Israel, junta­mente com a segunda vinda de Cristo. A batalha ou campanha do Armagedom é descrita em Daniel 11.40-45, Joel 3.9- 17, Zacarias 14.1-3 e Apocalipse 16.14- 16. Ela terá lugar nos últimos dias da Grande Tribulação, João nos diz que os reis do mundo se reunirão “para a bata­lha, naquele grande Dia do Deus Todo- poderoso”, em um lugar conhecido como “Armagedom” (Ap 16,14,16). A reunião dos exércitos será na planície de Esdrelon, em tomo da colina de. Megido. Esta área está localizada no norte de Israel, aproximadamente 30 km ao sul-sudeste de Haifa e 80 km ao norte de Jerusalém. E uma região que já foi cenário de muitas batalhas do AT. O livro de Juízes registra que lá se deu o confronto entre Baraque e os cananeus (cap. 4), e a batalha entre Gideão e os midianitas (cap. 7).
O termo “Armagedom” vem da língua hebraica. Har é a palavra para “montanha” ou “colina”. Mageddon provavelmente diz respeito às ruínas da antiga cidade de Megido, que fica acima do Vale de Esdrelon no norte de Israel, onde os exércitos do mun­do se reunirão.
De acordo com a Bíblia, grandes exérci­tos do oriente e do ocidente se unirão nesta planície. O Anticristo derrotará os exércitos do sul, pelo fato de estes ameaçarem o seu poder, e destruirá uma Babilônia reconstruí­da a leste — antes de finalmente voltar suas forças para Jerusalém a fim de dominá-la e destruí-la. Quando ele e seus exércitos mar­charem contra Jerusalém, Deus entrará em ação e Jesus Cristo voltará para resgatar o seu povo, Israel. O Senhor, com seu exército angelical, destruirá os exércitos, capturará o Anticristo e o Falso Profeta e lançá-los-á no lago de fogo (Ap 19.11-21).
Quando o Senhor voltar, o poder e o do­mínio do Anticristo terão fim. Charles Dyer afirma: “Daniel, Joel e Zacarias identificam Jerusalém como o local onde ocorrerá a bata­lha final entre Cristo e o Anticristo. Os três predizem que Deus interferirá na história em favor do seu povo e destruirá o exército do Anticristo em Jerusalém. Zacarias profetiza que a batalha terá um fim quando o Messias voltar à terra e seus pés tocarem o monte das Oliveiras. Esta batalha será concluída com a segunda vinda de Jesus” (Dyer, pp. 237-238).
A campanha do Armagedom — na verdade, em Jerusalém — será \um dos acontecimentos mais desapontadores da história. Com exércitos tão gigantescos reunidos em ambos os lados, seria de se es­perar um confronto épico entre o bem e o mal. Não importa, todavia, quão poderoso alguém é na terra. Ninguém é páreo para o poder de Deus.
Como em muitos eventos humanos, o Armagedom possui dois propósitos: o divi­no e o humano — o plano divino e a lógica humana. O propósito divino é que o juízo do Armagedom prepare o reino milenial de Cristo sobre a terra. O propósito humano, inspirado por Satanás, é liquidar os judeus de uma vez por todas.
O Propósito Divino
Nosso soberano Senhor, segundo sua providência, supervisiona toda a história. Logo, toda história resulta do decreto do Deus trino. Nada acontece que Ele não tenha efetivamente planejado. Ao longo de todo o tempo, normalmente sem que a humanidade tenha ciência, há uma bata­lha entre Deus e Satanás, entre o bem e o mal. A guerra do Armagedom é o clímax de toda uma série de eventos que culmi­nam neste ato final.
De acordo com o propósito divino, será no Armagedom que Deus julgará os seus ini­migos. Tanto a oposição do homem como a de Satanás estarão concentradas em Israel, a nação eleita de Deus, e Deus os trará àquele local a fim de desbaratar seus planos insen­satos e suas rebeliões. O salmista registra a reação de Deus ante os débeis planos huma­nos de derrubá-lo no Armagedom:
“Por que se amotinam as nações, e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu un­gido, dizendo: Rompamos as suas ataduras e sacudamos de nós as suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então, lhes falará na sua ira e no seu furor os confundirá. Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.” (SI 2.1-6)
O Propósito Humano
A louca perspectiva humana, que leva ao embate final em Jerusalém, parece ser motivada pelo esforço dessas pessoas em solucionar o que acreditam ser a fonte dos problemas do mundo: os judeus. Ao acom­panharmos os fatos que levam ao Armage­dom em Apocalipse (11—18), observamos que a perseguição a Israel começa no meio da Tribulação e vai progredindo até culmi­nar com a reunião de exércitos de todo o mundo em Israel.
Embora a cultura popular mencione o Armagedom a todo instante, este não acontecerá amanhã, no próximo mês, ou mesmo no próximo ano. É um conflito mi­litar que acontecerá após o arrebatamento e ao fim dos sete anos de tribulação. Será o ápice do reinado do Anticristo e terminará com a segunda vinda de Jesus Cristo, que destruirá o Anticristo e suas forças.
Este conflito é o último grande aconte­cimento da cronologia profética antes da fundação do reino milenial. O Armagedom não é algo pelo que qualquer pessoa deves­se ansiar com alegria, pois trará morte e destruição a muitos. E, contudo, um futuro enfrentamento militar real que nenhuma negociação poderá evitar.
A sequência pormenorizada de eventos e os termos utilizados em relação ao Arma­gedom demonstram que, em vez de uma ba­talha isolada, trata-se de uma campanha ou série de batalhas. Em vez de utilizarmos o nome para uma “batalha final”, deveríamos considerá-lo uma campanha ou guerra. O Armagedom é uma série de conflitos que culminam com a segunda vinda de Jesus. A palavra grega polemos, traduzida por “guer­ra” em Apocalipse 16.14, geralmente sig­nifica uma guerra prolongada. Os aconteci­mentos do Armagedom não ocorrem todos em um mesmo dia, nem se resumem a uma batalha isolada. Ocorrem em uma ampla área geográfica ao norte e ao sul de Jeru­salém, como também à leste da Babilônia. Todos os eventos acontecerão ao longo de, pelo menos, alguns dias. Provavelmente, levarão algumas semanas.
As Escrituras indicam que todas as nações da terra se reunirão para comba­ter Israel. Trata-se de um clímax bastan­te apropriado para a Grande Tribulação, durante a qual o mundo inteiro se rebe­lará contra os céus (com exceção de um remanescente de fiéis). A Bíblia ensina que esta guerra não ficará limitada às ter­ras de Israel, mas se estenderá por todas as nações do mundo (Zc 12.3; 14-2; Ap
16.14)      . Também menciona os reis (plural) do oriente, que assumem um papel de des­taque na escalada militar que leva à guerra do Armagedom: “E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparas­se o caminho dos reis do Oriente” (Ap 16.12). Provavelmente, o versículo está enfatizando os poderes das nações orien­tais simplesmente porque é lá que vivem as maiores massas populacionais.
Quando consideramos o fato de que toda a Grande Tribulação será uma guerra entre Deus e seus oponentes — Satanás, os anjos caídos e a humanidade decaída —, não nos surpreende que o período ve­nha incluir um grande número de bata­lhas. As informações bíblicas nos levam a crer que a Tribulação será um tempo de grandes conflitos militares, a ponto de não ser errado afirmar que todo este período será uma guerra mundial.
Um estudo detalhado de todas as passagens bíblicas que tratam do Arma­gedom revela uma campanha um tanto complexa. Um dos mais completos es­tudos sobre este assunto foi realizado por Arnold Fruchtenbaum, que dividiu a campanha em oito estágios. Embora se possam apresentar outras propostas, a avaliação de Arnold parece-nos ser a mais lógica e abrangente. Ele escreve (Frunchtenbaun, p. 314):
Os dois mais importantes aconte­cimentos da Grande Tribulação são a campanha do Armagedom e a segunda vinda de Jesus Cris­to. As Escrituras apresentam uma boa quantidade de informação so­bre este período. Uma das maiores dificuldades no estudo da escatologia é estabelecer a sequência cronológica desses eventos, para que se possa verificar o que exa­tamente acontecerá na campanha do Armagedom [...] A campanha do Armagedom pode ser dividida em oito estágios, o que facilita uma compreensão da sequência dos acontecimentos.
Cada um desses oito estágios serve a um propósito distinto na campanha como um todo. Embora nenhuma passagem bíblica isolada nos passe a sequência de todos os eventos, esta proposta parece juntar todas as peças da forma mais correta e abrangen­te possível:
1.     A reunião dos aliados do Anticristo (J13.9-11; SI 2.1-6; Ap 16.12-16).
2.     A destruição da Babilônia (Is 13.14; Jr 50-51; Ap 17-18).
3.     A queda de Jerusalém (Mq 4-11-5.1; Zc 12-14).
4.     Os exércitos do Anticristo em Bozra
(Jr 49.13-14).
5.     A regeneração de toda a nação de Israel (SI 79.1-13; 80.1-19; Is 64-1- 12; Os 6.1-13; J1 2.28-32; Zc 12.10; 13.7-9; Rm 11.25-27).
6.     A segunda vinda de Jesus Cristo (Is
34.1-       7; 63.1-3; Hc 3.3; Mq 2.12-13).
7.     A batalha desde Bozra até o Vale de Josafá (Jr 49.20-22; Zc 14.12-15; J1
3.12-13).
8.    
Babilônia (Localização desconhecida)
 
