Ao definir o Plano Real como “golpe”, PT fez oposição ao projeto que revolucionou a economia
O candidato do PT nas eleições presidenciais de 1994,
Lula chegou a comparar o Plano Real ao Plano Collor, lançado quatro anos
antes. Na ocasião, ele afirmou que o projeto idealizado por Fernando
Henrique Cardoso traria “mesmice” para a economia.Segundo o petista, o
plano alcançaria apenas benefícios a curto prazo. “A inflação vai cair,
trazendo a impressão de alívio aos trabalhadores. Mas vamos alertar a
população de que o plano não trará novidade nenhuma”, disse o petista na
época.
Críticas infundadas
Em 1994, o ministro-chefe da Secretaria Geral a
Presidência, Gilberto Carvalho – na ocasião ocupava a Secretaria-Geral
do PT -, observou que: “Não é possível que os brasileiros se deixem
enganar por esse golpe viciado que as elites aplicam, na forma de um
novo plano econômico”.O atual ministro da Casa Civil, Aloizio
Mercadante, naquela época candidato a vice-presidente na chapa de
Lula,disse que o plano conteria a inflação “somente até as eleições”. Em
artigo, publicado na Folha de S. Paulo, ele afirmou que :“O PT não
aderiu ao plano por profundas discordâncias com a concepção neoliberal
que o inspira”.Atual líder do PT na Câmara dos Deputados, o então
sindicalista Vicentinho (SP), disse em comício que o Plano Real “só traz
mais arrocho salarial e desemprego”. A economista Maria da Conceição
Tavares, que foi deputada pelo PT na década de 1990, definiu o Real como
“estelionato eleitoral”.
Meta alcançada
Apesar das críticas dos petistas, o Plano Real cumpriu o objetivo de acabar com a inflação e foi aprovado pela população: em agosto de 1995, pouco mais de um ano após a entrada do real em vigor, o projeto era aprovado por 89% dos brasileiros.
Apesar das críticas dos petistas, o Plano Real cumpriu o objetivo de acabar com a inflação e foi aprovado pela população: em agosto de 1995, pouco mais de um ano após a entrada do real em vigor, o projeto era aprovado por 89% dos brasileiros.
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