COMO IDENTIFICAR E RESOLVER CONFLITOS
FAMILIARES
A família
é constituída por pessoas pecadoras, algumas delas mais espiritual, outras menos
e outras muito carnais. Por esse motivo, esse é também um ambiente de conflito,
mas que precisa ser trabalhado e orientado, aconselhados.
1º - Família Um Lugar de
Conflito:
Um conflito, de acordo com a
definição dicionarizada, é uma “oposição, discórdia, disputa e confronto”. A
família é composta de pessoas distintas, portanto, pecadoras, por isso, em
maior ou menor grau, é um espaço de conflito. Quanto mais desestruturada for à
família, maiores são as incidências de conflitos cf. (I Co. 3.1-4). Uma família
espiritual e mais estruturada por sua vez, tende a conviver com menos
conflitos, quanto mais se anda no Espírito, menos oportunidade terá a natureza
pecaminosa, cf. (Gl. 5.16,25). Uma família não deve se achar menos cristã pela
existência dos conflitos. A diferença de uma família cristã, em comparação com
as outras, está justamente na capacidade para solucionar e resolver as
discórdias. A falta de comunicação, o que geralmente acontece em situações de
conflito, pode justamente ser o estopim para geral um conflito. Na hora do
conflito os membros da família costumam dar vasão à conversa alheias, perdem o
controle da situação, e se exasperam. A comunicação tranquila, através de
palavras mansas, e a disposição para ouvir (Pv. 18.13), deve ser substituída
pela gritaria, cf. (Ef. 4.29). Na maioria das vezes os conflitos que acontecem
dentro dos lares são resultantes de influencias externas. O estresse do
cotidiano, advindo de sobrecarga de trabalho, as pressões do emprego, dentre
outros fatores, pode resultar em conflitos. As exigências escolares pelas quais
as crianças passam no dia-a-dia também favorecem a disputa na família. A
solução de um conflito familiar somente será possível se os membros
identificarem o desencadeador e forem capazes de contornar a situação. A
identificação da raiz do problema é o primeiro passo para a solução. O problema
é que, como no princípio da criação; nem sempre as partes envolvidas querem
reconhecer sua participação na disputa (Gn. 3.10-14).
2º - Conflitos Entre os Cônjuges:
Conflitos entre os cônjuges
surgem por diversas razões, e dependem de cada caso, fatores contextuais devem
ser considerados. Uma família que tem uma condição financeira favorável
dificilmente entrará em conflito por causa das dívidas. Por outro lado, essa
mesma família, pode ter disputa por causa das vaidades profissionais. A
educação é fundamental pra diminuir o excesso de grosseria entre os cônjuges,
mas pode resultar em competitividade no trabalho. Há também o caso de cônjuges
demasiadamente possessivos, que não confiam no marido ou na esposa. Um
casamento sólido está fundamentado na confiança, e esta, por sua vez, no amor cf.
(I Co. 13.4). Mas é preciso que os cônjuges não deem oportunidade para que um
desconfie do outro. Os cônjuges devem levar o relacionamento a sério. Nesses
tempos de relacionamentos virtuais, o cuidado deve ser redobrado. O marido
cristão não pode deixar de assumir publicamente seu estado civil vice-versa. As
dívidas podem levar um casamento à ruina, por isso, marido e mulher devem ter
cuidado para não comprarem além do que podem pagar. Não esqueçamos que vivemos
em uma sociedade de consumo, que vive das aparências. Em nome da aparência, alguém
pode sacrificar seu relacionamento conjugal, comprando além do que pode pagar
(Rm. 13.8). O excesso de trabalho pode ser um fator de conflito entre o marido
e a mulher. As pressões que sofrem no emprego pode comprometer o bom
relacionamento entre os cônjuges.
3º - Conflitos entre Pais e Filhos:
Atualmente se percebe uma
quantidade enorme de filhos abandonados. Os cuidados com os filhos são de
responsabilidade única e exclusivamente dos pais. Nos dias atuais, quem mais
tem cuidado dos filhos é as “babás eletrônicas”, com sua programação,
materialista secularizada. Na busca desenfreada por audiência, os canais de
televisão estão baixando cada vez mais o nível dos programas. As crianças,
desde cedo, são expostas aos conflitos e todas espécie de lixo que assistem na
televisão. Tais conflitos respingam dentro de casa, filhos respondem
agressivamente aos pais, não lhes dão a devida honra, inspirados em personagens
macabras que não condizem com a realidade, principalmente a vida cristã. Os
pais ou os responsáveis devem ensinar seus filhos a viverem a partir dos
princípios Bíblicos ensinados por Jesus. A orientação do sábio Rei Salomão; cf.
Pv. 22.6, é válida para os dias atuais. Se assim fizermos, as chances deles
tomarem uma decisão distante de Cristo serão menores. No trato com os filhos,
os pais devem ser firmes na disciplina, cientes de que essa é um ato de amor
(Hb. 12.6); (Ef. 6.4). Os pais precisam desenvolver um ambiente amigável, serem
capazes de respeito os espaços dos filhos, sem fugir de suas responsabilidades.
Nesses tempos de redes sociais, há filhos que interagem com várias pessoas ao
mesmo tempo, menos com os pais. E esses correm tanto que se aproximam dos
filhos apenas para criticá-los ou repreendê-los. Muitos conflitos poderão ser
evitados se pais e filhos investirem em relacionamentos saudáveis, Bíblicos,
cristãos, teológicos, igreja sobre tudo.
Conclusão:
Naturalmente os conflitos
acontecem, porque somos seres humanos, pessoas carentes, carentes de
espiritualidade, afeto, amor etc; somos falhos e pecadores; mas esses conflitos
podem ser atenuados na medida em que a família se distancia dos interesses próprios,
carnais. Atentemos para algumas orientações cristãs na resolução dos conflitos
familiares:
A – Oração: (Ef. 2.16), Não deixe de orar todos os dias
pedindo proteção de Deus.
B – Seja Flexível: Quando necessário (Fp. 2.2,4),
C – Amor: Externe o sentimento, isso pode ser terapêutico (I
Pe. 3.8),
D – Perdão: Se for o caso, peça perdão (Mt. 6.12), e esteja
disposto a colocar-se no lugar do outro, Esses encaminhamentos são fundamentais
para a reconciliação no ambiente familiar (Cl. 3.12-14).
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