A vitória sobre o monte das Olivei­ras (Zc 14.3-5; J13.14-17; Mt 24.29- 31; Ap 16.17-21; 19.11-21).
 
Primeiro Estágio: Reunião dos Aliados do Anticristo
A principal referência bíblica deste primeiro estágio é Apocalipse 16.12-16, onde lemos que o rio Eufrates se seca­rá para preparar o caminho dos “reis do oriente”, sobrevindo então o Har-Ma gedon. A reunião dos exércitos começa simultaneamente com o juízo divino da sexta taça. Neste momento, o fato de o Eufrates secar irá possibilitar que os “reis do oriente” se reúnam com maior fa­cilidade e rapidez. Na Bíblia, a palavra “oriente” diz respeito à região da Mesopotâmia (Assíria e Babilônia). Assim, o leito seco do rio permitirá que as forças do Anticristo se agrupem do lado de fora da cidade da Babilônia, sua capital. Os exércitos ali reunidos pertencerão aos sete reis remanescentes dos dez reis des­critos em Daniel 7.24-27 e Apocalipse
17.12-              13. Seu objetivo será a destruição total dos judeus.
 
Segundo Estágio: Destruição da Babilônia
Neste estágio, toda a ação passa da reunião dos exércitos do Anticristo para a destruição da Babilônia, sua capital, por forças ad­versárias. Enquanto estiver reunindo seus exércitos em Armagedom, a capital do Anticristo será atacada e destruída, A ironia é que, enquanto o Anticristo reú­ne seus exércitos no Norte de Israel, com o objetivo de atacar Jerusalém (a cidade de Deus), Deus ataca a ci­dade do Anticristo, a Babi­lônia. No AT, Babilônia foi tanto a cidade do cativeiro de Israel como o lugar onde
nasceu a idolatria. Também conhecida como Sinar (Gn 10.10; 11.2; Dn 1.2; Zc 5.11), ela será um centro mundial, tanto econômico como religioso, durante a Grande Tribulação (Ap 17—18).
 
De acordo com Isaías 13.19 e Jere­mias 50.40, a destruição será devastado­ra e completa, tal qual a de Sodoma e Gomorra. Após ser atacada e arrasada, Babilônia se tornará inabitável e jamais voltará a ser reconstruída (Ap 18.21- 24). O Anticristo governará o mundo, mas o seu controle não será absoluto e ele não será capaz de impedir insur­reições e esmagar toda a oposição (Dn
11.                 41). Apesar de suas tentativas, isto será taticamente impossível. A destrui­ção virá como um juízo divino. Babilô­nia será castigada por sua longa história de antagonismos e confrontos com o povo de Israel. O resultado será a com­pleta destruição da cidade.
“E pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldéia toda a mal­dade que fizeram em Sião, à vossa vista, diz o Senhor. Diz o Senhor: Eis-me aqui contra ti, ó monte des­truidor, que destróis toda a terra; e estenderei a mão contra ti, e te re­volverei das rochas, e farei de ti um monte de incêndio. E não tomarão de ti pedra para esquina, nem pedra para fundamentos, porque te torna- rás numa assolação perpétua, diz o Senhor.” (Jr 51.24-26)
Terceiro Estágio: Queda de Jerusalém
Apesar de a capital do Anticristo ser destruída na segunda fase da campanha, suas forças ainda não estarão perdidas. Em vez de voltar para o oriente, a fim de defen­der sua capital, o Anticristo marchará para Jerusalém. Lemos sobre isto em Zacarias
12.1-      3 e 14.1-2.
“Peso da palavra do SENHOR so­bre Israel [...] Eis que porei Jerusa­lém como um copo de tremor para todos os povos em redor e também para Judá, quando do cerco contra Jerusalém. E acontecerá, naque­le dia, que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que carregarem com ela certamente serão despedaçados, e ajuntar-se-ão contra ela todas as na­ções da terra.”
As forças do Anticristo marcharão so­bre Jerusalém e, uma vez mais, a cidade cairá sob o controle dos gentios. Embora Zacarias 12.4-9 e Miquéias 4.11-5.1 des­crevam uma resistência feroz e obstinada, Jerusalém cairá. As perdas serão enormes em ambos os lados, mas as forças do Anti­cristo prevalecerão e Jerusalém será derro­tada. Com a queda de Jerusalém, o terceiro estágio da campanha será encerrado.
Quarto Estágio: O Anticristo Marcha para o Sul contra o Remanescente
No quarto estágio, a campanha irá deslocar-se para desertos e montanhas. Provavelmente, irá para a região de Bozra e Petra, cerca de 130 km ao sul de Jerusalém. No início da segunda parte da Grande Tri­bulação, após o Anticristo romper seu tra­tado com Israel (Dn 9.27; Mt 24-15), mui­tos judeus fugirão para o deserto em busca de segurança, o que será o cumprimento das palavras e exortações de Jesus em Ma­teus 24-16-31. No versículo 16, Jesus fala àqueles que verão a abominação da desola­ção: “então, os que estiverem na Judéia, que fujam para os montes”. Esta fuga pela vida também é descrita em Apocalipse 12.6,14.
Depois da captura de Jerusalém, o An­ticristo seguirá para o sul, em uma tenta­tiva de destruir aqueles que possivelmente tenham fugido durante os primeiros três
anos e meio. Em Miquéias 2.12, lemos sobre Deus recolhendo e protegendo o remanescente de seu povo: “Certamente te ajuntarei todo inteiro, ó Jacó; certa­mente congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas de Bozra; como rebanho no meio do seu cur­ral, farão estrondo por causa da multidão dos homens”. A região do monte Seir, que fica cerca de 50 km ao sul do mar Morto, é normalmente associada a esta parte da campanha. Dois locais são considerados como a localização dos judeus em fuga: Bozra e Petra (Is 33.13-16 e Jr 49.13-14). Com a reunião dos exércitos na árida re­gião do monte Seir, o quarto estágio chega ao fim e os últimos dias da campanha têm seu início.

Quinto Estágio: Regeneração da Nação de Israel

A campanha do Armagedom culmina­rá com a segunda vinda de Cristo. Antes de seu retorno, porém, Israel confessará os pecados da nação (Lv 26.40-42; Jr 3.11-18; Os 5.15) e clamará pelo retomo do Messias (Is 64.1-12; Zc 12.10; Mt 23.37-39), que acontecerá quando os exércitos do Anti­cristo se reunirem para destruir os judeus no deserto. De acordo com Oséias 6—13, os líderes judeus exortarão o país ao arre­pendimento. A reação do povo será positi­va e a lamentação persistirá por dois dias.

Fruchtenbaum escreve: “Os líderes de Israel finalmente reconhecerão o porquê de a tribulação haver caído sobre eles. O texto não deixa claro se isto acontecerá por cau­sa do estudo das Escrituras, pela pregação dos 144.000, pela pregação das duas teste­munhas ou pelo ministério de Elias. Muito provavelmente será uma combinação de todos estes. De alguma forma, no entanto, os líderes compreenderão o pecado de toda a nação. Assim como seus líderes uma vez levaram todo o povo a rejeitar Jesus como o Messias, eles levarão todos, desta vez, a aceitá-lo. Farão isto por meio da exortação presente em Oséias 6.1-3, que dará início aos três últimos dias antes da segunda vin­da” (Fruchtebaum, p. 337).

Durante três dias, Israel se arrependerá e orará pelo retorno do Messias. O quinto estágio chegará ao fim com o terceiro dia da confissão de Israel. No sexto estágio, Deus responderá suas orações. Cumprir-se- á a profecia bíblica, e a maior esperança de todos os tempos será satisfeita.

Sexto Estágio: A Segunda Vinda de Jesus Cristo

No sexto estágio, as orações dos ju­deus serão respondidas e Jesus Cristo retornará. Ele derrotará os exércitos do Anticristo em Bozra e dará início às últi­mas fases da campanha. Ele voltará sobre as nuvens, da mesma forma que partiu (Mt 24.30; At 1.9-11). O fato de Jesus retornar primeiro ao deserto montanhoso de Bozra é visto em Isaías 34-1-7; 63.1-6; Habacuque 3.3 e Miquéias 2.12-13. Em sua segunda vinda, Jesus Cristo, o Mes­sias, batalhará contra as forças do Anti­cristo e miraculosamente as derrotará.

Conforme o que lemos em judas 14-15 e Apocalipse 19.11-16, Jesus voltará com um exército de anjos e com os santos da Igreja (vestidos de branco para as bodas do Cor­deiro), que terão sido arrebatados antes da Grande Tribulação. Apocalipse 19.11-16 deixa claro que a segunda vinda trará des­truição aos inimigos de Jesus. Estes versícu­los descrevem-no pisando o lagar da ira de Deus e governando com uma vara de ferro.

Ao ouvir o pedido de Israel, Jesus Cris­to voltará à Terra e combaterá o Anticris­to e seus exércitos. Salvará da destruição os judeus que estiverem no deserto e se­guirá para Jerusalém, a fim de salvar o remanescente naquela cidade e pôr fim à campanha (Zc 12.7).

Sétimo Estágio: A Batalha Final

Na sétima fase, Jesus, o Messias, com­baterá sozinho por Israel. Ele destruirá o Anticristo e todos aqueles que perseguiram e combateram o povo judeu. Nesta fase, o Anticristo será aniquilado pelo verdadeiro Cristo (Hc 3.13b; 2 Ts 2.8). Entre as primei­ras baixas, está o próprio Anticristo. Após ter dominado o mundo com grande poder e ter falado contra o Filho de Deus, o filho impostor ficará indefeso diante de Cristo. Habacuque 3.13 diz: “Tu saíste para salva­mento do teu povo, para salvamento do teu ungido; tu feriste a cabeça da casa do ímpio, descobrindo os fundamentos até ao pesco­ço. (Selá)” Em 2 Tessalonicenses 2.8, lemos: “então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda”.

A partir de Bozra e seguindo para Jeru­salém e o Vale de Cedrom, também conhe­cido como Vale de Josafá, Jesus combaterá e destruirá as forças do Anticristo (Jl 3.12- 13; Zc 14.12-15; Ap 14-19-20). No Vale de Josafá, próximo aos muros de Jerusalém, à leste da cidade, as nações e os exércitos que se reuniram para destruir os judeus se­rão destruídos por Jesus Cristo, o Messias e Rei dos Judeus.

Oitavo Estágio: A Subida do Monte das Oliveiras

Com a completa destruição do Anti­cristo e de suas forças, a campanha estará finalizada. Jesus irá para o topo do monte das Oliveiras, em uma subida simbólica. Ao fazê-lo, ocorrerão diversos eventos ca­taclísmicos e a Tribulação chegará ao fim, como vemos em Zacarias 14.3-4·

“E o Senhor sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente; e o monte das Oliveiras será fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito grande; e metade do monte se apartará para o norte, e a outra meta­de dele, para o sul.”

Apocalipse 16.17-19 acrescenta:

“E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito! E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremo­to, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto. E a gran­de cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram.”

As calamidades naturais que sobrevirão ao mundo nesse momento corresponderão à sétima taça de juízo e incluirão o maior terremoto que o mundo testemunhou. Com tal terremoto, Jerusalém será partida em três e o monte das Oliveiras, em dois. O vale criado no monte das Oliveiras possi­bilitará que os habitantes judeus da cidade escapem do terremoto (Zc 14.4b-5).


O Armagedom será a última grande guer­ra mundial da história, a qual ocorrerá em Is­rael e será acompanhada pela segunda vinda de Cristo. A Bíblia é bastante clara ao tratar esta guerra como um evento cataclísmico que certamente virá. De acordo com a Bíblia, grandes exércitos do oriente e do ocidente se reunirão para um ataque definitivo contra Israel, Estas forças reunidas serão ameaçadas por exércitos do sul. Antes de o Anticristo marchar com seus exércitos sobre Jerusalém para dominá-la e destruí-la, uma Babilônia restaurada será destruída. Quando ele e seus exércitos estiverem se dirigindo para Jerusa­lém, Deus interferirá e Jesus Cristo voltará para resgatar seu povo, Israel. O Senhor e seu exército angelical destruirão esses exércitos. Ele capturará o Anticristo e o Falso Profeta, lançando-os no lago de fogo (Ap 19.11-21).

O Armagedom, de certa forma, é uma batalha que nunca chega realmente a acon­tecer. Em outras palavras, ela não aconte­ce segundo seu propósito humano — o de que os exércitos do mundo se reúnam para executar a “solução final” do “problema dos judeus”. E por isso que Jesus Cristo esco­lhe este momento da história para voltar. Ele vem para impedir a tentativa de aniquilação dos judeus por parte do Anticris­to, e para destruir os exércitos do mundo. Parece um tanto apropriado que, em face do legado de sangue da humanidade, uma guerra mundial contra Israel deva precipi­tar o retorno de Cristo.
 

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O VERDADEIRO SIMBOLO DOS ATUAIS POLITICOS

sábado, 27 de outubro de 2012

Pr. Silas Malafaia denuncia plano do PT para denegrir sua imagem

 

Pr. Silas Malafaia


Pr. SILAS MALAFAIA publica Denúncia gravíssima e diz: "Altos dirigentes do PT querem me denegrir"

O Pastor Silas Malafaia, líder maior da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, publicou em seu portal VERDADE GOSPEL, matéria sob o título "Denúncia gravíssima: ‘Altos dirigentes do PT querem me denegrir", onde denuncia um plano por parte do PT, segundo ele, com a intenção de denegrir a sua imagem diante do público evangélico.

Considerando os últimos acontecimentos, onde o televangelista tem confrontado o candidato do Partido dos Trabalhadores na capital de São Paulo, é possível que existam retaliações, motivo pelo qual o mesmo está tornando público, inclusive enviando cópias da denúncia às lideranças do PT, Secretaria Geral da Presidência da República, Ministro da Justiça, membros da mais alta corte do país (STF), e jornalistas.

Silas Malafaia termina sua publicação com uma frase, a qual denomina como DECLARAÇÃO PROFÉTICA:

NO NOME DE JESUS, SEJAM DERROTADOS, CONFUNDIDOS, E ENVERGONHADOS TODOS OS MEUS INIMIGOS.

Leia a matéria na íntegra no site VERDADE GOSPEL

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Amós e a justiça social como parte da adoração a Deus

 

Quem foi Amós?

O nome Amós significa carga ou carregador.

Amós era um simples camponês de Judá, homem rústico originário de Tecoa, região situada, aproximadamente, a 17 quilômetros ao sul de Jerusalém. Era boiadeiro e cultivava sicômoros, isto é, figos silvestres (7.14). Deixou o campo para profetizar ao norte de Betel, no centro religioso, focando as dez tribos do norte.

Num cenário religioso e social de total descaso com as coisas de Deus, Amós exerceu seu ministério durante os reinados de Uzias, rei de Judá e de Jeroboão II, filho de Joás, rei de Israel. De acordo com a tradição judaico-cristã, esse rei obteve muitas vitórias contra seus vizinhos hostis, e com isso obteve o controle das rotas comerciais que levavam à Samaria. O profeta viveu dias de grande prosperidade no Reino do Norte. Majestosos prédios estavam erguidos, os ricos moravam em residências espaçosas e próximas aos centros litúrgicos populares.

Pela perspectiva humana, Amós não era a pessoa melhor indicava para falar a classe dominante e sofisticada de Israel. Não estudou na escola de profetas; era um "leigo na igreja"; não era acostumado com os trabalhos da liderança e nem de administração dos sacrifícios e leis cerimoniais descritos no Pentateuco.

Amós foi contemporâneo dos profetas Oseias, Jonas e Miqueias. Suas profecias anunciaram a queda do Reino do Norte, por este motivo os sacerdotes o acusaram de traidor e o expulsaram de Israel.

A missão de Amós

O discurso de Amós não era sofisticado, porém era um ataque consistente às instituições de Israel, um confronto aos descasos que assolavam os fundamentos sociais, morais e espirituais da nação.

Em sua linguagem pouco ortodoxa chamou as mulheres da cidade de "vacas de Basã" (4.1). Elas viviam em luxo extremo, pensavam apenas em seu prazer e não nos oprimidos dos quais seu bem-estar dependiam. De maneira muito clara Amós anunciou o castigo divino que receberiam. O cruel exército assírio, que mais tarde capturou Israel e o levou para o exílio, construiu monumentos que mostravam seus prisioneiros sendo arrastados com ganchos em suas bocas.

Na geração de Amós, havia baixa condição moral e espiritual, o povo oferecia o seu culto a Jeová e ao mesmo tempo sujava as mãos praticando injustiças e participando de cultos a deuses estranhos. Todo o sistema político, religioso, social e jurídico estava corrompido. A iniquidade era praticada através do uso do luxo extravagante, prostituição cultual e idolatria. O profeta combateu esse quadro deteriorado, sua mensagem era contra a idolatria, denunciou as injustiças sociais, condenou a violência, profetizou o castigo para os pecadores contumazes, a cobrança indevida de taxas e a malversação dos impostos no culto aos falsos deuses.

Amós alertou sobre o esquecimento da prática da lei do penhor (Êxodo 22.26-27; Deuteronômio 24.6-17). Sofreu enorme oposição do sacerdote Amazias, que era alinhado politicamente ao rei Jeroboão II (7.10-16). Foi contra as injustiças sociais e contra toda sorte de desonestidade que pervertia o direito das viúvas, dos órfãos e dos necessitados. Também falou sobre o futuro glorioso de Israel. (2.6-8; 5.10-12; 8.4-6).

O livro de Amós

O estilo literário de Amós é simples e pitoresco, possui muitas metáforas chocantes:
a - A fadiga da misericórdia de Deus para com os pecadores contumazes é comparada a um carro sobrecarregado (2.13);
b - A pressão do dever do profeta é comparado ao rugir do leão (3.8);
c - O escape difícil do remanescente de Israel é comparado ao pastor que tira uma ovelha mutilada da boca do leão (3.12);
d - A escassez da Palavra de Deus é comparada a um homem no mundo natural (8.11-12).

O livro de Amós pode ser dividido em duas partes: os oráculos provenientes pela palavra (1-6) e pelas visões (7-9). Aborda a relação das nações com Israel e seu Deus. Esclarece que a soberania do Senhor não está limitada aos judeus, mas se estende aos gentios. Diz que o Criador controla a história e o destino das nações (Amós 9.7).

A mensagem profética do ministério de Amós nos ensina que praticar a justiça social faz parte da adoração a Deus. Sua mensagem é atual e abrangente, aborda a vida social, política e religiosa do povo de Deus. É conhecido como o livro da justiça de Deus e mostra aos religiosos a necessidade de se incluir na adoração dois elementos importantes e há muito esquecidos: justiça e retidão.

O livro de Amós é citado no Novo Testamento. Compare Amós 5.25-26 com Atos 7.42-42; e, Amós 9.11-12 com Atos 15.16-18.

A verdadeira adoração

Os israelitas fizeram pouco caso daquilo que a própria Lei de Moisés ordenava. Em lugar de ser um exemplo para as nações, os pecados de Israel excedeu aos dos gentios. Amós deixou claro que o Reino do Norte, ainda que orgulhoso de sua história e recentes sucessos, era ofensivo ao Senhor. Por isso Deus ficou irado com o seu povo. O descaso com as coisas de Deus produz consequências sérias

A prostituição era parte integrante de cultos pagãos, os israelitas afastavam-se de Deus entregando seus corpos à devassidão religiosa. "Um homem e seu pai coabitavam com a mesma jovem e, assim, profanam o meu santo nome" - Amós 2.7 (ARA).

Amós denuncia a adoração sem conversão, o arrependimento sem sinceridade. Aborda a questão de estar envolvido em liturgias bonitas, rituais externos e cerimônias formais sem comprometimento com a vontade de Deus.

Os israelitas ofereciam sacrifícios de manjares e ofertas pacíficas, entoavam cânticos, mas não eram verdadeiramente convertidos ao Senhor. A genuína adoração a Deus é interna, é possuir devoção reverente, honrar ao Senhor de maneira individual e pública, ter o espírito quebrantado e o coração contrito (Salmo 51.17).

Vivemos num tempo de corrupção na política e grandes injustiças sociais. Pessoas sem temor de Deus e amor ao próximo buscam intensamente os seus próprios interesses. É nossa responsabilidade pessoal lutar por uma sociedade mais justa. Tal senso de justiça expressa o pensamento da lei e dos profetas e é parte do grande mandamento da fé cristã (Mateus 22.35-40).

Conclusão

O livro de Amós nos mostra que Deus usa quem Ele quer, que às vezes faz uso de pessoas que estão fora dos padrões convencionados como aceitáveis, gente sem nenhum compromisso com as regras cerimoniais que regem a religião formal.

Um dos pilares da verdadeira religião é a preocupação e ação de auxílio para com os "orfãos e as viúvas" (Tiago 1.27).

E.A.G.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A PSICOLOGIA SOCIAL E UMA NOVA CONCEPÇÃO DO HOMEM PARA A PSICOLOGIA

A PSICOLOGIA SOCIAL E UMA NOVA CONCEPÇÃO DO HOMEM PARA A PSICOLOGIA
01 - A relação entre Psicologia e Psicologia Social deve ser entendida em sua perspectiva histórica, quando na década de 50 se iniciam sistematizações em termos de Psicologia Social, dentro de duas tendências:
Uma, na tradição pragmática dos Estados Unidos, visando alterar e/ou criar atitudes, interferir nas relações grupais para harmonizá-las e assim garantir a produtividade do grupo – reconstrutores da humanidade que acabava de sair da destruição da II Guerra Mundial.
A outra tendência, que também procura conhecimentos que evitem novas catástrofes mundiais, segue a tradição filosófica européia, com raízes na fenomenologia, buscando modelos científicos totalizantes, como Lewin em sua Teoria de Campo.
02 - Sua eficácia começa a ser questionada em meados da década de 60, quando as análises críticas apontavam para uma “crise” do conhecimento psicossocial que não conseguia intervir nem explicar, muito menos prever comportamentos sociais.
As réplicas de pesquisas e experimentos não permitiam formular leis, os estudos interculturais apontavam para uma complexidade de variáveis que desafiavam os pesquisadores e estatísticos – afirmam sobre relações existentes, mas nada em termos de “como e por quê”.
03 - A tradição psicanalítica é feita uma crítica à Psicologia Social Norte-Americana como uma ciência ideológica, reprodutora dos interesses da classe dominante, e produto de condições históricas específicas, o que invalida a transposição tal e qual deste conhecimento para outros países, em outras condições histórico-sociais.
Crítica ao positivismo que em nome da objetividade perde o ser humano.
O primeiro passo para a superação da “crise” foi constatar a tradição biológica da Psicologia. Ou seja, para compreender o indivíduo bastaria conhecer o que ocorre “dentro dele”, quando ele se defronta com estímulos do meio.
04 - O seu organismo é uma infra-estrutura que permite o desenvolvimento de uma superestrutura que é social e, portanto, histórica.
Não discutimos a validade das leis de aprendizagem;
Por que se aprende certas coisas e outras são extintas, por que objetos são considerados reforçadores e outros punidores. Em outras palavras, em que condições sociais ocorre a aprendizagem e o que ela significa no conjunto das relações sociais que definem concretamente o indivíduo na sociedade em que ele vive
05 – A Ideologia nas Ciências Humanas
Caberia à Psicologia Social recuperar o indivíduo na intersecção de sua história com a história da sua sociedade – apenas este conhecimento nos permitiria compreender o homem enquanto produtor da história.
Na medida em que o conhecimento positivista descrevia comportamentos restritos no espaço e no tempo, sem considerar a inter-relação infra e superestrutural, estes comportamentos, mediados pelas instituições sociais, reproduziam a ideologia dominante.
06- A ideologia, como produto histórico que se cristaliza nas instituições, traz consigo uma concepção de homem necessária para reproduzir relações sociais, que por sua vez são fundamentais para a manutenção das relações de produção da vida material da sociedade como tal.
Na medida em que a história se produz dialeticamente, cada sociedade, na organização da produção da vida material, gera uma contradição fundamental, que ao ser superada produz uma nova sociedade, qualitativamente diferente da anterior.
07 - Deste modo, quando as ciências humanas se atêm apenas na descrição, seja macro ou microssocial, das relações entre os homens e das instituições sociais, sem considerar a sociedade como produto histórico-dialético, elas não conseguem captar a mediação ideológica e a reproduzem como fatos inerentes à “natureza” do homem.
Lembramos aqui que Wundt e seu laboratório, que, objetivando construir uma psicologia científica, que se diferenciasse da especulação filosófica, se preocupa em descrever processos psicofisiológicos em termos de estímulos e respostas, de causa-efeito.
08 - Skinner, através da análise experimental do comportamento, detecta os controles sutis que, através das instituições, os homens exercem uns sobre os outros, e define leis de aprendizagem.
Também a análise do autocrontole se aproxima do que consideramos consciência de si e o contracontrole descreve ações de um indivíduo em processo de conscientização social.
A história individual é considerada enquanto história social que antecede e sucede à história do Indivíduo. Nesta linha de raciocínio caberia questionar por que alguns comportamentos são reforçados e outros punidos dentro de um mesmo grupo social.
09 - Não negamos a psicobiologia (Psicanálise) nem as grandes contribuições da psiconeurologia.
Afinal, elas descrevem a materialidade do organismo humano que se transforma através de sua própria atividade, mas elas pouco contribuem para entendermos o pensamento humano e que se desenvolve das relações entre os homens, para compreendermos o homem criativo, transformador – sujeito da história social do seu grupo.
Se o homem não for visto como produto e produtor, não só de sua história pessoal, mas da história de sua sociedade, a Psicologia estará apenas reproduzindo as condições necessárias para impedir a emergência das contribuições e a transformação social.
10 - A Psicologia Social e o Materialismo Histórico
Tornou-se necessária uma nova dimensão espaço-temporal para se apreender o Indivíduo como ser concreto, manifestação de uma totalidade histórico-social – daí a procura de uma psicologia social que partisse da materialidade histórica produzida por produtora de homens.
É dentro do materialismo histórico e da lógica dialética que vamos encontrar os pressupostos epistemológicos para a reconstrução de um conhecimento que atenda à realidade social e ao cotidiano de cada indivíduo e que permita uma intervenção efetiva na rede de relações de cada indivíduo – objeto da Psicologia Social.
11 - Das críticas feitas detectamos que definições, conceitos constructos que geram teorias abstratas em nada contribuíram para uma prática psicossocial.
Se nossa meta é atingir o indivíduo concreto, manifestação de uma totalidade histórico-social, temos de partir do Empírico.
Também a partir de críticas à psicologia social “tradicional” pudemos perceber dois fatos fundamentais para o conhecimento do indivíduo:
12 - O homem não sobrevive a não ser em relação com outros homens, portanto a dicotomia Indivíduo x Grupo é falsa – desde o seu nascimento (mesmo antes) o homem está inserido num grupo social.
A sua participação, as suas ações, por estar em grupo dependem fundamentalmente da aquisição da linguagem que preexiste ao indivíduo como código produzido historicamente pela sua sociedade, mas que ele aprende em suas relações específicas com outros indivíduos.
Se a língua traz em seu código significados, para o indivíduo as palavras terão um sentido pessoal decorrente da relação entre pensamento e ação, mediadas pelos outros significativos.
13 - O resgate destes dois fatos empíricos permite ao Psicólogo Social se aprofundar na Análise do Indivíduo concreto, considerando a imbricação entre ralações grupais, linguagem, pensamento e ações na definição de características fundamentais para a Análise Psicossocial.
14 - Assim, é necessária a comunicação (linguagem) assim como um plano de ação (pensamento), que por sua vez decorre de atividades anteriormente desenvolvidas.
Refletir sobre uma atividade realizada implica repensar suas ações, ter consciência de si mesmo e dos outros envolvidos, refletir sobre os sentidos pessoais atribuídos às palavras, confrontá-las com as conseqüências geradas pela atividade desenvolvida pelo grupo social, e nesta reflexão se processa a consciência do indivíduo, que é indissociável enquanto de si e social.
15 - Leontiev inclui ainda a personalidade como categoria, decorrente do princípio de que o homem, ao agir, transformando o seu meio, se transforma.
Caberia ainda, na especificidade psicossocial, uma análise das relações grupais enquanto mediadas pelas instituições sociais e como tal exercendo uma mediação ideológica na atribuição de papéis sociais e representações decorrentes de atividades e relações sociais tidas como “adequadas”, corretas, esperadas...
16 - Assim, a análise do processo grupal nos permite captar a dialética Indivíduo-Grupo, onde a dupla negação caracteriza a superação da contradição existente e quando o indivíduo e grupo se tornam agentes da história social, membros indissociáveis da totalidade histórica que os produziu e a qual eles transformam por suas atividades também indissociáveis.
17 - Teoria de Campo de Kurt Lewin:
É uma das muitas teorias que procuram explicar a natureza e o comportamento humano, assentando nas seguintes premissas:
O comportamento das pessoas resulta de um conjunto de fatores que coexistem no ambiente em que essa pessoa desenvolve a sua atividade, conjunto de fatores este que inclui a família, a profissão, o trabalho, política, a religião, etc.;
O referido conjunto de fatores constitui uma relação dinâmica e de interdependência, a que Lewin chama campo psicológico (que desta forma constitui o próprio espaço de vida do indivíduo, definindo a forma como este percebe e interpreta o ambiente externo que o rodeia).
18 - Organismo: infra-estruturaMeio: Super-estrutura
Crise de relevância: S – R / S (O) R
Crítica ao Positivismo: Vê o homem como máquina e perde a subjetividade
Ideologia como produto histórico: impõe normas e regras; ideologia é ligada a fatores políticos, serve para nortear comportamento.
Dialética: diante da mesma perspectiva, ora funciona como produto, ora como produtor – ter mediação ideológica
19 - Sociedade: estuda fenômenos sociais na qual o indivíduo está inserido.
Status quo: posição social Materialismo histórico: somatória entre o que    estou aprendendo e o que já sabia.
Linguagem: aspecto cultural
Significado: valor real
Significante: o que eu penso
Dupla negação: se a pessoa nega enquanto pessoa, também nega enquanto grupo

CONGNIÇÃO SOCIAL, ATITUDE E PRECONCEITO.
01 – Cognição Social
É o estudo de como as pessoas fazem interferência a partir de informação obtida no ambiente social.
Com base nas primeiras impressões que obtemos a formar uma “teoria acerca de sua personalidade”.
02 - O Desenvolvimento do Autoconceito
É formado através de comparação com outras pessoas.
Nosso autoconceito é de relevância em uma variedade de situações sociais.
“Formamos uma imagem de nós mesmos da mesma maneira que formamos uma impressão de outra pessoa”.
03 – Esquemas
Estrutura organizada de conhecimentos acerca de pessoas, assuntos, objetos... Que utilizamos para entender o mundo que nos cerca.
Para a Psicologia Social, é de particular relevância a influência da interação social na formação do autoconceito.
04 – Teoria da Comparação Social.. Festinger - 1954
Tendemos a nos avaliar constantemente quanto nossas opiniões e capacidades.
Tal apreciação é feita através de comparação com uma realidade objetiva ou, na falta desta, através de comparação com outras pessoas.
05 - ...Esta Teoria prega que, para podermos saber quem somos nós “por dentro”, é preciso que dirijamos nosso olhar para “fora”de nós...
06 – Fatores que Influem no Processo Perceptivo..
Seletividade Perceptiva.. Nossos órgãos sensoriais são simultaneamente atingidos por uma variedade de estímulos, mas só percebemos um subconjunto destes estímulos..
Percepção de Características Negativas e Positivas...
07 – Experiência Prévia e Conseqüente Disposição para Responder..
Nossas experiências passadas facilitam a percepção de estímulos com os quais tenhamos, anteriormente entrado em contato.
O Psicólogo Social utiliza esta característica do processo perceptivo.. Estímulos conhecidos são facilmente comunicáveis...
08 - Condicionamento...
Fatores Contemporâneos ao Fenômeno Perceptivo... Estados de fome, sede, frio, depressão, pobreza, cansaço... Podem influir na percepção do estímulo sensorial...
09 – Percepção de Pessoas...
Destaca-se a ênfase na atribuição de intenções...
As pessoas são percebidas como também capazes de perceber.. São ausentes na percepção de coisas..
Ickes (1980) – explicações sociopsicológicas para o fenômeno de resistência a mudança de nossas primeiras impressões...
10 – Precisão no Julgamento de Outrem...
“Habilidade” de julgar emoções, sentimentos e intenções alheias...
Quando existem certas normas sociais que prescrevem determinados comportamentos, os julgamentos das pessoas que emitem tais comportamentos podem tornar-se ambíguos..eles podem ter manifestações internas ou de conformismo..
11 – Critério Indicativo da Acuidade do Julgamento..
Na falta de testes, ficamos à mercê de julgamentos de outras pessoas...
Observação objetiva de comportamentos indicadores de disposições subjacentes..
12 - Linguagem não verbal... (DePaulo e Friedman – 1998) – “A Expressão das Emoções nos Homens e dos Animais”..
Pistas não verbais na percepção pessoal e na conversação, expressividade, detecção de mentiras, influência social e atração.
13 - O Enfoque Cognitivo em Percepção de Pessoas
Salienta a necessidade que temos de formarmos todos significativos em nossas percepções das pessoas.
Somos seletivos na busca de atributos que se formam com as primeiras impressões formadas..
14 - Ao processarmos as informações recebidas das pessoas com quem entramos em contato, somos fortemente influenciados por esquemas sociais..
.... São estruturas cognitivas que formamos em nossas cabeças em torno de temas ou tópicos...
15 - Esquemas acerca de pessoas .. (engenheiros, artistas, psicólogos..)
De nós mesmos... (tímidos, engraçados, companheiros)...
Certos Ambientes... ( igrejas, reuniões, festas)...
Grupos ... (negros, brancos, asiáticos)...
16 – Heurísticas ou Atalhos do Processo Cognitivo..
Representatividade... Usamos um “atalho” para chegar a uma conclusão, utilizando a semelhança da situação presente com um esquema cognitivo previamente adquirido.
Julgando que a nova situação é representativa do esquema anterior, rapidamente chegamos a um julgamento...
17 - Uso de Ponto de Referência... Um ponto mais comum utilizado é o nosso próprio eu... (ex. tímido – extravagante, sociável)
Falso Consenso... “todo mundo acha isso” é uma maneira econômica de acharmos que estamos certos em nossas posições..
Acessibilidade.. Depende da maior ou menor acessibilidade de informação sobre o assunto..(ex. esporte – acidente)..
18 – Utilização de Heurísticas...
Nos sentimos sobrecarregados cognitivamente...
O assunto não é muito importante..
Estamos sob pressão de tempo para emitir julgamento...
Dispomos de pouca informação sobre o assunto..
19 – Atribuição...
Causalidade Pessoal.. Ou Impessoal (Heider) diz que nós temos necessidade de atribuir causas aos fenômenos que observamos..
Buscamos as constâncias de objetos e pessoas.. Se considerarmos uma pessoa agressiva, ela emitirá um comportamento agressivo, se isso não acontecer, procuramos pela causa do fenômeno inesperado...
20 - As explicações possíveis são procuradas e, enquanto não encontradas, nos sentimos curiosos e inseguros..
A existência de explicações para os fenômenos que contemplamos nos dá a sensação de vivermos num mundo relativamente estável e possível..
21 – Teoria Atribuicional de Bernard Weiner
O autor aplica sua teoria atribuicional de motivação e emoção ao fenômeno específico de julgamentos de responsabilidade.